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Hélio Schwartsman

Prognósticos eleitorais

SÃO PAULO - Agora que os republicanos estão realizando suas prévias, as atenções se voltam para Romney, Gingrich, Santorum etc. Eles merecem ser acompanhados de perto, mas é importante não perder de vista que Barack Obama, a julgar pelos principais modelos de previsão eleitoral, não deixou de ser o favorito nem quando a crise econômica parecia um abismo sem fundo.

Depois de ter inventado as pesquisas eleitorais, no século 19, os americanos hoje se dedicam a um esporte um pouco diferente, que é o das previsões. Enquanto as sondagens entrevistam cidadãos sobre suas preferências para compor uma fotografia do momento, previsões se valem das mais variadas estratégias para antecipar o resultado.

A ideia é apanhar alguns indicadores, econômicos, sociais ou até características biográficas dos candidatos, e, a partir deles, compor um modelo matemático que permita apontar o vencedor. E o surpreendente é que o sistema mais funciona do que falha.

Um desses modelos, o "pão e paz", desenvolvido por Douglas Hibbs a partir dos anos 90 -que leva em conta apenas o aumento da renda per capita e o índice de baixas militares em conflitos internacionais-, acertou o resultado de todos, exceto um, dos 15 pleitos americanos entre 1952 e 2008.

Mais recentemente, cientistas políticos começaram a apelar para as metapesquisas: junta-se o maior número possível de pesquisas eleitorais (de preferência com as metodologias mais díspares) e tira-se a média; esse resultado tende a ser mais confiável que o de qualquer sondagem isolada.

Desde 2004, um site especializado em previsões, o Pollyvote, combina metapesquisas com modelos econométricos e os baseados em outras variáveis para fazer prognósticos. Segundo a última aferição, de 11/2, Obama tem 51,2% dos votos populares. É apertado, mas ele nunca ficou abaixo dos 50%. Curiosamente, o "pão e paz" é um dos poucos modelos que prevê sua derrota.

helio@uol.com.br

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