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Crítico gastronômico não vê problema
Josimar Melo, 53, desde o
começo dos anos 1990 é crítico
gastronômico da Folha, que
sempre pagou suas refeições.
Pedi a opinião dele e do jornal.
A Secretaria de Redação
afirmou: "A Folha considera
ideal que o crítico mantenha o
anonimato. Foi um erro ter
publicado fotos de Josimar".
O crítico: "O anonimato total, com a enorme profissionalização dos serviços de divulgação dos restaurantes, parece impossível. Em alguns meses os assessores de imprensa
(que vieram de Redações, ou
as visitam, e conhecem a cara
dos jornalistas) já viram os
críticos em suas visitas iniciais
aos restaurantes recém-abertos, já os mostraram para os
maîtres e chefs e garçons, que
dali a alguns meses estarão
trabalhando em outro restaurante e identificarão eles mesmos os críticos".
"De toda forma, nunca
anuncio minhas visitas aos
restaurantes, e em muitos casos não me conhecem. Mesmo
quando conhecem, isso não
afeta a qualidade da comida
(que é meu critério de julgamento, para dar ou não estrelas [...])."
Sobre o evento de 2003:
"Quando fiz o evento esses
chefs foram contratados para
dar aula. Foram pagos. Não fizeram favor ou deferência ao
crítico. Se fizer crítica a um
restaurante deles, farei com a
isenção de sempre. Não fiquei
"devendo" nada a eles".
"O jornal freqüentemente
pede a chefs de cozinha (ou
escritores ou artistas de várias
áreas) que façam algo -uma
receita exclusiva, um poema
inédito. As receitas não costumam ser pagas. São tratadas
como material jornalístico (e
o artista provavelmente se
sente recompensado pela divulgação, não sei)."
"Talvez o jornal pudesse
correr o risco de ficar numa
posição de credor do artista
(que, não obstante, ele futuramente poderá criticar)."
Sobre o contratado para o
Mais.Paladar cujo restaurante
foi avaliado: "Ele foi contratado para trabalhar na organização. Era um funcionário. O
evento acabou [...], e no ano
seguinte esse ex-funcionário
abriu um restaurante".
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