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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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PAINEL DO LEITOR

CNBB
"Tomei conhecimento das notícias veiculadas por esse jornal, na edição de sexta-feira, sobre a recente reunião do Conselho Episcopal da CNBB, realizada em Brasília de 26 a 29 de maio ("Documento divulgado pela CNBB faz críticas às opções do governo", Brasil, pág. A7).
A respeito daquilo que o jornal cita como "documento da CNBB", tenho a esclarecer o que segue.
A "Análise de Conjuntura" é um texto de reflexão solicitado por esta presidência a um estudioso. As afirmações contidas no texto não são submetidas à aprovação dos bispos, mas permanecem sob a inteira e única responsabilidade do seu autor, que, por isso mesmo, assina o seu texto.
Por isso afirmo que não se trata de um "documento" dos bispos nem da conferência episcopal (CNBB).
Lamento, pois, que tenham sido atribuídas à CNBB afirmações da "Análise de Conjuntura" apresentadas na citada reunião do Conselho Episcopal em Brasília. Tal atitude leva à desinformação e à desorientação da opinião pública e não faz jus à verdade.
A CNBB, por isso mesmo, acredita ser do seu direito exigir que não lhe sejam atribuídas afirmações que não são suas."
Dom Odilo Pedro Scherer, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB (Brasília, DF)

Resposta da repórter Luciana Constantino - A reportagem informou que o documento "Análise de Conjuntura" não é da CNBB, trouxe o nome do autor do estudo e deixou claro que o documento foi apenas discutido durante reunião da entidade.

CPI enterrada
"O Senado enterrou a CPI sobre o malcheiroso assunto dos US$ 30 bilhões que teriam sido enviados ao exterior entre 1996 e 1999 ("Planalto atua e impede CPI do Banestado", Brasil, pág. A10, 30/5).
Os US$ 30 bilhões correspondem a R$ 90 bilhões, o suficiente para pagar por dois anos o prejuízo das aposentadorias públicas e do INSS.
Logo, a urgência deveria ser no reembolso dos valores -de origem duvidosa em muitos casos."
Ricardo Moraes (São Paulo, SP)

Arrependimento
"Vergonha, vergonha, vergonha.
Se arrependimento matasse, creio que muitos dos eleitores e simpatizantes do PT cairiam fulminados.
Como acreditar nas mudanças prometidas pelo PT na campanha presidencial se temos a notícia de que o próprio Palácio do Planalto, por meio de seus interlocutores, barra a CPI do Banestado?
O estelionato eleitoral toma corpo. Dogmas do próprio PT caem por terra e posicionamentos históricos acerca de determinados temas, como a tributação de funcionários inativos, simplesmente foram colocados de lado. Raposas da velha política viraram aliados.
O delegado da Polícia Federal responsável pela investigação da lavagem do dinheiro "via Banestado" outro dia se queixava da falta de apoio logístico para poder continuar seu trabalho.
Quer dizer que o PT governo agora entende que a apuração desse tipo de escândalo perdeu importância? Tudo em nome do apoio a uma reforma previdenciária e tributária que nem os parlamentares do próprio partido apóiam totalmente?"
Floro Sant'ana de Andrade Neto (Maceió, AL)

 

"O engavetamento do pedido de CPI para investigar o envio ilegal de cerca de US$ 30 bilhões de dólares para fora do país é um soco na boca do estômago dos cidadãos que elegeram seus representantes no Congresso Nacional.
O que se esconde sob essa decisão totalmente inaceitável em qualquer situação? Essa atitude enterra de vez o pouco de credibilidade que esse Congresso ainda possuía.
Quem sabe algum repórter do jornalismo investigativo possa descobrir o porquê do engavetamento.
Algumas pessoas viram a relação dos que fizeram remessas ilegais através das contas "especiais" no Banestado e ficaram surpresos com a quantidade de nomes importantes do cenário nacional."
José Renato M. de Almeida (Salvador, BA)

Cinco meses
"Francamente, cinco meses depois de assumir o governo, não há razão nenhuma para que críticas tão ácidas sejam dirigidas ao governo Lula por parte de políticos, de analistas e da imprensa, ainda mais tendo em vista o contexto internacional marcado por guerras e por atentados terroristas e pelas armadilhas deixadas na economia pelo governo anterior.
Aos poucos, o país encontrará o seu caminho. A hora é de colaboração, e não de ataques e mesquinharias."
Janes Jorge (São Paulo, SP)

Fachada
"Tem gente que não sabe o que é democracia. São democratas de fachada.
A vaia é uma das expressões de descontentamento. O fato de o ministro José Dirceu ter ficado irritado por ter sido vaiado na Assembléia Legislativa de São Paulo mostra que ele não está preparado para ocupar a posição que ocupa. Ele esquece que aqueles que o apoiaram ontem estão hoje descontentes com a sua maneira de agir e de falar.
Ele deveria conhecer o que disse um famoso pensador francês: "Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la". Isso é democracia."
Mario Barbedo (São Paulo, SP)

Overdose
"O PFL está sendo a melhor oposição. No sentido prático, são os únicos que tocam no ponto em que o PT está errando, ou seja, na criação de impostos em overdose. E, para quem não sabe o efeito da overdose, eu digo: é simplesmente a morte. É isso o que o PT está fazendo com a economia."
Roberto Moreira da Silva (Cotia, SP)

Combustíveis
"Gostaria de esclarecer que nem todos os revendedores de combustíveis são picaretas.
Se o governo acha que os preços cobrados são abusivos, por que não faz como antigamente e controla o preço? Como disse o presidente, é pobre roubando de pobre. E penso que essa máxima também possa ser aplicada ao governo, pois ele acha que o preço justo é R$ 2, mas cobra o ICMS sobre R$ 2,15 -como está na nota que envio anexada.
Todos sabem que existe um comércio ilegal de combustível e que são feitas misturas para que o produto possa ser vendido a baixo preço no mercado.
Como posso concorrer com um posto que revende gasolina a R$ 1,78 se meu custo é de R$ 1,8244?"
Carlos Eduardo Araújo (São Paulo, SP)


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