São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Israel x palestinos
"Enquanto o massacre causado pelos ataques israelenses nos enche de tristeza, um fato nos obriga a nos manifestar: a destruição da Universidade Islâmica de Gaza. Assim como as universidades católicas e pontifícias em todo o mundo, a Universidade de Gaza é uma instituição dedicada ao ensino e à pesquisa acadêmica. Formada por dez faculdades, ela atende a mais de 20.000 estudantes, 60% dos quais são mulheres. Usa-se o mesmo sofisma com o qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da universidade seriam do Hamas, o mesmo pretexto dos regimes fascistas para decretar a morte da cultura. Ao atacar o direito à educação e à cultura em Gaza, colocam-se à prova a educação e a cultura mundiais. Reagiremos à altura?"
ARLENE ELIZABETH CLEMESHA , professora de história e cultura árabe da USP (São Paulo, SP)

 
"O ideal seria que os judeus nunca tivessem sido perseguidos na história; que os palestinos nunca tivessem sido desalojados, que não fossem tão divididos e que tivessem aceitado a proposta britânica da época -israelitas "ao sul" e palestinos "ao norte". O ideal seria que o Hamas não tivesse sido criado para dividir os palestinos (com o apoio pré-fático de Israel); que ambos convivessem sob um Estado único ou dois confederados. Mas, já que o ideal não existe, o racional é que cada povo respeite o outro em suas próprias fronteiras. O Hamas tem que respeitar e aceitar Israel, sim; e este tem o direito de se defender."
PAULO RAMOS BORGES PINTO (Valinhos, SP)

Olhar
"Um olhar poético que nem a multidão da São Silvestre nem o simples passante consegue ter. Rodolfo Lucena brindou-nos ontem com o belo artigo ""Povão" e metas ocultam a São Paulo da São Silvestre" (Esporte, ontem). No texto, Rodolfo nos alerta sobre a falta que faz olharmos esta cidade com olhos de turista. Tantas metas nos cegam para as possibilidades de beleza periférica. Um alento para tomarmos fôlego e recomeçarmos com fé no ano que se inicia."
SUELY APARECIDA SCHRANER (São Paulo, SP)

Índios
"É de extrema relevância a visão de Cláudio Guimarães dos Santos em "A era das múmias" (Opinião, ontem). A política indigenista brasileira precisa considerar a realidade da evolução e administrar, da melhor maneira possível, a sua inexorável interferência em todos. Não é razoável investir recursos e esforços para impedir o acesso aos benefícios (e malefícios) da "civilização". Os responsáveis pela causa indígena devem facilitar tal acesso quando desejado. O cuidado maior é não permitir que uma parte de nossa população seja deliberadamente mantida em condições arcaicas imutáveis, como um zoológico humano a céu aberto, para o deleite de visitantes, com o pretexto da preservação cultural."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

São Paulo
"A reportagem "Serra vai congelar R$ 2 bi do Orçamento" (Brasil, 30/12) deturpa o próprio texto da reportagem quando afirma, na abertura, que o governador escolheu manter investimentos e reduzir repasses à saúde e educação em 2009. Não se trata de escolha. Além de as verbas para essas áreas serem definidas por lei, a reportagem não diz onde ou como seria feita a redução, que, de fato, não existe. Acrescente-se que contingenciamentos são rotina na administração de orçamentos, distribuindo despesas ao longo do ano. O texto também não explica onde está a novidade, ou o problema, de manter investimentos elevados -a maior parte de empresas ou de recursos vinculados. Os principais objetivos da aceleração dos investimentos em São Paulo são o combate às carências econômicas e sociais do Estado e a geração de empregos num momento difícil da economia, ideia com grande apoio em todas as frentes, inclusive na Folha. Fazer um bom governo não é astúcia, mas obrigação de quem foi eleito. Por fim, é tecnicamente errado chamar Serra de "pré-candidato à Presidência", porque essa condição inexiste no cenário atual. É equívoco primário atribuir sempre, e monotonamente, a investimentos públicos necessários e prioritários um caráter "eleitoreiro"."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do governo de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Cátia Seabra - A reportagem não afirma que o governador escolheu reduzir gastos com saúde e educação. Apenas informou que, como são vinculadas à receita, as despesas com saúde e educação deverão ser reduzidas caso a arrecadação do Estado sofra queda devido à crise.

Prefeitura
"A reportagem "Kassab não cumpriu metade das promessas" (Cotidiano, 31/1) comete erros e força a mão na avaliação da gestão. O Expresso Tiradentes não foi promessa de campanha de 2004: foi desenvolvido já em 2005 para dar utilidade ao esqueleto do Fura-Fila, completado em 2007. Não há salas de lata em escolas de alvenaria. O texto esconde que as Quebradas Culturais levam cultura à periferia e omite que as Fábricas de Cultura estão sendo criadas em parceria com o Estado. A administração criou as AMAs, construiu dois hospitais e reformou e deu maior capacidade aos existentes. Assim, atingiu a meta de melhorar a saúde nos bairros. O jornal coloca entre objetivos não-realizados áreas em que houve avanços importantes, como a criação de vagas em creches e o programa de recuperação das bibliotecas. A reportagem decretou que não houve avanços na área do lixo, omitindo a captação de gases, a geração de energia e a inédita venda de créditos de carbono. O instinto fundamentalista levou os jornalistas a não compararem a importância dos objetivos não atingidos com as realizações, como o Bilhete Único Integrado, a criação dos Centros de Apoio ao Trabalho e os programas Remédio em Casa e Mãe Paulistana, com milhões de beneficiados."
LEÃO SERVA , assessor de imprensa da prefeitura (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Evandro Spinelli e Conrado Corsalette - A promessa de concluir o Fura-Fila está no capítulo "Transporte" do programa de governo ("o que fazer: concluir obras que estão praticamente paradas ou andando a passo de tartaruga, incluindo o Fura-Fila, para reverter a deterioração do seu entorno e integrá-lo ao sistema municipal de transporte"). Salas de lata são usadas, sim, em setores administrativos de escolas de alvenaria. Sobre as creches, a promessa era acabar com o déficit. Não acabou. A promessa para bibliotecas também não foi integralmente cumprida. A reportagem não diz que não houve avanço na área do lixo. Diz, sim, que a redução dos valores dos contratos com as concessionários foi feito à custa do atraso nos investimentos previstos no contrato.

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: German Efromovich, presidente da Oceanair Linhas Aéreas (São Paulo, SP); ABAV -Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (São Paulo, SP); Lufthansa (São Paulo, SP); TAP Portugal (São Paulo, SP); Avis (São Paulo, SP).

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