Painel do Leitor

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Metrô
O governador Geraldo Alckmin diz que a greve dos metroviários é política, organizada por um grupelho radical, e que tem motivação político-eleitoral. Fica a impressão de que a paralisação é conveniente e cômoda para o governador. Quando ele diz que a greve é política, também está no jogo e quem perde é a população.
Anísio Franco Câmara (São Paulo, SP)

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Foi simplesmente vergonhosa essa greve. Todo ano é a mesma ladainha e a mesma falta de consideração com a população.
Antonio José G. Marques (São Paulo, SP)

Caso Cachoeira
Enganou-se o Fernando Rodrigues em seu artigo de ontem, quando disse que a CPI do Cachoeira está sem rumo ("CPI, uma nau sem rumo", "Opinião", ontem). A realidade é que ela tem rumo certo: não apurar nada. Os deputados e senadores colocados ali pelo governo do PT e pelos partidos aliados têm um propósito: conchavados com o PSDB, não aprofundarão as investigações nem convocarão governadores enrolados com Cachoeira.
Alvaro Abrantes Cerqueira (Muriaé, MG)

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Carlos Cachoeira disse não por duas horas. A atitude dele foi um não ao caráter, não ao respeito, não ao povo sedento de respostas.
Ana Elisa de Moraes (Catiguá, SP)

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Impressionam as mesuras dos nossos políticos para com o advogado Márcio Thomaz Bastos. Qual a razão? Impressiona muito mais um ex-ministro da Justiça defender um marginal. Falam mais alto os honorários advocatícios do que os interesses de acabar com essa casta de corruptos?
Roberto Silveira (Curitiba, PR)

Transparência
Apesar do entusiasmo com a dita transparência na divulgação dos vencimentos dos servidores, isso não trará nenhum efeito prático, exceto em relação aos dividendos políticos da velha e boa demagogia populista. De tempos em tempos, surgem caçadores de marajás, vassourinhas e faxineiras, e amiúde somos seduzidos pela cantilena diversionista.
Rafael Avila de Andrade e Silva (São Paulo, SP)

Comportamento
Endosso cada palavra da leitora Áurea Roberto de Lima (Painel do Leitor, ontem) e fundamento isso no alto absenteísmo de pais em reuniões escolares.
Não generalizando, boa parte dos pais acham que a escola é um fim em si mesmo, esquecendo que os conceitos básicos de socialização e de boa convivência devem imperiosamente vir da família (salvo pontuais casos de problemáticas sociais).
Rafael Theodoro (São Paulo, SP)

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Gostaria de acrescentar à lista de pequenas incivilidades de nosso dia a dia, como assim denominou Cristina Grillo em seu ótimo texto "Boas maneiras" ("Opinião", 20/5), a "nova moda" em voga em São Paulo: as discotecas ambulantes. O pessoal enche os porta-malas de seus carros com caixas acústicas e sai por aí com o volume no máximo, incomodando o bairro inteiro!
Antonio Ferreira (São Paulo, SP)

Medidas do governo
A Folha, no editorial "Deficit de ousadia" ("Opinião", ontem), manteve a velha e ultrapassada fórmula para o crescimento, que pode ser resumida nas políticas de austeridade que estão levando a eurozona ao colapso. Redução dos aumentos do salário mínimo, diminuição dos gastos públicos, aumento das metas de superavit etc. são o receituário que a Folha defende há anos e que é repetido no editorial. Parece que o jornal ainda não compreendeu que essa é a fórmula da crise. Ao contrário do afirmado no último parágrafo do editorial, parece-me que falta ousadia à Folha!
Daniel Pagliusi Rodrigues (Ribeirão Preto, SP)

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Excelente o editorial "Deficit de ousadia". São sempre muito instigantes esses editoriais, mas o de ontem se superou. Há extensão, profundidade e visão nele. Pena que faltem à presidente Dilma aliados à altura de configurar e enfrentar a tarefa.
Esther P. Kullock (Rio de Janeiro, RJ)

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Ao adotar medidas tolas, tentando fazer o país crescer, o governo patina no setor econômico.Primeiro, baixa o IPI de geladeiras e fogões. Agora, foi a vez dos carros. Até quando o governo usará o endividamento das famílias para garantir o crescimento do país?
Angela Almeida Segundo (Vitória, ES)

Crise na Europa
Por que os europeus não utilizam a receita que eles mesmos, apoiados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), nos deram há alguns anos para sair da recessão e sanar as dívidas?
Não venham pedir ajuda aos países emergentes, que eles massacraram no passado.
Lúcio Teixeira (Belo Horizonte, MG)

Trabalho escravo
Como é que se pode acreditar na aprovação da PEC do trabalho escravo quando o deputado Nelso Marquezelli (PTB-SP) ousa reclamar que ela dá poder excessivo aos fiscais porque eles poderão "determinar que um fazendeiro com apenas um trabalhador em regime escravo seja expropriado" ("Por 360 votos a 29, Câmara aprova PEC do trabalho escravo", "Poder", ontem)? Parece que a mentalidade de certos deputados ainda não aceitou sequer que o Brasil já aboliu a escravidão!
Heloísa Fernandes (São Paulo, SP)

Coutinho
Belo o texto "Uma herança" ("Ilustrada", 22/5), de João Pereira Coutinho. Ele tratou da arte de abstrair, costurando imaginação, informação e conteúdo, para formar a herança na qual tudo é permitido e nada é proibido, do encontro de gerações alinhavadas onde menos se espera.
Rebeca Gelse Rodrigues (São Paulo, SP)

Código Florestal
Nem a mais ingênua das crianças brasileiras acredita que a destruição das florestas seja necessária para que haja produção de alimentos. Precisamos de pessoas corajosas como os ex-ministros do Meio Ambiente, signatários do apelo publicado na seção Tendências/Debates ("Apelo públicos dos ex-ministros", 22/5), que assumem o risco de enfrentar o setor do agronegócio.
Cecilia Porto (São Paulo, SP)