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Vitórias contra a Aids

A oferta de tratamento contra a Aids poderá ser universalizada em todo o mundo até 2015.

A informação consta de relatório da Unaids, agência criada pela ONU para combater o HIV. O documento afirma ainda que, nos próximos três anos, será possível zerar a transmissão vertical do vírus, que ocorre da mãe para o bebê.

Para a expectativa se confirmar, países de renda média e baixa terão de dobrar a oferta de antirretrovirais. Segundo a Unaids, nessas nações há 15 milhões de pessoas que demandam tratamento, mas apenas 8 milhões são medicadas.

Apesar da disparidade, a agência mantém-se otimista, apoiada no avanço verificado de 2010 para 2011, quando o número de pessoas tratadas aumentou 21%.

Ainda assim, no ano passado, 34,2 milhões viviam com o vírus no mundo -e 1,7 milhão morreram por causa da doença. Universalizar o acesso a drogas anti-HIV é indispensável para preservar essas vidas, ceifadas desigualmente ao redor do globo. No Oriente Médio e no norte da África, por exemplo, apenas 13% da população-alvo recebe medicamentos.

A luta contra a Aids, é evidente, não pode se restringir à garantia do direito ao tratamento. É preciso incrementar as ações preventivas.

Felizmente, há boas notícias também no campo da profilaxia. Nos últimos anos, têm sido colhidas evidências de que antirretrovirais podem ser usados para evitar a infecção pelo HIV.

O governo norte-americano já autorizou a distribuição de um medicamento a ser usado antes da exposição ao vírus. A nova pílula, por enquanto, é indicada apenas para grupos de risco -e não aposenta a camisinha como principal medida de proteção. Tal linha de pesquisa, porém, é considerada promissora.

Quanto ao Brasil, modelo de universalização do acesso ao tratamento, não tem conseguido progredir na prevenção. Nos últimos 12 anos, a taxa de incidência da doença ficou estabilizada no país. Em 2010, foram 34.218 novos casos.

Para vencer a batalha profilática, um dos passos é ampliar os diagnósticos. Estima-se que cerca de 250 mil pessoas estejam contaminadas no Brasil sem que elas próprias saibam disso. Outro, mais complexo e auspicioso, envolve investimento em pesquisa.

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