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PAINEL DO LEITOR
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Desaparecidos
"Emocionante o artigo de Philippe-Antoine Gaillard de 30/8 ("30 de
agosto, Dia dos Desaparecidos". Nenhum dos candidatos discutiu até
agora um tema central para o povo
brasileiro: a abertura dos arquivos
do regime militar.
É inaceitável que ainda convivamos com parentes de mortos e desaparecidos desinformados sobre
seus paradeiros."
TÚLIO VARGAS (Itajubá, MG)
Lula
"A coluna de Clóvis Rossi de 27/8
("O ídolo de si mesmo') faz menção
ao livro de Ricardo Kotscho. Mas,
na obra, Kotscho coloca a marca do
repórter acima da carteirinha do
partido ao narrar a negociação do
PT com o PL, que ele presenciou em
2002, quando se plantou a semente
do mensalão.
A negociação juntou, de um lado,
Lula e José Dirceu, e, de outro, José
Alencar e Valdemar Costa Neto,
presidente do PL.
Só três anos depois, Kotscho descobriu o móvel principal daquela
discussão: R$ 10 milhões. E o pior é
que ele assegura que Lula estava lá,
debatendo a "fixação do preço".
Kotscho é o ingrediente final para comprovar que Lula não só sabia
desde o começo mas teve participação ativa na negociação com o PL
no processo de cooptação de uma
base aliada para o seu governo."
PAULO CERCIARI (São Paulo, SP)
Varig-Embraer
"Em resposta à carta do senhor
Maurício Botelho ("Painel do Leitor", 24/8), informo o que segue.
Sou um técnico respeitado, com
41 anos de experiência internacional como economista de transporte
aéreo. Minhas opiniões são tão acatadas que foram citadas dezenas de
vezes pela Folha. Dentro da transparência com que atuo em minha
vida, sempre permiti que meu nome fosse ligado às minhas declarações.
Por isso mesmo, fique chocado
com a carta do senhor Botelho, que
aqui respondo.
1) Não sou e nunca fui consultor
da Airbus. O senhor Botelho está
me atribuindo uma função que é
exclusiva de meu irmão, em contrato com cláusula de anulação em caso de morte. É, portanto, intransferível. A fábrica de aviões para a qual
executei vários estudos foi exatamente a Embraer. Essa empresa inclusive contratou-me para viabilizar as vendas comerciais do Bandeirante, que era caracterizado fora
do país como avião da FAB. Daí resultou o projeto de criação da aviação regional brasileira. Graças ao
sucesso da nossa aviação regional, a
Embraer pôde iniciar a exportação
dessas aeronaves para o mundo inteiro, criando a base de clientes e a
respeitabilidade para o lançamento
das gerações posteriores: EMB 120
Brasília, ERJ 145 e a nova família
170 a 195.
2) O custo por assento-quilômetro (CASK) é fundamental para o
estabelecimento da tarifa. Por esse
motivo, e por sugestão nossa, foi
criada a suplementação tarifária
(eufemismo para subvenção) que
permitiu que o Bandeirante e o
Brasília operassem com sucesso em
nosso país. O CASK elevado provocou recentemente problemas econômicos do ERJ 145 na Rio-Sul e
na Nordeste por causa da concorrência com aviões maiores com
CASK muito mais baixo -apesar
do argumento do senhor Botelho
da vantagem do custo por viagem.
Os aviões foram retirados de serviço -embora a Varig estivesse com a
frota geral reduzida.
3) Em nenhum momento declarei que o E170/190 não pode operar
em linhas internacionais. Já viajei
em E170 (da Alitalia) de Paris para
uma cidade italiana. Por isso, solicito a transcrição da minha declaração na totalidade: "Com esses modelos, eles não conseguiriam competir em termos de tarifa. Os preços
teriam de ser mais elevados que os
da TAM e da Gol. Eles teriam uma
companhia que não seria competitiva nas linhas principais".
Não fui o único especialista consultado pelas jornalistas. O senhor
Botelho atribuiu-me outras afirmações que não fiz.
Quanto ao que declarei, confirmo
e completo: o senhor Botelho entende de indústria aeronáutica; eu
sou especialista em economia de
transporte aéreo."
PAULO BITTENCOURT SAMPAIO (Rio de Janeiro, RJ)
Música
"Somente no dia 25/8 fiquei sabendo que o senhor Arthur Nestrovski fez alguns comentários em
que questiona minhas qualificações
como diretor do Concurso Villa-Lobos ("Conturbado, concurso da
Osesp revela exímio pianista", Ilustrada, 22/8). Li os comentários e
achei-os absurdos.
Minhas qualificações como pianista são de longe superiores às
qualificações de Rosana Martins
(que não participa de um recital há
30 anos) ou até mesmo de Gilberto
Tinetti. Os dois foram nomeados
pelo senhor Neschling como jurados. Minhas qualificações são superiores às do senhor Neschling também.
Ao contrário de mim, o senhor
Neschling nunca havia sido convidado para trabalhar nas melhores
orquestras, como a Sinfônica de
Londres ou a Filarmônica de Israel,
ou com artistas como Yo-Yo Ma e
Itzhak Perlman. Eu não estou ciente de que senhor Neschling (ou
qualquer outra pessoa morando no
Brasil no momento) alguma vez tenha recebido requisições de maestros mundialmente famosos como
Zubin Mehta e Lorin Maazel ou tenha tido suas composições interpretadas pela Filarmônica de Nova
York ou no Carnegie Hall. Para
aqueles que não sabem, o senhor
Neschling nomeou-se para meu
cargo depois de me demitir, no dia
23 de abril. Ele nunca tinha se envolvido em concursos internacionais de piano antes deste. Vários
participantes mantiveram contato
comigo depois da minha demissão e
reclamaram que ninguém podia
responder questões sobre a seleção
musical. Muitos membros do júri
reclamaram sobre isso também.
O senhor Nestrovski também
nunca se importou em me entrevistar ou em me perguntar sobre minhas qualificações. Ele não sabe
que eu estive envolvido em vários
concursos de piano por mais de 20
anos -como participante, júri e diretor.
O senhor Nestrovski também não
esteve presente em nenhum dos 43
concertos de que eu participei na
Sala São Paulo nos últimos quatro
anos."
ILAN RECHTMAN, pianista (São Paulo, SP)
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