Painel do Leitor

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Saúde
A reportagem "Com boom de clientes de planos de saúde, espera cresce em hospitais" ("Cotidiano", ontem) reflete o que usuários de planos de saúde temos percebido: dificuldade para agendar e realizar consultas, exames e tratamentos, o que reflete a discrepância entre o crescimento do número de usuários e o crescimento do número de consultórios credenciados, clínicas e hospitais.
Todavia o que me espanta mais é que, com essa economia de escala e a utilização mais maciça dos mesmos equipamentos, nós tenhamos que arcar com um reajuste nos planos de saúde ainda superior à inflação
Francisco Ptacek (São Paulo, SP)

Oriente Médio
Necessário, se não impositivo, que se dê repercussão ao excelente artigo "Oriente Médio: Itamaraty sem estratégia" (Tendências/Debates, ontem), de Hussein Ali Kalout. Atual maior foco de tensão mundial, aquela parte do planeta tem sido discriminada pela chancelaria brasileira, que, segundo Kalout, "tem tratado as embaixadas da região como um laboratório ou como uma geladeira para acomodar ambições individuais dos diplomatas em sua disputa por espaços".
Walter de Oliveira (Bandeirantes, PR)

Violência
A propósito da morte do italiano Tomasso Lotto ("Italiano morto por ladrões ia tentar emprego na cidade", "Cotidiano", ontem), não seria o caso de embaixadas brasileiras no exterior divulgarem aos turistas e aos trabalhadores que vêm para o Brasil como se comportam os nossos bandidos?
Edson Barbosa de Carvalho (Indaiatuba, SP)

Atentado nos EUA
Ao ler reportagens sobre o jovem atirador de Colorado, fiquei com uma dúvida: quando o estúdio produtor do filme "Batman" afirmou estar "profundamente triste" e quando o diretor do longa divulgou nota de "profundo pesar", eles expressavam gesto de condolência às vitimas ou reconheciam que as imagens de violência do filme afetam o comportamento dos jovens?
Eduardo Fernandes Barbosa (Belo Horizonte, MG)

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O colunista Michael Kepp não poderia ter sido mais equivocado a respeito do próprio povo, quando tratou dos motivos de mais um atentado cometido por um insano nos EUA ("Alienação social faz dos EUA terreno fértil para chacinas", "Mundo", 21/7).
Os americanos que lá conheci, além de gentis e solidários, possuem um fortíssimo senso de comunidade (o que aliás é uma tradição daquela nação).
Paulo Boccato (São Carlos, SP)

Eleições
Pela terceira vez consecutiva, o Datafolha registrou empate entre Soninha Francine (PPS) e Fernando Haddad (PT) em terceiro lugar na intenção de votos para a Prefeitura de São Paulo ("Poder", 21/7). Estranhamente, porém, a Folha cobre diariamente a campanha do petista e ignora a candidata da coligação "Um Sinal Verde para São Paulo".
Se não bastasse, no gráfico da pesquisa, coloca sempre a "carinha" de Haddad acima da de Soninha, em vez de colocá-las lado a lado, como recomendariam a matemática, a ética e o bom jornalismo, já que ambos estão empatados com 7%.
É duro enfrentar o empenho da máquina e o reforço da mídia. Por que essa preferência? Freud explica, a Folha não.
Maurício Huertas, secretário de Comunicação do PPS (São Paulo, SP)

Telefonia
Agora que a Anatel acordou para defender os direitos dos cidadãos, que tal verificar também os serviços prestados pelas nossas TV pagas? Todos os amigos com quem converso sobre elas dizem ter problemas e reclamações sobre mau atendimento.
Alaor dos Santos (São Paulo, SP)

Pedágio
Não sei de onde o deputado Cauê Macris tirou a informação de que 90% dos usuários aprovam o pedágio na rodovia Itatiba-Jundiaí ("Sistema pioneiro é mais justo", Tendências/Debates, 21/7). Com trânsito caótico, essa rodovia ainda não teve sua duplicação finalizada.
Elcio José de Toledo (Santa Rita do Sapucaí, MG)

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Segundo a Folha, será implantado nas rodovias de São Paulo um sistema de cobrança eletrônica dos pedágios. Isso implicará a redução de custo para concessionárias e o aumento de arrecadação. O problema é que, com o novo sistema, o usuário terá de comprar um chip, sob pena de pagar multa e receber pontos na carteira. Será que o governo quer nos enganar? É claro que, se a compra do chip será obrigatória, o custo da infraestrutura do sistema (leitores de chips, antenas etc.) estará embutido no preço dele. Logo seremos nós os financiadores dessa exploração.
Claudio Messias Alves (São Paulo, SP)

Processo civil
O artigo "Por um processo civil justo" (Tendências/Debates, 18/7) apresentou uma visão distorcida sobre os honorários advocatícios de sucumbência, desconsiderando que sua fixação deve levar em conta o grau de zelo e de trabalho do advogado, a natureza e a importância da causa e o tempo despendido pelo profissional da defesa do cliente, cuja demanda tramita ao longo de anos pelo Judiciário.
É necessário que se entenda que o pagamento aos advogados de valores justos não apenas servirá para dignificar e garantir o trabalho da classe como permitirá constante aprimoramento profissional e, por consequência, ampliação e consolidação da cidadania. Por esse motivo, o Conselho Federal da OAB SP lança em todo o país, no próximo dia 10, véspera do Dia do Advogado, o Dia Nacional de Defesa dos Honorários Advocatícios.
Marcos da Costa, presidente interino da OAB-SP (São Paulo, SP)