São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Reguladores estão de olho no Google

Comportamento do gigante das buscas com rivais é investigado

ILUSTRAÇÃO DO NEW YORK TIMES


Por BRAD STONE
Na década de 1990, Gary Reback, advogado que atua no Vale do Silício, colocou quase sozinho a força das ações antitruste do governo federal dos Estados Unidos contra o peso-pesado da alta tecnologia naquela época, a Microsoft. Agora, Reback argumenta que há um perigoso novo monopólio: o gigante de buscas Google.
Neste mês, Reback ciceroneou por Washington o casal de empreendedores Adam e Shivaun Raff, responsável pelo site londrino de comparações de preços Foundem. Os três foram recebidos por assessores parlamentares e agentes antitruste do Departamento de Justiça e da Comissão Federal de Comércio dos EUA. A meta deles era divulgar a queixa do casal de que em 2006 os algoritmos supostamente objetivos do Google de repente jogaram o Foundem para o submundo dos resultados das buscas. Eles dizem também que o Google aumentou a taxa cobrada do Foundem para anunciá-lo junto com os resultados.
Essas medidas, diz o casal, esconderam seu site de comparação de preços, e o Google posteriormente deu destaque para suas próprias listagens de compras.
O Google é "o árbitro de cada coisa na web, e privilegia suas propriedades sobre as de todos os demais", disse Reback num café em Washington, acompanhado do casal. "O que ele quer é controlar o tráfego da internet. Qualquer coisa que abale sua capacidade de fazê-lo é ameaçadora."


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