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Israel x palestinos
"Enquanto o massacre causado
pelos ataques israelenses nos enche
de tristeza, um fato nos obriga a nos
manifestar: a destruição da Universidade Islâmica de Gaza.
Assim como as universidades católicas e pontifícias em todo o mundo, a Universidade de Gaza é uma
instituição dedicada ao ensino e à
pesquisa acadêmica. Formada por
dez faculdades, ela atende a mais de
20.000 estudantes, 60% dos quais
são mulheres.
Usa-se o mesmo sofisma com o
qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da universidade seriam do Hamas, o mesmo pretexto dos regimes fascistas
para decretar a morte da cultura.
Ao atacar o direito à educação e à
cultura em Gaza, colocam-se à prova a educação e a cultura mundiais.
Reagiremos à altura?"
ARLENE ELIZABETH CLEMESHA , professora de história e cultura árabe da USP (São Paulo, SP)
"O ideal seria que os judeus nunca tivessem sido perseguidos na
história; que os palestinos nunca tivessem sido desalojados, que não
fossem tão divididos e que tivessem
aceitado a proposta britânica da
época -israelitas "ao sul" e palestinos "ao norte". O ideal seria que o
Hamas não tivesse sido criado para
dividir os palestinos (com o apoio
pré-fático de Israel); que ambos
convivessem sob um Estado único
ou dois confederados.
Mas, já que o ideal não existe, o
racional é que cada povo respeite o
outro em suas próprias fronteiras.
O Hamas tem que respeitar e
aceitar Israel, sim; e este tem o direito de se defender."
PAULO RAMOS BORGES PINTO (Valinhos, SP)
Olhar
"Um olhar poético que nem a
multidão da São Silvestre nem o
simples passante consegue ter.
Rodolfo Lucena brindou-nos ontem com o belo artigo ""Povão" e metas ocultam a São Paulo da São Silvestre" (Esporte, ontem). No texto,
Rodolfo nos alerta sobre a falta que
faz olharmos esta cidade com olhos
de turista. Tantas metas nos cegam
para as possibilidades de beleza periférica. Um alento para tomarmos
fôlego e recomeçarmos com fé no
ano que se inicia."
SUELY APARECIDA SCHRANER (São Paulo, SP)
Índios
"É de extrema relevância a visão
de Cláudio Guimarães dos Santos
em "A era das múmias" (Opinião,
ontem). A política indigenista brasileira precisa considerar a realidade da evolução e administrar, da
melhor maneira possível, a sua inexorável interferência em todos.
Não é razoável investir recursos e
esforços para impedir o acesso aos
benefícios (e malefícios) da "civilização". Os responsáveis pela causa
indígena devem facilitar tal acesso
quando desejado.
O cuidado maior é não permitir
que uma parte de nossa população
seja deliberadamente mantida em
condições arcaicas imutáveis, como
um zoológico humano a céu aberto,
para o deleite de visitantes, com o
pretexto da preservação cultural."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
São Paulo
"A reportagem "Serra vai congelar R$ 2 bi do Orçamento" (Brasil,
30/12) deturpa o próprio texto da
reportagem quando afirma, na
abertura, que o governador escolheu manter investimentos e reduzir repasses à saúde e educação em
2009. Não se trata de escolha.
Além de as verbas para essas
áreas serem definidas por lei, a reportagem não diz onde ou como seria feita a redução, que, de fato, não
existe. Acrescente-se que contingenciamentos são rotina na administração de orçamentos, distribuindo despesas ao longo do ano.
O texto também não explica onde
está a novidade, ou o problema, de
manter investimentos elevados -a
maior parte de empresas ou de recursos vinculados. Os principais
objetivos da aceleração dos investimentos em São Paulo são o combate às carências econômicas e sociais
do Estado e a geração de empregos
num momento difícil da economia,
ideia com grande apoio em todas as
frentes, inclusive na Folha. Fazer
um bom governo não é astúcia, mas
obrigação de quem foi eleito.
Por fim, é tecnicamente errado
chamar Serra de "pré-candidato à
Presidência", porque essa condição
inexiste no cenário atual. É equívoco primário atribuir sempre, e monotonamente, a investimentos públicos necessários e prioritários um
caráter "eleitoreiro"."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do
governo de São Paulo (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Cátia
Seabra - A reportagem não afirma que o governador escolheu
reduzir gastos com saúde e educação. Apenas informou que,
como são vinculadas à receita,
as despesas com saúde e educação deverão ser reduzidas caso
a arrecadação do Estado sofra
queda devido à crise.
Prefeitura
"A reportagem "Kassab não cumpriu metade das promessas" (Cotidiano, 31/1) comete erros e força a
mão na avaliação da gestão.
O Expresso Tiradentes não foi
promessa de campanha de 2004: foi
desenvolvido já em 2005 para dar
utilidade ao esqueleto do Fura-Fila,
completado em 2007. Não há salas
de lata em escolas de alvenaria.
O texto esconde que as Quebradas Culturais levam cultura à periferia e omite que as Fábricas de Cultura estão sendo criadas em parceria com o Estado.
A administração criou as AMAs,
construiu dois hospitais e reformou
e deu maior capacidade aos existentes. Assim, atingiu a meta de melhorar a saúde nos bairros.
O jornal coloca entre objetivos
não-realizados áreas em que houve
avanços importantes, como a criação de vagas em creches e o programa de recuperação das bibliotecas.
A reportagem decretou que não
houve avanços na área do lixo, omitindo a captação de gases, a geração
de energia e a inédita venda de créditos de carbono.
O instinto fundamentalista levou
os jornalistas a não compararem a
importância dos objetivos não atingidos com as realizações, como o Bilhete Único Integrado, a criação dos
Centros de Apoio ao Trabalho e os
programas Remédio em Casa e Mãe
Paulistana, com milhões de beneficiados."
LEÃO SERVA , assessor de imprensa da prefeitura
(São Paulo, SP)
Resposta dos jornalistas Evandro Spinelli e Conrado Corsalette - A promessa de concluir o
Fura-Fila está no capítulo
"Transporte" do programa de
governo ("o que fazer: concluir
obras que estão praticamente
paradas ou andando a passo de
tartaruga, incluindo o Fura-Fila, para reverter a deterioração
do seu entorno e integrá-lo ao
sistema municipal de transporte"). Salas de lata são usadas,
sim, em setores administrativos
de escolas de alvenaria. Sobre as
creches, a promessa era acabar
com o déficit. Não acabou. A
promessa para bibliotecas também não foi integralmente
cumprida. A reportagem não
diz que não houve avanço na
área do lixo. Diz, sim, que a redução dos valores dos contratos
com as concessionários foi feito
à custa do atraso nos investimentos previstos no contrato.
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os
votos de boas-festas recebidos de:
German Efromovich, presidente
da Oceanair Linhas Aéreas (São
Paulo, SP); ABAV -Associação
Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (São Paulo, SP);
Lufthansa (São Paulo, SP); TAP
Portugal (São Paulo, SP); Avis
(São Paulo, SP).
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