São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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É ASSIM QUE AS COISAS SÃO

A Folha tratou mal da morte de Walter Cronkite. O âncora do telejornal da rede americana de TVB CBS entre 1962 e 1981 foi mais do que o principal jornalista dos EUA daquele período. Ele representou um tipo de prática que influenciou a profissão no mundo inteiro.
Cronkite integrava uma escola de profissionais que se formou na cobertura da Segunda Guerra Mundial sob o comando de Ed Murrow, de quem se pode saber um pouco assistindo ao filme recomendado abaixo.
Em vários de seus necrológios na imprensa americana esta semana enfatizou-se que ele foi o símbolo máximo de uma era que já acabou faz tempo e não voltará mais. É verdade. Mas a leitura de sua autobiografia, indicada a seguir, ainda pode ensinar muito a quem se dedica a esta atividade.
Uma delas é que a autoridade moral de que ele desfrutava junto ao público não advinha de opiniões que expressasse. Cronkite tinha orgulho de ser repórter, não de dar opiniões. Mas nas poucas vezes em que ele as deu exatamente por terem sido raras e estarem embasadas em fatos elas tiveram impacto enorme. Muito maior do que mil opiniões de outros.


PARA LER

"Walter Cronkite Repórter", de Walter Cronkite, tradução de Mário Vilela. DBA, 1998 (à venda no site da editora por R$ 19)

PARA VER

"Boa Noite e Boa Sorte", de e com George Clooney, 2005 (disponível em locadoras)




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