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ARRECADAÇÃO PAULISTA
A arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que representa
89% da receita tributária paulista,
cresceu 4,2% em termos reais na
comparação entre dezembro de 2003
e dezembro de 2002. Trata-se do primeiro resultado positivo em 24 meses, de acordo com a Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo. Assim, a receita tributária paulista sofreu um longo período de contração,
a despeito dos esforços de aperfeiçoamento e informatização dos sistemas de arrecadação.
O aumento na receita do ICMS no
Estado de São Paulo parece confirmar a trajetória de recuperação, ainda bastante tímida, da economia
paulista, iniciada no segundo semestre de 2003. Entretanto, durante o
ano, o ICMS apresentou queda de
12% em termos reais em relação ao
ano anterior. A receita tributária total
do tesouro paulista -composta por
ICMS, IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e
ITCMD (Imposto sobre Transmissão e Doações)- alcançou R$ 34,4
bilhões em 2003, um declínio real de
11,2% em relação ao ano anterior.
Em 2003, o PIB brasileiro, que representa a riqueza gerada no período, deverá permanecer estagnado.
Em princípio, não deveria ocorrer
uma queda tão acentuada na arrecadação tributária de São Paulo. O PIB,
no entanto, representa a média do
comportamento de vários setores.
Sua estagnação em 2003 refletiu os
impactos positivos relativos à expansão dos setores exportadores e os negativos do baixo dinamismo da produção para o mercado interno.
A contração da arrecadação paulista resulta da retração da produção
destinada ao mercado interno, uma
vez que a exportação não recolhe
ICMS. Evidentemente, a redução na
receita tributária repercutiu nos gastos do setor público paulista, já bastante comprometidos com o pagamento de dívidas, salários e aposentadorias. Os investimentos do governo caíram para R$ 1,7 bilhão, uma
queda real de 49% em comparação
com 2002 e de 56% em comparação
com a média de 1999 e 2002.
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