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PAINEL DO LEITOR
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Crise
"O FMI divulgou a sua projeção
de crescimento do mundo para o
ano em curso: apenas 0,5% do PIB.
Um crescimento tão irrisório que
marcará 2009 para toda a eternidade, como foi 1929, pois não se sabe
daqui a quantos anos haverá um
crescimento tão diminuto. O único
aspecto positivo é que o FMI nunca
acertou nada. Tomara que novamente esteja equivocado.
Para o Brasil, a previsão de crescimento do FMI é de 1,8%, embora os
analistas daqui prevejam um pouco
mais. O Brasil está adotando ações
para conter a crise, mas ainda é
pouco. É preciso uma reforma tributária ampla, juntamente com
uma reforma previdenciária e ações
de contenção de gastos desnecessários do Estado. É certo que o Estado
precisa elevar seus gastos diante de
crises, mas a elevação precisa ser
em setores essenciais, para que ele
seja revertido em geração de empregos e em investimentos."
GUSTAVO ELIAS DOS SANTOS (Uberaba, MG)
Abdelmassih
"Assim como a sra. Cristiane Dias
("Painel do Leitor", 31/1), também
sou assinante da Folha, mas tenho
opinião oposta à da leitora. Não entro no mérito sobre a procedência
das denúncias contra o dr. Roger
Abdelmassih, mas creio que a concessão do espaço na coluna "Tendências/Debates", dedicada aos
grandes temas nacionais, foi um
privilégio. Não me recordo de outros envolvidos em notícias negativas terem o mesmo direito. E, ao
contrário do que pensa a sra. Cristiane, as denunciantes não revolveram falar "somente agora, de uma
hora para outra". Há denúncias antigas, que embasam a investigação
do Ministério Público. Se mais mulheres resolveram falar agora talvez
seja porque a Folha teve o mérito
de romper o silêncio sobre o tema."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)
Senado
"O apoio do PSDB ao candidato
petista Tião Viana à presidência do
Senado Federal é mais um indício
do antigo acordo político PSDB-PT.
No Brasil não existe democracia,
mas um um acordo de rodízio no
poder. A classe política não representa o povo brasileiro, mas está a
serviço do poder econômico."
FRANCISCO ANÉAS (São Paulo, SP)
Battisti
"Não resta a menor dúvida que o
ministro da Justiça, Tarso Genro,
agiu de forma intempestiva ao propor ao presidente da República a
concessão do status de asilado político ao ex-ativista italiano Cesare
Battisti. Tratando-se de caso tão
antigo, polêmico e rumoroso, envolvendo a relação entre o Brasil e a
Itália, o ministro deveria ter ouvido
outros juristas e o seu colega das
Relações Exteriores, além de atentar para a decisão da maioria dos integrantes do Comitê Nacional para
os Refugiados (Conare), que foi
contra o asilo político de Battisti."
SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro,
RJ)
Bancos
"Alguém minimamente lúcido da
esfera governamental poderia explicar por que os seculares bancos
de todo o mundo estão se esborrachando com a crise enquanto os
bancos nacionais nadam em ouro?
Nós sentimos no bolso a resposta.
Só depois de seis anos o presidente
Lula sai das alturas onde se esconde
para não ter azia e pede ao Banco do
Brasil e à Caixa Econômica Federal
para baixarem os "spreads". Lembre-se, presidente, o senhor não pede, o senhor manda. Sua tibieza lhe
poupa da azia, mas causa úlceras na
maior parte dos alfabetizados."
JOUBERT TREFFIS (Rio de Janeiro, RJ)
Transgênicos
"A reportagem de Rafael Garcia
(Ciência, 25/1) sobre o livro da escritora francesa sobre uma multinacional fabricante de transgênicos
tocou profundamente a consciência nacional e gerou muita indignação sobre até quando o povo brasileiro pode aguentar.
Sabe-se que
mais de 90% dos transgênicos vendidos no Brasil e no mundo são fabricados por uma única multinacional, da qual o livro falou. Os
exemplos mencionados lembram a
Companhia Britânica das Índias
Orientais dos séculos 17 e 18, que
transformou os privilégios comerciais num grande império. Não é
muito diferente o exemplo contemporâneo da fabricante de transgênicos. Apesar de todos os países europeus proibirem a venda e o consumo de transgênicos, o Brasil os
autorizou, os plantou e os consumiu!"
NAGIB NASSAR, professor titular de genética da
Universidade de Brasília (Brasília, DF)
Filantrópicas
"Aplausos para o editorial "Filantrópicas anistiadas" (30/1). Temos
conhecimento de uma instituição
"filantrópica" que, ao fornecer estudo e alimentação a alunos carentes,
impunha que as refeições fossem
feitas em cantina de parentes do
presidente. Também bolsas oferecidas a estudantes exigiam como
contrapartida o trabalho na instituição, evitando-se a contratação
de funcionários. Outros delitos dessa espécie foram cometidos, mas
tão bem camuflados que nem a inspeção do INSS, superficial, conseguiu detectar. Tal instituição desvia
dos cofres combalidos da Previdência cerca de R$ 10 milhões por ano."
DARWIN BASSI, professor aposentado do ITA (São
José dos Campos, SP)
Jornais
"Os grandes jornais, em sua inesgotável criatividade, inventaram
um novo tormento para o leitor: as
capas promocionais que envolvem
a primeira página, encobrindo a
manchete do dia e obrigando o leitor a removê-las e jogá-las fora para
acessar a matéria em destaque.
Claro que os comerciais podem
ter lugar em órgãos da imprensa.
Mas a dignidade do jornal exige que
este lugar ocupe o segundo plano da
informação, da notícia, que constitui a matéria-prima da imprensa.
As capas promocionais frustram
a expectativa do leitor, que pega o
jornal ávido para se informar e tropeça de cabeça com um anúncio gritante. A mensagem subliminar passada ao leitor pelas capas é a de que
o jornal foi engolido pela publicidade. Como poderemos confiar na independência do jornal quando este
caiu sob os tentáculos do Leviatã da
publicidade? Sim, porque a informação tem primazia absoluta sobre
os interesses comerciais da empresa, e jamais poderia ser passada para trás, privilegiando o alto empresariado nacional e multinacional".
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)
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