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Anistia
Vladimir Safatle, em seu excelente artigo "Respeitar a Lei da Anistia?" ("Opinião", ontem), deu uma lição de cidadania àqueles que acham que respeitar a Lei da Anistia é, simplesmente, passar por cima e esquecer as barbáries comandadas pelo Estado durante o regime militar.
O colunista lembrou três aspectos "esquecidos" pelo editorialista da Folha ao escrever o editorial "Respeito à Anistia" ("Opinião", 19/3): primeiro, o reconhecimento pelo Brasil do conceito de "crime contra a humanidade"; segundo, que "os acordos políticos nacionais não podem estar acima da defesa incondicional dos cidadãos contra Estados que torturam, sequestram, assassinam opositores, escondem cadáveres e estupram"; terceiro, "os envolvidos em terrorismo de Estado e sequestro nem sequer foram julgados", valendo a anistia só para um lado.
Ainda bem que alguns não consideram que a ditadura militar no Brasil foi branda!
Benjamin Eurico Malucelli (São Paulo, SP)

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A crítica falaciosa que o colunista Vladimir Safatle (no texto "Respeitar a Lei da Anistia?") fez ao editorial "Respeito à Anistia" baseou-se em pelo menos duas premissas erradas: a de que os militares sistematicamente dificultam toda investigação e a de que o Brasil abriu mão de sua soberania jurídica, como querem os internacionalistas.
O próprio Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro da Defesa, colocou o Exército na região do Araguaia para efetuar buscas de corpos de guerrilheiros ao lado dos interessados, como amplamente noticiado na mídia.
Paulo Marcos Gomes Lustoza, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)

Eike
Não conhecemos ainda (e o senhor Eike Batista também não) as reais circunstâncias nas quais o seu filho atropelou e matou um ciclista. Mas a afirmação do empresário segundo a qual "a imprudência do ciclista podia ter 'levado' três pessoas" é um ofensa à família da vítima ("Imprudência de ciclista poderia ter matado meu filho, afirma Eike", "Cotidiano", ontem).
Francisco Carlos Alves do Carmo Ramos (Brasília, DF)

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O empresário Eike Batista afirmou à Folha que o ciclista que foi atropelado por seu filho Thor também poderia ter causado a morte do rapaz. Sem complexo de Deus, mas com absoluta convicção e certeza de que o é, Eike -que também se declarou perito e juiz- já definiu a culpa do ciclista, qual foi a trajetória do veículo e em qual velocidade o automóvel estava.
Carlos Alberto Bellozi (Belo Horizonte, MG)

Austrália
Fiquei estarrecido com a notícia de que mais um brasileiro foi morto por engano fora de nosso país. Além de Roberto Laudísio, morto por policiais na Austrália, temos o caso de Jean Charles, que foi morto por engano em Londres ao ser confundido com um terrorista. Esperamos que o governo brasileiro, por meio de sua embaixada, possa esclarecer o que realmente aconteceu.
Adib Millen (Tatuí, SP)

Automedicação
Oportuno e pertinente o artigo do colunista Hélio Schwartsman sobre a automedicação e os remédios devolvidos às gôndolas das farmácias ("Opinião", ontem). Pior que tudo isso é a intenção do governo de devolver vagas de cursos de medicina a faculdades ineficientes. Ainda pior é ver o Conselho Regional de Medicina dar aval para o livre exercício da medicina a formandos não plenamente capacitados.
Julio Cesar M. Santos Jr, médico (Guaratinguetá, SP)

Energia nuclear
É surpreendente que professores da USP (Painel do Leitor, ontem), instituição da qual fui aluno e também professor, tomem como base "artigos e documentários" veiculados pela "imprensa e emissoras de TV de todo o mundo" para afirmar que meu artigo "Japão mostrou que energia nuclear é segura" (Tendências/Debates, 19/3) "distorce os fatos".
Esperava deles uma análise com base em informações científicas da OMS (Organização Mundial da Saúde), do Comitê Científico sobre Efeitos das Radiações Ionizantes da ONU, de Robert Gale ou da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Verificariam que meu artigo faz uma análise dessas informações, num contraponto ao "senso comum", que remete a supostos "horrores" e apela para a mais forte das emoções, que é o medo. Isso é o que realmente conspira contra o interesse público.
Leonam dos Santos Guimarães, assessor da Agência Internacional de Energia Atômica e assistente da Presidência da Eletronuclear S.A. (Rio de Janeiro, RJ)

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O artigo "Japão mostrou que energia nuclear é segura", de Leonam dos Santos Guimarães, é falacioso no que tange às perdas humanas causadas por acidentes nucleares. De fato, a não ser em doses muitos altas, as radiações ionizantes emitidas em consequência desse tipo de acidente não provocam mortes imediatas, mas geram leucemia e câncer que atingem principalmente crianças, causando milhares de mortes ao longo dos anos, como está acontecendo com as populações que permaneceram na região de Tchernobil, na Ucrânia.
Alessandro Barghini, pesquisador do Instituto de Biociências da USP (São Paulo, SP)

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