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Pesquisas incômodas

As pesquisas de intenção de voto do Datafolha em cinco capitais brasileiras compõem um cenário até aqui menos confortável para o PT do que se poderia esperar de um partido que há quase dez anos controla o governo federal.

Com candidato próprio em quatro dessas cidades, o partido da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não lidera em nenhuma delas.

No Rio de Janeiro, o PT se limita a apoiar o prefeito Eduardo Paes, do PMDB. Em busca da reeleição, Paes aparece com 54%. Em segundo lugar está Marcelo Freixo (PSOL), com 18%.

Em Belo Horizonte, o prefeito também é favorito. Marcio Lacerda (PSB) tem 49%, contra 31% de Patrus Ananias (PT).

A situação é semelhante em Porto Alegre, onde o prefeito José Fortunati (PDT) lidera com 41%, seguido por Manuela D'Ávila (PC do B), com 30%. Adão Villaverde, do PT, tem 7% e está em terceiro lugar.

Até agora, a vantagem de disputar uma reeleição vem sendo maior do que a de pertencer ao partido que governa o país. Nesse sentido, o PT de Lula parece ter errado ao deixar de fora da disputa o petista João da Costa, prefeito de Recife.

Seu candidato na capital pernambucana, Humberto Costa, caiu de 35%, em julho, para 23% e está tecnicamente empatado em segundo lugar com Daniel Coelho (PSDB), com 19%. O novo líder é Geraldo Julio (PSB). Do partido do governador Eduardo Campos, cresceu 27 pontos em dois meses e tem 34%.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o petista Fernando Haddad tem 17% e está em segundo lugar, empatado com José Serra (PSDB), com 20%. Celso Russomanno (PRB) lidera com 32%.

O eleitor de Curitiba, por decisão da Justiça e a pedido do candidato Gustavo Fruet (PDT), foi privado do levantamento feito na capital paranaense. O pedetista alegou pormenores técnicos para obter a censura judicial de resultados que não são de seu interesse.

Pesquisas eleitorais mostram a fotografia de um momento da disputa. O cenário retratado é transitório, mas a imagem formada é um dado que o eleitor pode usar para decidir seu voto. Surpreende que ainda hoje alguns políticos militem para sonegar tal informação.

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