São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Crise
"O FMI divulgou a sua projeção de crescimento do mundo para o ano em curso: apenas 0,5% do PIB.
Um crescimento tão irrisório que marcará 2009 para toda a eternidade, como foi 1929, pois não se sabe daqui a quantos anos haverá um crescimento tão diminuto. O único aspecto positivo é que o FMI nunca acertou nada. Tomara que novamente esteja equivocado.
Para o Brasil, a previsão de crescimento do FMI é de 1,8%, embora os analistas daqui prevejam um pouco mais. O Brasil está adotando ações para conter a crise, mas ainda é pouco. É preciso uma reforma tributária ampla, juntamente com uma reforma previdenciária e ações de contenção de gastos desnecessários do Estado. É certo que o Estado precisa elevar seus gastos diante de crises, mas a elevação precisa ser em setores essenciais, para que ele seja revertido em geração de empregos e em investimentos."
GUSTAVO ELIAS DOS SANTOS (Uberaba, MG)

Abdelmassih
"Assim como a sra. Cristiane Dias ("Painel do Leitor", 31/1), também sou assinante da Folha, mas tenho opinião oposta à da leitora. Não entro no mérito sobre a procedência das denúncias contra o dr. Roger Abdelmassih, mas creio que a concessão do espaço na coluna "Tendências/Debates", dedicada aos grandes temas nacionais, foi um privilégio. Não me recordo de outros envolvidos em notícias negativas terem o mesmo direito. E, ao contrário do que pensa a sra. Cristiane, as denunciantes não revolveram falar "somente agora, de uma hora para outra". Há denúncias antigas, que embasam a investigação do Ministério Público. Se mais mulheres resolveram falar agora talvez seja porque a Folha teve o mérito de romper o silêncio sobre o tema."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)

Senado
"O apoio do PSDB ao candidato petista Tião Viana à presidência do Senado Federal é mais um indício do antigo acordo político PSDB-PT.
No Brasil não existe democracia, mas um um acordo de rodízio no poder. A classe política não representa o povo brasileiro, mas está a serviço do poder econômico."
FRANCISCO ANÉAS (São Paulo, SP)

Battisti
"Não resta a menor dúvida que o ministro da Justiça, Tarso Genro, agiu de forma intempestiva ao propor ao presidente da República a concessão do status de asilado político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti. Tratando-se de caso tão antigo, polêmico e rumoroso, envolvendo a relação entre o Brasil e a Itália, o ministro deveria ter ouvido outros juristas e o seu colega das Relações Exteriores, além de atentar para a decisão da maioria dos integrantes do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), que foi contra o asilo político de Battisti."
SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

Bancos
"Alguém minimamente lúcido da esfera governamental poderia explicar por que os seculares bancos de todo o mundo estão se esborrachando com a crise enquanto os bancos nacionais nadam em ouro?
Nós sentimos no bolso a resposta.
Só depois de seis anos o presidente Lula sai das alturas onde se esconde para não ter azia e pede ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal para baixarem os "spreads". Lembre-se, presidente, o senhor não pede, o senhor manda. Sua tibieza lhe poupa da azia, mas causa úlceras na maior parte dos alfabetizados."
JOUBERT TREFFIS (Rio de Janeiro, RJ)

Transgênicos
"A reportagem de Rafael Garcia (Ciência, 25/1) sobre o livro da escritora francesa sobre uma multinacional fabricante de transgênicos tocou profundamente a consciência nacional e gerou muita indignação sobre até quando o povo brasileiro pode aguentar.
Sabe-se que mais de 90% dos transgênicos vendidos no Brasil e no mundo são fabricados por uma única multinacional, da qual o livro falou. Os exemplos mencionados lembram a Companhia Britânica das Índias Orientais dos séculos 17 e 18, que transformou os privilégios comerciais num grande império. Não é muito diferente o exemplo contemporâneo da fabricante de transgênicos. Apesar de todos os países europeus proibirem a venda e o consumo de transgênicos, o Brasil os autorizou, os plantou e os consumiu!"
NAGIB NASSAR, professor titular de genética da Universidade de Brasília (Brasília, DF)

Filantrópicas
"Aplausos para o editorial "Filantrópicas anistiadas" (30/1). Temos conhecimento de uma instituição "filantrópica" que, ao fornecer estudo e alimentação a alunos carentes, impunha que as refeições fossem feitas em cantina de parentes do presidente. Também bolsas oferecidas a estudantes exigiam como contrapartida o trabalho na instituição, evitando-se a contratação de funcionários. Outros delitos dessa espécie foram cometidos, mas tão bem camuflados que nem a inspeção do INSS, superficial, conseguiu detectar. Tal instituição desvia dos cofres combalidos da Previdência cerca de R$ 10 milhões por ano."
DARWIN BASSI, professor aposentado do ITA (São José dos Campos, SP)

Jornais
"Os grandes jornais, em sua inesgotável criatividade, inventaram um novo tormento para o leitor: as capas promocionais que envolvem a primeira página, encobrindo a manchete do dia e obrigando o leitor a removê-las e jogá-las fora para acessar a matéria em destaque.
Claro que os comerciais podem ter lugar em órgãos da imprensa.
Mas a dignidade do jornal exige que este lugar ocupe o segundo plano da informação, da notícia, que constitui a matéria-prima da imprensa. As capas promocionais frustram a expectativa do leitor, que pega o jornal ávido para se informar e tropeça de cabeça com um anúncio gritante. A mensagem subliminar passada ao leitor pelas capas é a de que o jornal foi engolido pela publicidade. Como poderemos confiar na independência do jornal quando este caiu sob os tentáculos do Leviatã da publicidade? Sim, porque a informação tem primazia absoluta sobre os interesses comerciais da empresa, e jamais poderia ser passada para trás, privilegiando o alto empresariado nacional e multinacional".
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

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