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Televisão
Se já não bastassem as cenas com apelo sexual, com consumo excessivo de bebidas alcoólicas e até as de sexo por baixo do edredom, agora vemos um suposto ato de estupro praticado por um dos integrantes do "BBB 12" ("Suspeita de estupro tira participante do 'BBB', "Cotidiano", ontem). Essa é mais uma prova do grande valor da tecla de nossos televisores que nos permite trocar de canal.
Paulo Roberto Martins Thuler (Suzano, SP)

Inferir que o UFC não incita e não gera violência, do meu ponto de vista, é falácia. Muitas pessoas não entendem o conceito preponderante de defesa pessoal, pilar das artes marciais. Transmitir imagens de gladiadores em uma arena se matando é um desserviço à sociedade.
Carlos Frederico de Lima Coelho (Belo Horizonte, MG)

Silicone
O leitor Julio Ferreira (Painel do Leitor, ontem) e outros moralistas de sua espécie têm divulgado a questão da troca do silicone de má-qualidade pelo SUS como uma benesse para mulheres fúteis, o que é uma bobagem. Primeiro, porque homens e mulheres se interessam por estética, e estar feliz com o seu corpo é primordial para a saúde mental de qualquer indivíduo. Segundo, porque cabe aos sistemas de vigilância da saúde zelar para que produtos nocivos à saúde não entrem nem sejam usados no país.
Em suma: se esse silicone entrou, houve falha grave dos órgãos de fiscalização, pagos, inclusive, pelos impostos das mulheres que fazem uso de silicone.
Alan Demanboro, fisioterapeuta (Osasco, SP)

João Pereira Coutinho, em "Morrer pelos homens?" ("Ilustrada", ontem), se mostrou um evidente desconhecedor do universo feminino ao concluir de forma simplista qual é o verdadeiro motivo de mulheres saudáveis se submeterem a implantes mamários. Segundo Coutinho, muitas buscam tal intervenção com o simples intuito de moldar seu corpo para a satisfação do sexo oposto. Somos meros coadjuvantes do mundo delas. O que as impulsiona é seu próprio gênero, ou melhor, é a percepção da outra. E sinto dizer que, infelizmente, elas nunca morrerão por nós.
Luis Estevão Jock Piva (São Paulo, SP)

Judiciário
Ainda que se discorde de parte do texto de Eliane Cantanhêde ("Punição e Prêmio", "Opinião", ontem), é salutar perceber um início de distinção entre "juízes justos e juízes pecadores". Todo segmento da sociedade é formado por "justos e pecadores". Seria utópico supor um Judiciário, que é formado por seres humanos, composto só pelos "justos".
Luiz Gustavo Giuntini de Rezende, juiz (Franca, SP)

Segurança
Fosse só pela pobreza de argumentos, o texto de Vladimir Safatle ("Alckmin e a polícia", "Opinião", ontem) não mereceria resposta. Mas o texto erra e omite. Erra ao dizer que a ação na Nova Luz se baseia na internação compulsória. Mentira. As internações têm ocorrido de maneira voluntária -85 pessoas já pediram o tratamento de forma espontânea.
Safatle omite o fato de a PM ter desocupado a reitoria da USP por ordem judicial sem ter havido um só ferido, e não por "demonstração histérica de força". O policial militar a que se refere Safatle foi imediatamente punido.
Quanto ao PCC, é direito de dele enaltecer e vitimizar suas lideranças o quanto quiser. Mas não pode omitir que, nos últimos cinco anos, uma estratégia integrada entre as secretarias da Segurança Pública e da Administração Penitenciária praticamente aboliu as rebeliões no sistema penitenciário -no ano passado, por exemplo, não foi registrada nenhuma.
No mundo imaginário de Safatle, o poder público deixaria em paz os criminosos, mantendo a situação de degradação dos dependentes. É isso, em suma, o que ele quer dizer com suas porretadas panfletárias. No mundo real, porém, é dever do Estado combater o crime e cuidar de suas vítimas.
Felipe Neves, coordenador de atendimento à imprensa do governo do Estado (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO COLUNISTA VLADIMIR SAFATLE - Sugere-se que, antes de criticar um texto, a pessoa o leia com cuidado. Em momento algum afirmei que a ação na Nova Luz se baseia em internação compulsória. Disse apenas que ações policiais dessa natureza são tão injustificáveis quanto práticas de internação compulsória. Também não enalteci criminosos, mas apenas lembrei como tal política de extermínio foi ineficaz. Sobre o mundo real do missivista, melhor seria que ele não fosse moldado a partir de necessidades de marketing político.

Enem
O professor Nilson José Machado faz ácida apreciação do Enem ("A loteria Enem", Tendências/Debates, ontem). O professor acaba por convocar "as boas escolas privadas" a pegarem em pedras contra o Enem, pretensa nova Geni na praça pública.
O Enem alimenta a esperança do povo ou não? O Enem, pelo seu novo efeito de massa federal, populariza a cultura e a formação crítica, além de encorajar o Brasil no rumo da superação das desigualdades via educação.
Há, sim, a dança das cadeiras nas principais carreiras, o que incomoda certa elite mentalmente estagnada no tempo. Há, sim,
expectativa de ascensão social pela educação, o que incomoda muito mais. Desqualificar
o Enem é a maneira de as elites se reproduzirem nas principais carreiras e cursos e no poder.
Sérgio José Custódio, presidente nacional do MSU - Movimento dos Sem Universidade (São Paulo, SP)

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