Painel do Leitor

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Mensalão
Praticamente todo o Brasil está aplaudindo o comportamento dos ministros do STF. No entanto, até agora, nenhum deles nem a imprensa tocou em uma questão de suma importância: condenar estão condenando, mas e o bloqueio dos bens dos réus para o ressarcimento ao erário de todo o dinheiro desviado?
Osmar medaglia (São José dos Campos, SP)

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O ministro Cezar Peluso despede-se do STF com uma magnífica aula. Sua palavra competente, precisa e enérgica quando necessária teve ainda ritmo adequado. A aposentadoria compulsória no serviço público por idade requer uma revisão urgente.
Luiz Antonio S. L. de Macedo (São Paulo, SP)

Eleições
Caindo nas intenções de voto e crescendo em rejeição, José Serra, candidato à prefeitura paulistana pelo PSDB, parece aproximar-se do seu fim político. Em verdade, isso será bom, pois novas lideranças poderão aparecer, coisa que, com a presença de Serra, não é permitida.
José Piacsek Neto (Avanhandava, SP)

Drogas
O artigo "Combate ao crack: missão de quem não desiste", de Januario Montone (Tendências/Debates, ontem), pergunta sobre consenso social e se queremos, de fato, combater o uso de drogas. Ao mesmo tempo, responde a essa questão quando aponta a ineficácia das internações compulsórias e o trabalho dos profissionais de saúde, imprescindível e não retumbante.
Pois eu também respondo: não queremos esse tipo de "combate às drogas". Queremos a descriminalização e o respeito ao direito de uso, como algo do âmbito privado da vida.
Odila Maria Fernandes Braga (Uberaba, MG)

Assistência jurídica
Após ler o artigo "O acesso à Justiça pelos mais carentes" (Tendências/Debates, ontem), percebemos, com constrangimento, que a proximidade da eleição para a presidência da OAB-SP torna o enfraquecimento da Defensoria Pública uma bandeira de campanha. Pretende-se angariar votos dos milhares de eleitores, que são os advogados inscritos no convênio de assistência judiciária, ao arrepio da decisão do STF na Adin nº 4.163, que reforçou o modelo público previsto pela Constituição.
Esperamos que a direção eleita da OAB-SP repudie tentativas de perenizar um modelo que repassa neste Estado cerca de R$ 280 milhões/ano de dinheiro público para profissionais privados, algo sem paralelo em qualquer outra profissão.
No mais, aguardamos o apoio público da OAB-SP ao projeto de lei do governador Alckmin que cria 400 cargos de defensores públicos -esta sim uma medida crucial para ampliar o acesso à Justiça pelos mais carentes, nos moldes da Constituição.
Daniela Sollberger Cembranelli, defensora pública geral do Estado de SP (São Paulo, SP)

Receita
Interessante o editorial "Arrecadação em queda" (Opinião, ontem), que menciona a queda na arrecadação federal em julho. Em que pese uma análise mais aprofundada da situação, creio que duas medidas simples seriam fundamentais para amparar essa queda e, eventualmente, criar nova curva ascendente: evitar o desperdício de dinheiro público e acabar com a isenção fiscal de que são beneficiárias as instituições religiosas, político-partidárias e sindicais.
Já se fez a conta de quanto essas instituições deixam de recolher aos cofres públicos em razão dessa isenção?
Giancarlo Conti (São Paulo, SP)

Engenharia
Excelente o artigo "Onde estão nossos engenheiros?", de Luiz Carlos Bresser-Pereira ("Mundo", 27/8). A falta dramática de engenheiros é, sem dúvida, um dos grandes, se não o maior dos entraves ao desenvolvimento do Brasil. É preciso urgentemente que se criem políticas voltadas especificamente à valorização dos profissionais existentes e à formação de novos engenheiros.
Luís Francisco Quinzani Jordão (Tupã, SP)

Nerd olímpico
Alegra-nos, sobremaneira, ler a notícia sobre o jovem Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho abrilhantando sua geração e servindo de estímulo àqueles que se acham sem esperança ("Cotidiano", 29/8). Sua perseverança e dedicação, características acessíveis a todos, deixam orgulhosos os brasileiros e os linenses como eu. Parabéns, Ivan!
Lucilia Maria P. Magalhães (Rio Branco, AC)

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