São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008 |
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JOSÉ SARNEY Carnaval e Vieira
LUÍS VIANA Filho, o grande
biógrafo de Rui, Rio Branco,
Eça e Nabuco, disse-me que,
ao encontrar-se com o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil
Lincoln Gordon -que se tornou
célebre porque seu período coincidiu com a queda do Jango em
1964-, quando já não ocupava
mais o posto, este lhe observou que
uma coisa o impressionara muito
na sua passagem aqui: as escolas de
samba. Uma maravilha sem igual
no mundo. Não sabia como era
possível seu funcionamento. Era a
alegria, a beleza, a diversidade de
pessoas, uma Torre de Babel que
oferecia uma impressão do caos, na
chamada concentração. De repente, tudo se transformava. Tocava o
apito com a ordem de entrar na
avenida e, num movimento perfeito, o conjunto dava um banho em
qualquer planejamento, e desfilavam como se tudo fosse milimetricamente orquestrado. A bendita
improvisação brasileira, que do
caos faz nascer a harmonia e o desfile. Isso explicava o Brasil.
jose-sarney@uol.com.br JOSÉ SARNEY escreve às sextas-feiras nesta coluna. Texto Anterior: Salvador - Nelson Motta: Comandantes da folia Próximo Texto: Frases Índice |
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