São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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DESCOBERTAS

Sexo durante o sono

Um estudo descobriu que 1 em cada 12 pacientes com distúrbios do sono relatou ter feito sexo enquanto dormia.
Pesquisadores analisaram os registros médicos de 832 pacientes consecutivos que buscaram ajuda em um centro do sono em Toronto (Canadá) e descobriram que 63 pacientes, ou 7,6%, relataram ter feito sexo ou outra atividade sexual, como masturbar-se, enquanto dormia.
O fenômeno, chamado sexossonia, é uma forma de parassonia, um distúrbio em que as pessoas que estão dormindo, mas em um estado de semivigília, assumem comportamentos de que não têm consciência. A sexossonia é definida pela Classificação Internacional de Distúrbios do Sono e pode ocorrer durante um episódio de sonambulismo.
O estudo é um dos primeiros a tentar quantificar a prevalência da sexossonia entre pacientes com problemas do sono.
A autora, Sharon A. Chung, do Laboratório de Pesquisa do Sono no Hospital Toronto Western, diz que o comportamento se torna um problema quando ele interrompe o ciclo normal de sono.
"Qualquer coisa que o impeça de dormir à noite é ruim -não pelo comportamento em si, mas porque o priva de sono."


RONI CARYN RABIN

Cupins e diversidade

A savana africana tem uma multidão de criaturas majestosas. Mas é o pequeno cupim que fomenta grande parte dessa diversidade, segundo um novo estudo.
Pesquisadores do Quênia descobriram que a abundância de flora e fauna é notadamente maior sobre os cupinzeiros.
"Notamos manchas verdes circulares", disse Todd Palmer, coautor do estudo e professor de biologia na Universidade da Flórida. "Elas tinham muita vegetação e material vegetal sobre em cima, e o capim era mais verde do que em outras áreas."
Sob cada mancha o estudo encontrou milhões de cupins em cupinzeiros subterrâneos. Quantitativamente, descobriu que as plantas crescem cerca de 60% mais sobre as manchas, comparadas com outras áreas, e as árvores sobre os cupinzeiros dão 120% mais frutos. As populações animais também caíram significativamente quanto mais longe se situavam de uma mancha.
Cupinzeiros são ricos em nutrientes, e cupins também ajudam a afrouxar o solo para promover a absorção de água, disse Palmer. Outros animais visitam as manchas para comer e ali acrescentam seus próprios nutrientes.


SINDYA N. BHANOO

Nozes e colesterol

Comer menos de 70 gramas de nozes todos os dias ajuda a reduzir o colesterol total e o colesterol LDL, ou "ruim", e melhora a proporção entre o colesterol total e o colesterol HDL, ou "bom", segundo um estudo.
Pesquisadores reuniram os resultados de 25 testes clínicos que envolveram 583 participantes. O estudo registrou que comer apenas 68 g de nozes de qualquer tipo estava associado a declínios de 10,2 miligramas por decilitro de colesterol ruim -uma queda de cerca de 7,4%, e de 10,9 mg no colesterol total, ou 5,1%.
O estudo, publicado em "Archives of Internal Medicine", foi parcialmente financiado por uma fundação da indústria de nozes, e dois dos autores recebem verbas de outras organizações que representam o mercado de nozes e amendoins. Mas os autores notaram que alguns dos testes analisados não tinham financiamento corporativo e chegavam a conclusões semelhantes.
"As nozes são ricas em gorduras insaturadas, um dos principais fatores para a redução do colesterol", disse o autor Joan Sabaté. "Elas são a mais rica fonte de proteína do reino vegetal e têm fibras e fitosteróis, que competem com o colesterol para serem absorvidas."


RONI CARYN RABIN


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