São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011 |
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Os bastidores cruéis da notícia O mundo do jornalismo foi sacudido nesta semana com as denúncias contra o tabloide inglês "News of the World", que teria grampeado até o celular de uma adolescente assassinada. O escândalo expôs as vísceras do sensacionalismo -que vende milhões de exemplares dando aos leitores exatamente o que eles querem (sexo, celebridades e crimes)- e colocou em discussão os limites éticos do jornalismo. Simon Jenkins, colunista do "Guardian", escreveu que o caso é um "momento da verdade para os jornais", depois que "a pressão comercial perverteu a ética". O "Independent" publicou o editorial "Nem todos os jornais são assim" para lembrar que o "News of the World" não é representativo do que acontece na imprensa inglesa. Teme-se que uma onda de restrições à mídia venha a reboque das denúncias. É o maior vexame jornalístico desde Jason Blair, aquele repórter que inventava notícias no "New York Times". Se desta vez também, o caso provocar reflexões sobre procedimentos nas Redações, o saldo poderá ser positivo. Temos agido sempre dentro da lei? Algo parecido poderia ter ocorrido aqui? Os padrões de conduta são suficientemente conhecidos pelos jornalistas? São algumas perguntas que nunca é demais repetir. Texto Anterior: Para entender economia Índice | Comunicar Erros Suzana Singer é a ombudsman da Folha desde 24 de abril de 2010. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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