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Crack
Quando via pela televisão aquele grupo de maltrapilhos perambulando pelas ruas do centro de São Paulo após a expulsão da cracolândia, perguntava-me: será que essas pessoas não têm parentes ou amigos que possam ajudá-las? Mas só me deparei com um drama real quando li a história de Teresa Beatriz Viega, que procurava a nora Desirée (que está grávida) na cracolândia.
A sequência de fotos que ilustram a "Primeira Página" da Folha de ontem já revela o amor que Teresa carrega em si. Mas, somente quando lemos a reportagem "À procura de Desirée" ("Cotidiano"), notamos o amor sem tamanho dessa senhora humilde, analfabeta e sem posses. É um belo exemplo de ser humano
Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)

A excelente reportagem "À procura de Desirée" surpreendeu a quem já desacreditava do gênero humano ao contar o drama de Teresa Beatriz Viega. Sua procura, afetuosa e tenaz, pela nora grávida nos deu uma lição de vida. Teresa a encontrou após
longa busca. Essa coragem de expor-se é prova de que nem tudo está perdido.
Alcides Telles Júnior (Santos, SP)

Polícia
São injusta a crítica generalizada e as suposições irracionais do leitor Haroldo Heverton Souza Arruda sobre a Polícia Militar (Painel do Leitor, ontem). Os casos relatados são lamentáveis, mas são casos isolados numa organização policial que faz quase 2 milhões de atendimentos por ano.
Os efetivos da PM paulista estão entre os de melhor preparo do mundo (dois anos de formação básica em academia com certificação ISO 9001) e, quase todo dia, um policial é demitido por não atender às rigorosas exigências profissionais.
Essa mesma polícia que o leitor critica é a principal responsável por São Paulo ter registrado a maior queda de violência do mundo nos últimos dez anos. Apesar dos problemas, o leitor pode se orgulhar de sua polícia.
José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM (São Paulo, SP)

Congresso
No Brasil, a demora da tramitação de proposições no Congresso Nacional não só revela incompetência como contraria diretamente o interesse da sociedade. É inadmissível que um projeto de lei proposto pelo TST em 28 de novembro de 2008 com o objetivo de criar cargos de juiz do trabalho e varas do trabalho se converta em lei somente no dia 27 de maio de 2011 (lei 12.411).
Mesmo as leis de baixa repercussão apresentaram injustificável demora quanto ao seu ciclo elaborativo. A lei 12.499, que declara o ator Paulo Autran patrono do teatro brasileiro, demorou quatro anos para ser promulgada. A lei 12.502, que inscreve o nome do barão do Rio Branco no livro de heróis da pátria, demorou nove anos para ser promulgada.
As leis federais promulgadas no ano passado tiveram um tempo médio de tramitação de três anos. A demora demonstra o
descomprometimento do Congresso Nacional com a democracia brasileira.
André Leandro Barbi de Souza, advogado e especialista em Direito Político (Porto Alegre, RS)

Audiência
Em relação à reportagem "Receita sobe, audiência desce" ("Ilustrada", 2/1), a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) esclarece que, onde se questiona a concentração de verba em uma emissora de TV, é fundamental destacar que a compra de mídia se faz de forma transparente, baseada em análises, considerando a audiência, a programação e o custo-benefício para os anunciantes.
Sobre os incentivos comerciais, trata-se de uma estratégia amplamente adotada pelo mercado, na qual as agências atuam dentro de padrões estabelecidos pelo Cenp, órgão regulador do setor.
A própria Folha mantém um plano de incentivo comercial com as agências, nos moldes praticados pelo mercado.
Em relação aos birôs de mídia, a Fenapro defende o modelo nacional, em que as agências trabalham embasadas no planejamento de comunicação. É isso que assegura a qualidade e o reconhecimento que a propaganda brasileira tem hoje.
Ricardo Nabhan, presidente da Fenapro - Federação Nacional das Agências de Propaganda (São Paulo, SP)

Integração
Sem tirar a responsabilidade, que é do ministro Fernando Bezerra, mas, para demonstrar a transparência que todos nós, eleitores, merecemos, os nobres deputados e senadores da oposição poderiam vir a público e apontar os pedidos de liberação de verbas para prevenção e combate a enchentes nos seus respectivos Estados que foram negados pelo Ministério da Integração. Ficaria, assim, evidenciado o privilégio familiar.
Manuel Vázquez Gil (São Vicente, SP)

Eike
Se o empresário bilionário Eike Batista é considerado o homem mais rico do Brasil, por que, em todos os investimentos que faz, o BNDES o socorre com altos valores de financiamento a longo prazos e a juros módicos ("BNDES libera à OSX empréstimos de US$ 227,9 mi", "Mercado", ontem).
BNDES, empreste para mim também. Serei um grande empreendedor e tenho certeza de que pagarei direitinho o empréstimo.
Antonio David, empresário (Ribeirão Preto, SP)

Classe média
Causa estranhamento o artigo "Frustração e ódio à democracia", assinado por Paulo Ghiraldelli Jr. (Tendências/Debates, ontem). Ele dá a entender que todos os cidadãos indignados contra a corrupção e a impunidade pertencem a uma classe média conservadora, que estaria fomentando uma insurreição contra o Estado democrático regido pelo PT.
A meu ver, a classe média é constituída pela maioria que produz e consome as riquezas nacionais, tendo o direito de exigir que o dinheiro de nossos impostos seja aplicado exclusivamente para o bem da coletividade.
Contrariamente ao que afirma o articulista, a ameaça ao Estado democrático de Direito está no abuso do poder político e econômico, que sustenta privilégios e injustiça social. A história nos ensina que é a podridão política a causa do advento e da perpetuação de regimes ditatoriais.
Salvatore D' Onofrio, professor titular aposentado da Unesp (São José do Rio Preto, SP)

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