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VITÓRIA DA SAÚDE
É com alívio que se deve receber
a notícia de que houve uma queda de 59% nos casos de dengue registrados no país em 2003 em comparação com o ano anterior, quando
uma epidemia atingiu vários Estados
brasileiros, notadamente o Rio de Janeiro e Pernambuco.
Como experiências dolorosas costumam ser boas professoras, foram
justamente essas duas unidades da
federação que conseguiram melhores resultados no combate à dengue.
No Rio, os 254.862 casos de 2002 foram reduzidos a apenas 7.783 no ano
passado, uma queda de 96,95%. Em
Pernambuco, os números são, respectivamente, 118.974 e 25.588, redução de 78,49%.
Apesar de a dengue não representar, para a maioria dos que a contraem, mais do que um forte desconforto, mas que perdura por apenas
alguns dias, trata-se de uma moléstia
que merece atenção por parte das autoridades. É que existem dois "tipos"
de dengue: a clássica e a hemorrágica
(DH), que pode ser fatal se não diagnosticada a tempo.
Qualquer um dos três sorotipos do
vírus da dengue em circulação no
Brasil pode provocar o choque hemorrágico, bastando que o indivíduo infectado tenha uma predisposição a desenvolver a DH. E, normalmente, são predispostas pessoas que
já foram vítimas da doença e voltam a
sofrer infecção por um sorotipo diferente do original. É aqui que a epidemia ganha caráter de grave problema
de saúde pública, pois, a cada verão
com surtos, tende a crescer o número de casos de DH, já que cresce o estoque de gente que já foi vítima de
uma primeira infecção.
Como se faltassem razões para um
combate sistemático e eficiente ao
Aedes aegypti, o mosquito transmissor do vírus, vale lembrar que esse
mesmo inseto também é capaz de
transmitir a febre amarela, uma moléstia mais grave que a dengue. E a
última coisa de que o Brasil precisa é
a volta da febre amarela urbana.
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