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Editoriais Para melhorar o trânsito Como mostrou a Folha no domingo, muitos fatores conspiram para fazer do trânsito de São Paulo um dos mais complicados do mundo -a começar pela frota, estimada em 7 milhões de veículos, que cresceu 40% em uma década. Também contribuem os chamados "polos geradores de tráfego", como shoppings ou megaprédios residenciais, que proliferam pela cidade -mais de 600 receberam aval desde 2005. Há ainda os milhares de eventos, as constantes obras e reparos nas vias e as famigeradas manifestações em locais inadequados, como a avenida Paulista. Uma análise realista sugere que a maioria desses fatores deve permanecer em cena nos próximos anos. A frota poderá crescer em ritmo menos acelerado, mas não deixará de aumentar, assim como a expansão imobiliária e a programação de feiras e congressos. Especialistas não se cansam de repetir que o investimento maciço em transporte público, em especial sobre trilhos, e a conclusão de obras como o Rodoanel, que retira veículos pesados da cidade, são o caminho para que se chegue a uma solução "estrutural". Há, todavia, medidas pontuais que podem atenuar os gargalos. Algumas delas têm sido adotadas pela prefeitura, como o veto à circulação de caminhões nas principais avenidas em horários de pico e as restrições aos ônibus fretados no centro expandido. Mas ainda há muito a ser feito. É necessário remover das pistas com mais celeridade veículos avariados ou envolvidos em acidentes. Há poucos dias, por exemplo, a retirada de um automóvel nessas condições, na marginal Pinheiros, demandou mais de 12 horas. O efeito cascata nesses casos é brutal. Uma força-tarefa com o objetivo de agilizar as remoções pode dar bons resultados. A modernização dos semáforos, já em curso, é outra providência a ser apressada. Os mais novos estão menos sujeitos a avarias e permitem programações "inteligentes", com tempos diferentes de abertura e fechamento ao longo do dia. É imperioso também disciplinar as manifestações públicas em áreas que, bloqueadas, paralisam o trânsito da cidade, impõem prejuízos a milhares de pessoas e colocam em risco a vida de quem precisa se deslocar em busca de atendimento hospitalar urgente. São medidas simples que podem ajudar São Paulo a parar menos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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