Painel do Leitor

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Paulistano
Merece aplauso a decisão judicial em favor de sócio do clube Paulistano que pleiteia a inclusão de companheiro como dependente ("Justiça manda clube aceitar parceiro gay", "Cotidiano", ontem). O clube, que se mostra liberal em aceitar tal benefício para casais heterossexuais em união estável, afirma que irá recorrer da decisão com base em seu estatuto. E pode um estatuto de clube violar a Constituição? Sinto-me envergonhado de ser sócio de um clube que pretende transformar-se em enclave impermeável aos direitos fundamentais.
Theo Dias, advogado criminal e professor da Escola de Direito da FGV (São Paulo, SP)

Pondé
Gostaria de parabenizar o colunista Luiz Felipe Pondé por sua coluna "O fio de cabelo de uma mulher" ("Ilustrada", 27/2). Não me lembro de ter lido recentemente um texto tão lúcido e maduro. O colunista foi capaz de expressar, em poucas palavras, o que penso sobre o mundo atual. Julguei, até a data da publicação da coluna, que ninguém tivesse coragem ou respaldo para escrever algo assim.
Rafael Gomes Bastos (Juiz de Fora, MG)

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A leitora Therezza Alves Terra (Painel do Leitor, ontem) expressou exatamente o que eu estava pensando sobre Luiz Felipe Pondé, que disse que toda mulher tem como primeira vocação ser prostituta. Lamento a cessão de espaço a um filósofo reacionário e convencido de que seu pensamento é inovador e de que está prestando uma ótima colaboração ao jornal. Ledo engano.
José Pires de Camargo Neto (Campinas, SP)

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Discordo da leitora Therezza Alves Terra (Painel do Leitor, ontem). Ideias devem ser combatidas no plano das ideias, não com polícia. Diferentemente de outros colunistas, Pondé não escreve para agradar ou para angariar votos. Não faço minhas as palavras dele, mas acho que faz bem ao jornal manter em seu quadro pessoas que escrevem sem peias.
Marcos Nunes dos Santos (São Paulo, SP)

Impunidade
Quero parabenizar a Folha pelo caderno "Folha Transparência" (26/2). O material apresentado nos mostrou que precisamos reforçar a nossa democracia. Além da propalada reforma política, é preciso haver também de uma super-reforma no Judiciário.
Clovis Deitos (Campinas, SP)

Mães
Triste, mas verdadeira, a constatação de Jairo Marques -colunista que tem um talento raro- em seu texto "E a mãe ficou velhinha" ("Cotidiano", ontem).
Aqueles que percebem que a mãe envelheceu sempre têm atitudes diversas. Ou não a procuram mais, porque essa é uma forma de negar que um dia perderão o amparo materno, ou resolvem estar ao lado dela o maior tempo possível, pois têm medo de perdê-la sem ter retribuído plenamente o amor que receberam.
Leonor de Souza (São Paulo, SP)

Prefeitura de SP
Que bom contar com as palavras acertadas de Janio de Freitas no artigo "Gelatina de incertezas" ("Poder", ontem), sobre o descompromisso político de Geraldo Alckmin com as partes envolvidas na disputa à prefeitura paulistana. De fato, o processo eleitoral não pode ser conduzido segundo privilégios pessoais, com prejuízo aos interesses democráticos.
Célia Maria Ribeiro (Mogi-Guaçu, SP)

Infraestrutura
Ao contrário do publicado em "Obstáculos travam porto de Eike no Rio" ("Mercado", 26/2), as obras do superporto do Açu, em construção em São João da Barra (RJ), não estão travadas, como o título pode dar a entender. Atualmente, cerca de 5.000 profissionais trabalham na obra, que irá gerar 50 mil empregos em 2025.
O Açu será um dos três maiores complexos portuários do mundo, com movimentação de 350 milhões de toneladas por ano e atração de investimentos de US$ 40 bilhões. O Grupo EBX cumpre todas as exigências dos órgãos públicos para a implantação do porto. Mais de 50 iniciativas socioambientais estão em curso na região, com investimento de R$ 150 milhões.
Bárbara Bortolin, coordenadora da assessoria de imprensa da LLX (Rio de Janeiro, RJ)

Circo
Lamentável a declaração da presidente da Associação de Amigos de Vila Pompeia, Maria Antonieta Lima e Silva, sobre o projeto da Secretaria Cultura que prevê a instalação de um circo público no bairro ("Criação de circo da prefeitura leva polêmica à Pompeia", "Cotidiano", 26/2).
Numa declaração equivocada e preconceituosa, ela afirmou que o circo atrairá maus elementos e desocupados, mostrando, assim, total desconhecimento sobre a importância do circo nas artes e na cultura brasileira.
Verônica Tamaoki (São Paulo, SP)