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Pedestres

A campanha da Prefeitura de São Paulo visando mudar a atitude dos motoristas em relação às faixas de pedestre foi malfeita. Na segunda fase da campanha, o pedestre que atravessa fora da faixa é ironizado como "homem-zebra". Nos ônibus, quem atravessa na faixa é chamado de "pedestre-vivo". Logo quem atravessa fora deverá ser, justificadamente, o "pedestre-morto".

Pintar faixas em todos os cruzamentos, sinalizá-las com placas e com iluminação e fazer uma campanha exaustiva nas rádios e na TV para educar os motoristas parecem-me atitudes mais decentes, inteligentes e menos perversas do que ameaçar os pedestres de morte.

Privilégios

A observação do filósofo Alain de Botton de que a elite paulistana goza de privilégios extremos impossíveis no Reino Unido ("No Brasil, Alain de Botton critica elite, caos de SP e desigualdade", "Ilustrada", 26/11) ecoa com a informação de que o vão-livre de um dos maiores e mais importantes museus do país, o Masp, está sendo utilizado como estacionamento privado para um

público que se recusa a caminhar alguns metros ou mesmo a utilizar o transporte coletivo ("Masp usa vão-livre como estacionamento", "Cotidiano", ontem).

E tudo isso com o apoio e a "compreensão" da diretoria do museu, que fomenta o sucateamento de mais um espaço público e coloca em risco a estrutura do belo prédio projetado por Lina Bo Bardi.

Ziraldo

Em relação ao texto "Ziraldo é condenado no PR por estelionato" ("Cotidiano", 26/11), informo que, nas declarações ao juiz -com inteiro apoio nas provas-, o cartunista demonstrou que não houve obtenção, para si ou para outrem, de qualquer vantagem ilícita em prejuízo alheio e, muito menos, indução ou manutenção de alguém em erro, mediante artifício ardil ou qualquer outro meio fraudulento.

Não houve o crime de estelionato (Código Penal, art. 171). Na verdade, desde o registro burocrático da logomarca "Humor at the falls" no INPI há quase dez anos, jamais ela foi usada para qualquer outro objetivo. Ziraldo jamais aproveitou a logomarca cedida ao evento para qualquer outra finalidade.

Defesa pessoal

É estarrecedor constatar que um jornalista demonstre mais senso crítico sobre a educação escolar do que os próprios profissionais da área. Com o texto "Pequenos minotauros" ("Opinião", 26/11), Fábio Seixas descreve claramente o descompasso entre as propostas curriculares da educação infantil e as necessidades mais genuínas da infância.

Até quando nós, educadores, continuaremos vendendo o que acreditamos ser a expectativa dos pais -também pouco críticos em relação ao cenário social que todos produzimos?

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Em relação à coluna de Fábio Seixas, percebi que o jornalista nutre certo preconceito quanto ao ensino de artes marciais para as crianças, talvez com o receio de que sua filha se torne uma "pit girl" em vez de resolver seus conflitos na base da conversa. Essa imagem é compartilhada por muitas pessoas, normalmente aquelas que nunca presenciaram uma aula séria de jiu-jítsu ou de qualquer outra arte marcial.

A criança só tem a ganhar com a prática de uma arte marcial, pois isso possibilita o desenvolvimento físico e mental, além de disciplina e concentração.

Educação

No texto "A ausência de autoestima" (Tendências/Debates, ontem), Arnaldo Niskier trata da ausência (ou da falta) de uma "necessária autoestima" do professor para atingir a demanda das escolas públicas. Se houvesse ausência, não teríamos ainda tantos mestres se esforçando no sentido de crescer para entender, e não apenas utilizar, o que há de mais moderno.

É inegável que, se os professores, de modo geral, pudessem vencer a tibieza -o que não se traduz em ausência-, tivessem salários condizentes com o que realizam, recursos para administrar o que fazem de maneira a não dever nada à modernidade, seria ótimo. Portanto, que o poder público auxilie no processo para que a fraqueza seja vencida.

Polícia Militar

Nos últimos dias, temos tido incentivos consideráveis para discutir, em especial, o papel de um agente específico: a Polícia Militar. A instalação das UPPs no Rio, a atuação da polícia para recolher alunos que matam aula em parques de São Paulo, a PM na USP, a nomeação do novo comandante da Rota, a ostensiva presença de policiais como subprefeitos de São Paulo. Tudo isso põe em evidência traços desse poderoso agente do Estado.

A questão que se coloca quando se questiona se alguém é a favor ou contra a PM não deve ser entendida como: "Você é a favor ou contra a segurança pública?".

O que se deve perguntar é: sou contra uma instituição cuja "tropa de elite" é comandada por um dos réus de um massacre a um grupo já marginalizado? Sou contra uma instituição que aborda tão bem na Paulista, mas que humilha na periferia?

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