Painel do Leitor

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Bienal
Embora Emanoel Araujo tenha todas as credenciais para discutir o futuro da Bienal, sua opinião no artigo "Adeus à Fundação Bienal de São Paulo" (Tendências/Debates, ontem) não reflete o momento atual da instituição.
A realização da Bienal já está assegurada e não dependerá mais da parceria com o MAM de São Paulo, embora a iniciativa, construída pelo Ministério da Cultura, tenha sido bem recebida pela nossa instituição.
Amparada por decisão judicial, a Fundação Bienal já recuperou todas as condições de executar neste ano a Bienal de São Paulo, razão primeira de sua existência, e está integralmente mobilizada para solucionar os problemas das edições passadas.
É importante declarar que esta fundação mantém diálogo ativo, aberto e construtivo com o MinC, o qual tem demonstrado empenho na busca de soluções definitivas de forma a viabilizar a continuidade da Bienal.
Gostaríamos de reafirmar que a 30ª edição da Bienal de São Paulo apresentará, mais uma vez, sua força e trará uma mostra no padrão internacional que o país conquistou e merece.
Alfredo Setubal, presidente em exercício do Conselho de Administração da Fundação Bienal, e Heitor Martins, presidente da Diretoria-Executiva da Fundação Bienal (São Paulo, SP)

NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção Erramos.

Arte
Não desmereço a ideia e o estilo do pintor Edvard Munch, mas, se fosse nos dias de hoje, ele não mereceria nada além de um espaço de chargista. Nada justifica esses valores absurdos que sustentam o mercado da arte ("'O Grito', de Munch, atinge R$ 229 milhões", "Mundo", ontem).
Aurélio Nunez Rolan (São Paulo, SP)

Política
Sobre o texto "Vereadora que recebeu só um voto toma posse no Piauí" ("Poder", ontem), fica claro que o que era para ser exemplo emblemático do disparate que é esse sistema eleitoral brasileiro de "cotas partidárias" é visto pela "eleita" como "vontade de Deus". Pode até ser mesmo, pois ficou provado que vontade do povo é que não foi.
Taís Gratieri (Genebra, Suíça)

Indicadores sociais
Quanta amargura no editorial "Censo de problemas" ("Opinião", ontem)! Certamente o editorialista teve uma noite insone ou não teve acesso à pesquisa Datafolha sobre o sentimento de bem-estar da população.
Lúcio Flávio V. Lima (Brasília, DF)

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Que pena que o texto "Censo de problemas" é "apenas" um editorial. Deveria ser um manifesto público assinado por todos os brasileiros. Parabéns à *Folha*!
Heinz Klein (São Paulo, SP)

Juros
Já que a presidente Dilma está cobrando dos bancos que baixem os juros, ela deveria também reduzir a carga do IOF, que é cobrado em todas as operações de crédito, como o cheque especial, o crédito pessoal e os financiamentos.
Vera Souza (Campinas, SP)

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Que me desculpe Mário A. Dente (Painel do Leitor, ontem), mas ele está equivocado. Os juros bancários servem para proporcionar ganho ao capital privado e cobrir eventuais inadimplentes. Mesmo assim, não evitam o risco de o banco quebrar. Pagamos os juros com raiva. Já os impostos, estes servem para engraxar a engrenagem pública, para pagar jatinho, academia e vinho do bom e, quando sobra, também vai para a educação, a saúde e a segurança. Pagamos os impostos com orgulho. Entendeu agora?
Miguel Burihan (São Paulo, SP)

Crime
Em Tendências/Debates de ontem, Luiz Flávio Gomes apresentou um artigo cujo título é exemplar: "Enriquecimento ilícito tem de ser crime". Eu, na minha santa ignorância, pensava que enriquecimento ilícito estivesse ligado a roubo, que há muito tempo é passível de punição.
João Henrique Rieder (São Paulo, SP)

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A criminalização do enriquecimento ilícito é algo que já deveria ter ocorrido há anos. Além de serem presos, aqueles que enriqueceram indevidamente devem devolver o dinheiro que afanaram.
Marco Antonio Coronato (Uberlândia, MG)

Transportes
Em relação ao editorial "Trilhos e corredores" ("Opinião", ontem), a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo informa que, em uma cidade das dimensões e da complexidade de São Paulo, o transporte público por meio de ônibus integra um sistema maior composto por trens e metrô. Esses dois últimos são modais que devem ser alimentados pela rede de ônibus. Sabendo que a solução para o transporte em São Paulo vai muito além da construção de corredores de ônibus, a prefeitura já aplicou R$ 1 bilhão e investirá outro R$ 1 bilhão na expansão do metrô até o fim deste ano.
A SMT afirma que a prefeitura não está de braços cruzados: estão em licitação 68,5 km de corredores exclusivos de ônibus e serão implantados, ainda neste semestre, 130 km de corredores de ônibus à direita e faixas exclusivas em todas as regiões. Além disso, estão sendo adotadas medidas que ampliem a velocidade média dos 15 mil ônibus que transportam 10,9 milhões de passageiros todos os dias.
Rubens Linhares, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo (São Paulo, SP)

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A propósito do editorial "Trilhos e corredores", sobre a baixa utilização de ônibus, faltou mencionar a péssima qualidade da frota, os veículos antigos e malconservados -carroças com janelas pequenas e má ventilação.
Antonio Carlos Ribeiro Fester (São Paulo, SP)