Painel do Leitor

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Judiciário

Em resposta ao presidente do STF, Cezar Peluso, que disse que "degradar o Judiciário é suicídio", rebatemos afirmando que manter o Judiciário sem transparência e com privilégios é o caminho mais curto para o suicídio da nação.

ORSON MUREB JACOB (Assis, SP)

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Quem não deve não teme e até deseja ser investigado. Essa é a maior prova de que acreditamos na lisura e no acerto da Justiça. Esse deveria ser um pensamento constante dos juízes, mas alguns magistrados, inclusive alguns togados do STF, fogem desse ensinamento como o Diabo foge da cruz e querem, a qualquer preço, silenciar o CNJ, coisa que esperamos não acontecer.

BENEDITO TOBIAS (São Joaquim da Barra, SP)

Algemas

Castelinho, Pinheirinho, USP, cracolândia. A polícia de São Paulo é mesmo dura. Mas ver parturiente algemada no leito foi o mais duro. Por favor, exonerem-me deste planeta.

MARCÍLIO GODOI (São Paulo, SP)

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É óbvio que, para um médico que atende em sua suntuosa clínica particular, algemas são um escândalo. Mas, para os médicos que atuam em hospitais públicos, convivendo com o perigo constante, algemas em criminosos são o mínimo.

RAFAEL ROSSI (Blumenau, SC)

Egito

O fanatismo e a intolerância invadiram o futebol. O que vimos no Egito foi uma barbárie, uma selvageria. Há muito, ir a um estádio de futebol deixou de ser um programa familiar. A violência só não é maior por causa da presença ostensiva da polícia, que, diga-se, às vezes não dá conta de conter esses "torcedores".

LUCIO EIJI FUKUMOTO (Manaus, AM)

Armênios

Senhor Luiz Carlos Bresser-Pereira, com muita tristeza e revolta li o artigo que escreveu ("A boa consciência da França", "Mundo", 30/1). Acredito que o senhor deva pedir desculpas aos armênios. Sou filha de um armênio que sofreu a perseguição turca e que sempre teve a lucidez de contar as crueldades cometidas por eles. Morreu aos 93 e nunca se cansou de falar e escrever tudo o que viu.

OSSANA DOKUZIAN (São Paulo, SP)

Fórum Social

É triste constatar, mais uma vez, em se tratando do Fórum Social, como a Folha distorce fatos. É incrível a tendenciosidade do título "Esvaziado, Fórum Social termina hoje sob crise existencial" ("Poder", 29/1). Espero que esse jornal corrija pelo menos uma frase que me atribuiu, no próprio subtítulo da reportagem, apresentando-a como um "desabafo": "Um dos idealizadores, Chico Whitaker propõe mudança de estratégia para atrair insatisfeitos com o formato atual".

O que eu disse, de forma tranquila e objetiva (em grande e, aliás, vibrante plenária), foi que precisamos inovar para levar ao máximo possível de pessoas as informações que nos convenceram de que "outro mundo é possível, necessário e urgente".

Os insatisfeitos a que me referi são os "insatisfeitos" e preocupados com o mundo em que vivemos e com os seus rumos, que podem levá-lo à autodestruição, como os jovens acampados nas praças para protestar contra o domínio do mundo por 1% de seus habitantes, alguns dos quais, de diferentes países, também vieram a Porto Alegre.

CHICO WHITAKER (São Paulo, SP)

NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção Erramos.

Ministérios

Aguinaldo Ribeiro será o substituto de Mário Negromonte no Ministério das Cidades. O fato é que o que entra já traz em sua bagagem sérias denúncias de irregularidades, mas isso não é uma surpresa, já que o cidadão é da "base alugada". Aliás, estar enroscado em denúncias parece ser pré-requisito para se tornar ministro nos governos petistas.

RODRIGO BORGES DE CAMPOS NETTO (Brasília, DF)

Kassab e Lula

Repugnante a atitude descaradamente eleitoreira de Gilberto Kassab, que cedeu um terreno que não é dele, e sim do município, para o ex-presidente Lula construir seu memorial ("Após oferecer vice, Kassab dá terreno em SP para Lula", "Poder", ontem). Kassab, com isso, espera angariar a simpatia do PT e formalizar a aliança com o seu PSD.

Por que não usar o terreno para construir no local um centro de recuperação de usuários de drogas? Verba para tanto, com certeza, não falta, pois vemos diariamente notícias de desvios do dinheiro público. Mais uma vez os interesses pessoais falarão mais alto que os da população.

ARI DIAMANDI (São Paulo, SP)

Fernando de Noronha

Causou-me repulsa a notícia de cobrança extra de R$ 65 para visitação a Fernando de Noronha, com a desculpa de usar a arrecadação para melhorias na infraestrutura turística ("Cotidiano", ontem). Parece piada.

A atual "taxa de preservação ambiental", de salgados R$ 43,20 por dia, não deveria destinar-se a isso, conforme o último parágrafo da reportagem? Digo deveria, porque visitei a ilha em 2010 e pude constatar a precariedade da infraestrutura da área controlada por Pernambuco. Concordo que a visitação deva ser restrita, bem como que se pague uma taxa para a preservação da ilha, desde que o dinheiro arrecadado seja realmente destinado a esse fim.

TACIO F. DEMARCHI (Foz do Iguaçu, PR)

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