São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Fusão
O BNDES acena com R$ 4 bilhões para escorar a fusão de nosso "David" do varejo com o "Golias" francês. O mesmo governo que diz querer acabar com a miséria concorre para a promoção concomitante de uma afronta à festejada livre concorrência com o resultado da fusão que pode abocanhar um terço do varejo dos alimentos no país.
Além disso, deve promover o desemprego, com o fechamento de pontos de venda. O Brasil não é mesmo para amadores. O uso de dinheiro público, justamente para o desamparo de seus reais financiadores, revela toda a esquizofrenia de um governo.
CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC)

 

No governo de um partido que leva o nome de Partido dos Trabalhadores, é um absurdo o fato de o BNDES, um banco estatal que leva o "S" de social, injetar R$ 4 bilhões, oriundos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), em apoio à fusão dos grupos Carrefour e Pão de Açúcar.
JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG)

 

Da proposta de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour gostaria de entender: 1) se é uma fusão de duas empresas sólidas, por que precisariam de aporte financeiro do BNDES? 2) é justo que um banco estatal, que tem capital formado em grande parte por recursos do FAT, financie um empreendimento que certamente reduzirá empregos? Que tal mudar o nome para Fundo de Demissão de Trabalhadores?
HUMBERTO DE SOUZA ABREU (Timóteo, MG)

Hackers
Analisando as invasões de hackers nos sites da Presidência da República e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), percebemos o quão vulneráveis são o mundo virtual e as nossas informações disponibilizadas na internet.
Grosso modo, no mundo real, o medo vem dos bandidos armados, da violência física e dos assaltos domésticos, sem falar de outros tipos de violência a que estamos sujeitos. Entretanto, no mundo virtual, os bandidos são invisíveis. Eles adentram nossas casas sem a necessidade de abrir portas e saem deixando-as abertas e levando várias informações que serão utilizadas para nos prejudicar ou hostilizar.
ALBERTO ALVES MARQUES (Hortolândia, SP)

Grécia
Não havia nenhuma fundamentação para a inclusão da Grécia, de Portugal e da Irlanda na zona do euro. O problema existe e será crônico. De tempos em tempos, será preciso uma ajudazinha. Voltar às origens será como assinar um atestado de incompetência. Quem pariu Mateus que o embale.
JOÃO ISRAEL NEIVA (Belo Horizonte, MG)

Pedágio
Foi noticiado mais um aumento nos famigerados pedágios paulistas ("Pedágio sobe até 12% nas estradas de SP", Cotidiano, 28/6). Mas o que chama muito a atenção é que, ao trafegarmos por rodovias pedagiadas, vemos, com frequência, placas dando a entender que obras foram realizadas pelo governo do Estado. Será que é isso mesmo? Combram-nos caríssimos pedágios e as obras de melhoria nas estradas são feitas às expensas do Tesouro estadual, ou seja, com nosso dinheiro?
ANTONIO AUGUSTO BARELLA (Ourinhos, SP)

Casamento gay
Em momento algum fiz interpretação de que "união estável, juridicamente, se equipara a casamento", pois isso está longe de ser correto. O que consta da sentença é que o Supremo Tribunal Federal, na prática, "revogou" a expressão constitucional "entre o homem e a mulher" -que, aliás, era uma restrição prevista apenas para união estável.
Acrescento que o Código Civil não contém tal restrição e que, no rol das causas de nulidade ou anulação de casamento, não existe "identidade de sexo" dos cônjuges ou algo assemelhado.
Por fim, os juízes não decidem "o que querem", e sim o que, no seu convencimento motivado, é a correta interpretação jurídica.
FERNANDO HENRIQUE PINTO, juiz (Jacareí, SP)

Drogas
A discussão antidrogas deve ser, essencialmente, de política criminal. Os crimes gerados pelo tráfico atormentam mais a sociedade do que os efeitos do consumo, os quais, quase sempre, são para fins recreativos.
Pergunto: a liberação diminuiria esse fato social devastador, o monstruoso bicho de sete cabeças que se chama tráfico ilícito de entorpecentes? Será que, ao criminalizar as drogas, o tiro não saiu pela culatra e vivemos numa grande Chicago da lei seca com gângsteres pés de chinelo?
Seria socialmente menos ruinoso e mais fácil e econômico lutar contra o consumo e o vício e tratar de eventuais viciados com prevenção, redução de danos e internação hospitalar?
VALÉRIO BRONZEADO (João Pessoa, PB)

Opinião
Com todo o respeito ao Contardo Calligaris, quero dizer que seu argumento apresentado no artigo "Passeatas diferentes" (Ilustrada, ontem) é fraco. Segundo ele, quem se manifesta contrário a uma ideia traz no seu inconsciente a vontade de realizá-la. Quer dizer, então, que todo ateu, no fundo, crê em Deus? Que todo comunista é um consumidor inveterado? Que todo pacifista é uma pessoa violenta? Não existe livre opinião, mas somente ressentimentos disfarçados?
JOÃO RUTHERFORD (Marília, SP)

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