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Antonio Delfim Netto Foxconn Tem causado grande sensação a possibilidade de um investimento no Brasil da ordem de US$ 12 bilhões da empresa taiwanesa de produtos eletrônicos, a Foxconn, acertado durante a visita da presidente Dilma. Trata-se de um gigante do setor e, certamente, valerá a pena vê-la instalar-se aqui. O Brasil tem sido cuidadoso na análise do projeto. Contratou uma empresa privada especializada para avaliar adequadamente o valor da "tecnologia" a ser aportada pela Foxconn que, eventualmente, deve ser o valor do seu capital na empresa nacional, num investimento inicial de US$ 4 bilhões, como sugere o dono da empresa, Terry Gou. Ela irá produzir telas para televisores, computadores, tablets etc. Segundo se sabe, informalmente, a contribuição do BNDES para o capital da empresa seria da ordem de 30% (o que pode atingir US$ 1,2 bilhões). Como Terry Gou não aporta recursos líquidos, mas só o "valor" estimado da tecnologia, a eventual diferença deverá ser capitalizada por empresários nacionais dispostos a correr o risco do empreendimento. Aparentemente, o ousado e inovador empresário Eike Batista dispõe-se a colocar US$ 500 milhões, conforme um acordo de confidencialidade que teria assinado com Gou e o BNDES. De acordo com Gou, outros dois investimentos, de US$ 4 bilhões, serão instalados num futuro não muito remoto para cumprir o acordo firmado pelo governo brasileiro, o que será muito bom. A Foxconn está montando fábrica em Jundiaí, no Estado de São Paulo, onde pretende produzir iPhones. Como é conhecido, a empresa não possui marca própria. Produz sofisticados produtos eletrônicos que incorpora em bens finais que são vendidos sob diversos nomes. No caso do iPhone produzido na China, por exemplo, ela é praticamente uma "maquiadora". O quadro abaixo, construído com números de um trabalho de Yuquing Xing (www.voxeu.org.index.php?q=node/6335) mostra o pequeno valor adicionado deixado na China: Como será em Jundiaí? Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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