São Paulo, sábado, 01 de setembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Antes e depois
"O Ministério Público ficará conhecido como "antes" e "depois" de Thales. Perdi a fé. A última instituição em que eu confiava falhou."
MARCELO AUGUSTO GRASSI REALI (Sinop, MT)


Agricultura
"Destaco três pontos do artigo do ministro Guilherme Cassel ("Por que atualizar os índices de produtividade", 30/8). 1) Concordo com a defesa da produtividade como fator de avaliação do uso social da terra. E o faço não por razões ideológicas ou aderência jurídica a norma constitucional, mas por razões meramente econômicas: o que não gera excedente não tem impacto social.
2) Entendo que deva haver no mínimo equivalência entre os critérios de produtividade nos diferentes usos da terra: exploração comercial, agricultura familiar, desapropriação para fins de reforma agrária... Se esses critérios não forem equivalentes, então a produtividade deixa de ser medida econômica para se tornar parâmetro ideológico, artifício a justificar casuísmos e arbitrariedades.
3) Não é só "a atividade econômica e a exploração de recursos naturais (que) devem resultar em progresso e vida digna para o conjunto de uma sociedade -e não apenas para alguns". A política e sua execução também devem ter o mesmo fim. Aliás, o objetivo da política e da economia é exatamente esse, e não o interminável debate entre "capital e trabalho"."
LUCIANO DE FREITAS BORGES (Brasília, DF)

Cegos
"O artigo "O Brasil e os cegos" ("Tendências/Debates", 30/8), de dom Bertrand de Orleans e Bragança, reflete exatamente a cegueira da chamada elite brasileira.
O tetraneto de dom Pedro 1º deveria enxergar a popularidade de Lula com a clareza que a situação mostra. Mas não, agarra-se aos fundamentos do fundador da TFP, Plinio Corrêa de Oliveira, e vocifera para desconstruir a imagem do presidente Lula, duplamente eleito pelo mesmo povão, que, sim, está cansado dessa mesma elite cansada.
O honorável tetraneto perdeu uma grande oportunidade de enxergar com clareza a grandeza da índole de nossa gente."
ADIR TAVARES (São Paulo, SP)

Fome Zero
"O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) esclarece que, ao contrário do que informou a Folha no texto "Após fracasso, governo sepulta Primeiro Emprego" (Dinheiro, 31/8), o Fome Zero não foi extinto nem substituído pelo Bolsa Família.
O Fome Zero é uma estratégia que reúne mais de 30 programas, entre eles o Bolsa Família, com recursos que somarão este ano R$ 13,3 bilhões para garantir acesso à alimentação, fortalecimento da agricultura familiar, geração de trabalho e renda e mobilização social. O valor é 114% maior do que o investido em 2003 ( R$ 6,2 bilhões).
No Fome Zero, estão iniciativas como a alimentação escolar, a aquisição de alimentos e crédito aos agricultores familiares e a construção de restaurantes populares e cisternas para o armazenamento de água na região do Semi-Árido. O Fome Zero conta com 140 parceiros, como a Febraban, a CNBB e a Petrobras."
ROBERTA CALDO , assessora de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Gustavo Patu - Na campanha eleitoral e no início do governo Lula, o Fome Zero era um programa baseado na distribuição de dinheiro exclusivamente para a compra de comida. Essa iniciativa deu lugar ao Bolsa Família, embora a marca Fome Zero tenha sido mantida para qualificar programas sociais do governo.

Amianto
"A liminar concedida pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo que suspende a lei 12.684 é um retrocesso para a saúde pública e para a Justiça. Não se atentou aos prejuízos que o amianto traz à saúde humana, inclusive câncer, depois de décadas da exposição. A decisão mostra que o TJ cedeu às pressões dos empresários do setor, interessados em manter o atraso em nome do lucro -enquanto a lei pode nos equiparar aos países que baniram o amianto.
É fundamental agir para que a lei vigore em São Paulo e que medida equivalente seja estendida para o Brasil. A saúde pública deve prevalecer sobre os interesses econômicos privados."
JORGE NAZARENO , presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e diretor da Força Sindical (São Paulo, SP)

Aviação
"Causou-nos estranheza a reportagem "Viagem grátis afeta fiscalização, diz Jobim" (Cotidiano, 29/8), sobre a crise aérea, afirmando que "a empresa sustenta que apenas seis aviões pararam em dezembro" enquanto "a auditoria da Anac revela que a TAM fez 66 manutenções não-programadas em dezembro".
Desde dezembro de 2006, a TAM tem repetido reiteradas vezes que seis aeronaves da empresa foram retidas para manutenção em um único dia (20/12), em localidades distintas, que, somadas aos vôos alternados em função de meteorologia e quedas sucessivas de sistema de check-in no aeroporto Tom Jobim/Galeão, geraram todos os transtornos já conhecidos.
Quanto à questão dos passes livres, esclarecemos que, em outubro de 2006, as companhias aéreas, por meio do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), enviaram correspondência à Anac para a extinção do passe livre. Desde abril deste ano, os bilhetes aéreos são adquiridos por agências de viagens nos canais normais de vendas.
Reiteramos também, como informado à jornalista por escrito, que estudo realizado por especialista da USP durante quatro meses concluiu que o nível de atenção cai a partir da quarta hora seguida de treinamento. Por isso, a TAM apresentou à Anac proposta de realizar sessões de três horas, totalizando 41 horas de treinamento, quando o exigido pelo órgão é de 40 horas."
ANAHI GUEDES , comunicação corporativa da TAM Linhas Aéreas (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Leila Suwwan - As informações sobre manutenções não-programadas constam de auditoria da Anac e de dados enviados pela TAM à CPI do Apagão Aéreo na Câmara.

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