São Paulo, domingo, 24 de junho de 2007

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Jornal destaca "pressão baixa", e não TV pública

A Folha trouxe na sexta duas reportagens sobre a criação da TV pública. Tem 112 linhas a que resume entrevista com o presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun ("Para Markun, projeto de TV de Lula é bom"). Na de 93 linhas, o foco é Franklin Martins ("TV pública obriga canais a se mexer, afirma ministro").
O jornal não publicou opiniões contrárias às deles, o que fere o pluralismo editorial.
No mesmo dia, saiu texto de 33 linhas sobre a co-apresentadora do "Jornal Nacional": "Fátima Bernardes volta ao JN após "queda de pressão'".
O fato merecia registro, mas foi estranho a Primeira Página preterir chamada para a discussão sobre a emissora estatal, optando por noticiar o susto que fez Fátima "sair do ar".
O jornal, penso, inverteu a relevância da informação. A apresentadora atrai maior interesse do público, porém a nova TV tem mais interesse público -e jornalístico.


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