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PAINEL DO LEITOR
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PIB
"Não se concebe que o PIB de um
país continental e pujante como é o
Brasil cresça pífios 2,9%, como
ocorreu em 2006.
Pelo segundo ano consecutivo,
nosso PIB superou apenas o do miserável Haiti em toda a América Latina. E isso com uma conjuntura internacional bastante favorável.
Enquanto persistir essa política
econômica neoliberal, com os juros
mais altos do mundo, continuaremos marcando passo e ficando cada
vez mais para trás, num enorme
desperdício de potencial."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
"Os números de crescimento do
PIB em 2006 trazem o real veredicto sobre as infantis e redundantes
afirmações de "o meu governo fez
mais", a exaurida e chata rixa pública entre Lula e FHC: um empate
que apenas comprova a incapacidade ou a pobreza de habilidade de
ambos no exercício da governança."
GABRIEL PUPO NOGUEIRA (Campinas, SP)
USP
"Causou-me estranheza a declaração a mim atribuída, publicada
em 28/2 no "Painel" (Brasil, pág.
A4), de que eu não teria aceitado
permanecer na presidência do
Cruesp. Informo que não fui procurada, nem a minha assessoria, para
me manifestar sobre o assunto.
Sugeri apenas ao secretário José
Aristodemo Pinotti e aos reitores
que a troca da presidência daquele
conselho, que normalmente ocorre
no mês de abril, fosse antecipada, o
que foi prontamente aceito.
O professor José Tadeu Jorge deverá assumir o comando do Cruesp,
seguindo tradicional acordo entre
as três reitorias, para que Unicamp,
Unesp e USP sucedam-se, anualmente, à frente daquele conselho.
Por isso mesmo, antes do término
de minha gestão como reitora da
USP, voltarei a ocupar a presidência do Cruesp."
SUELY VILELA, reitora da USP (São Paulo, SP)
Senado
"O senador Eduardo Suplicy não
foi o autor do requerimento de convocação do embaixador Roberto
Abdenur para dar esclarecimentos
à Comissão de Relações Exteriores
do Senado depois da entrevista do
diplomata à revista "Veja", como informou o texto "No Senado, ex-embaixador reforça críticas ao Itamaraty" (Brasil, 28/2).
O embaixador Abdenur foi convocado por requerimento dos senadores Eduardo Azeredo e Flexa Ribeiro."
ROSE NOGUEIRA, assessora de imprensa do senador Eduardo Matarazzo Suplicy (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
Arte
"Já que não tem mais dono, não
seria justo tornar pública a polêmica Cid Collection? ("Museus podem
perder obras de Edemar", Ilustrada, 1º/3). Aliás, a doação das obras
aos museus é uma solução perfeita,
pois o número de beneficiários da
decisão seria enorme. É a população brasileira que sairá ganhando se
essa coleção se tornar, de fato, pública, pois poderá usufruir dela a
despeito de sua obscura origem."
DÉCIO HERNANDEZ DI GIORGI (São Paulo, SP)
Sem indignação
"Lendo os jornais de 28/2, deparei com a notícia do filho de 43 anos
de um grande empresário de São
Caetano do Sul que raptou uma menina de três anos na favela Heliópolis para praticar atos obscenos. Pior:
o acusado já tinha uma condenação
por estupro de uma garota de 15
anos da mesma favela.
Cadê a indignação da TV Globo?
Por que não coloca a mãe da menina raptada pelo empresário na novela "Páginas da Vida'? Cadê o juiz
que deu diversas entrevistas defendendo a pena de morte e a diminuição da idade penal? Gostaria de perguntar-lhe por que a Justiça deixou
esse criminoso solto para que praticasse outro crime.
O silêncio de quem ficou indignado com a morte do menino João
Hélio me deixa indignado quando
as vítimas são aqueles a quem querem exterminar e tirar os direitos
-que já são tão poucos.
A pena para os criminosos do garoto João Hélio pode chegar a 39
anos -e eles devem pagar pelo que
fizeram. Mas qual será a pena para
um cidadão que vai a uma favela, estupra uma menina de 15 anos e,
mesmo depois de condenado, continua solto para raptar e abusar de
uma menina de três anos."
GRIMA GRIMALDI (São Paulo, SP)
"A psicanalista Maria Rita Kehl,
em sua carta no "Painel do Leitor" de
28/2, expressou de maneira clara e
concisa o que todos nós, defensores
radicais do Estado de Direito democrático e republicano, pensamos,
perplexos e chocados, sobre o artigo
de Renato Janine no Mais! de 18/2.
Ao desvelar publicamente suas
"fantasias sádicas e desejos onipotentes de vingança", como se estivesse num desabafo entre amigos, o
professor parece não se ter dado
conta de sua responsabilidade como professor e homem público.
Que pena.
Sempre podemos, no entanto,
aproveitar esse tremendo susto para participar do debate sobre o tema, inclusive na universidade."
MARIA VICTORIA BENEVIDES, socióloga, professora
da USP (São Paulo, SP)
Ciência
"A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau de
questionar o modelo jurídico de "organização social-contrato de gestão" é acertada e merece ser elogiada, principalmente porque traz à
tona um debate imprescindível: a
terceirização da gestão pública.
Ao contrário do que argumenta o
professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite ("A ciência e o Supremo", 28/2), a falta de estabilidade no
emprego para os trabalhadores que
atuam nessas organizações que sobrevivem de verbas públicas não é o
centro da questão.
O foco desta discussão é: quem se
beneficia na gestão dessas organizações sociais? Por que são sempre
os mesmos pequenos grupos que
mantêm a concessão para administrar recursos públicos? Qual vantagem essas organizações sociais têm
oferecido ao país na gestão de instituições públicas que outras similares, gestadas convencionalmente
pelo poder público, não estão dando? Quantas patentes o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron produziu? Qual retorno essa forma de
gestão está dando à sociedade e ao
Estado brasileiro?
Cabe à sociedade aprofundar essa
discussão e cobrar do governo as
respostas."
PAULO PORSANI, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa em Ciência e Tecnologia
de São Paulo (São Paulo, SP)
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