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O QUE NÃO VEM
EM MESA DE BAR
OU COMPUTADOR
Quem paga por um jornal espera receber informações apuradas com rigor
e devidamente comprovadas. Boatos,
fofocas ou invenções de fatos podem
ser obtidos de graça em mesa de bar ou
tela de computador.
Empresas jornalísticas se justificam
pela estrutura e condições materiais
que lhes permitem produzir notícias
sujeitas a comprovação factual.
Assim, é desmoralizante quando o
jornal publica como fez na seção Folha Corrida de quinta-feira duas fotos (da modelo Gisele Bündchen) e diz
que uma delas é imagem "supostamente sem alteração" e que a outra
havia sido modificada para esconder a
gravidez da modelo.
A Folha não entrevistou ninguém,
não consultou nenhum especialista,
não fez nenhuma apuração independente para editar essas afirmações
não confirmadas. Atribuiu tudo a uma
misteriosa "marca London Fog".
Celebridades são historicamente
tratadas com desleixo, desrespeito e
até leviandade por jornalistas, como
documenta o clássico filme de Fellini
abaixo indicado, prestes a completar
jubileu de ouro.
Mas não é assim que deve ser. Todas
as pessoas (e o público) merecem ser tratadas com respeito e ética. Inclusive Gisele, cuja importância é muito bem avaliada no artigo recomendado a seguir.
PARA LER
"A Moça Mais Bonita da Terra", de Rodrigo Naves, "serrote", número 2, p. 171-174 (revista quadrimestral à venda em livrarias por R$ 29,90)
PARA VER
"La Dolce Vita", de Federico Fellini, com Marcello
Mastroianni e Anita Ekberg, 1960 (a partir de R$
37,90)
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Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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