São Paulo, domingo, 04 de julho de 2004

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Para ler as pesquisas

A melhor forma de enfrentar as pesquisas é saber lê-las. A Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) criou para esta eleição um guia que ajuda a entender como são feitas. Há uma recomendação aos meios de comunicação para que publiquem o máximo de informações sobre sua metodologia e produção. O respeito a essas normas não elimina a possibilidade de fraudes ou manipulações, mas diminui as chances. O guia pode ser lido e copiado no endereço eletrônico da Abep, www.abep.org.
Relaciono abaixo as recomendações mais importantes. A Folha tem informado, também, o número do registro obrigatório da pesquisa no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
"O público deve ter acesso a todas as informações necessárias para entender, interpretar e avaliar os dados publicados de forma adequada.
Itens de inclusão recomendada na publicação e divulgação de pesquisas eleitorais:
a. Nome da empresa de pesquisa responsável pela realização do estudo;
b. Nome do patrocinador/ solicitante do estudo;
c. Universo representado;
d. Tamanho da amostra e sua cobertura geográfica;
e. Datas de realização de campo;
f. Erro amostral/margem de erro (essa informação não substitui a necessidade de especificação do tamanho da amostra);
g. Método de amostragem;
h. Método de coleta da informação;
i. Critérios de ponderação, caso existam;
j. Sempre que os resultados divulgados disserem respeito a algum segmento da amostra e não à sua totalidade, isso deve ser explicitado;
k. Sempre que houver divulgação dos resultados de determinado segmento (ex: faixa etária, sexo, região etc.), indicar o número de entrevistas que deu origem ao resultado (base);
l. Explicitar a taxa de "não resposta", ou seja, a porcentagem de respostas "não sabe", sempre que ela puder afetar significativamente a interpretação do resultado;
m. Informações sobre o número de cidades, locais ou pontos amostrais.
Os itens listados acima devem estar disponíveis em qualquer divulgação. Situações em que não seja possível fornecer todos os dados (rádio ou TV, por exemplo) devem prever e indicar espaço adequado para esse detalhamento mínimo (ex: site da empresa de pesquisa ou do veículo divulgador). Os itens de a) até e) são obrigatórios em qualquer tipo de divulgação, seja em mídia impressa ou eletrônica."


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Marcelo Beraba é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2004. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
Cartas: al. Barão de Limeira 425, 8º andar, São Paulo, SP CEP 01202-900, a/c Marcelo Beraba/ombudsman, ou pelo fax (011) 224-3895.
Endereço eletrônico: ombudsman@uol.com.br.
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