São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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PIB
"Não se concebe que o PIB de um país continental e pujante como é o Brasil cresça pífios 2,9%, como ocorreu em 2006.
Pelo segundo ano consecutivo, nosso PIB superou apenas o do miserável Haiti em toda a América Latina. E isso com uma conjuntura internacional bastante favorável.
Enquanto persistir essa política econômica neoliberal, com os juros mais altos do mundo, continuaremos marcando passo e ficando cada vez mais para trás, num enorme desperdício de potencial."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

"Os números de crescimento do PIB em 2006 trazem o real veredicto sobre as infantis e redundantes afirmações de "o meu governo fez mais", a exaurida e chata rixa pública entre Lula e FHC: um empate que apenas comprova a incapacidade ou a pobreza de habilidade de ambos no exercício da governança."
GABRIEL PUPO NOGUEIRA (Campinas, SP)

USP
"Causou-me estranheza a declaração a mim atribuída, publicada em 28/2 no "Painel" (Brasil, pág. A4), de que eu não teria aceitado permanecer na presidência do Cruesp. Informo que não fui procurada, nem a minha assessoria, para me manifestar sobre o assunto.
Sugeri apenas ao secretário José Aristodemo Pinotti e aos reitores que a troca da presidência daquele conselho, que normalmente ocorre no mês de abril, fosse antecipada, o que foi prontamente aceito.
O professor José Tadeu Jorge deverá assumir o comando do Cruesp, seguindo tradicional acordo entre as três reitorias, para que Unicamp, Unesp e USP sucedam-se, anualmente, à frente daquele conselho. Por isso mesmo, antes do término de minha gestão como reitora da USP, voltarei a ocupar a presidência do Cruesp."
SUELY VILELA, reitora da USP (São Paulo, SP)

Senado
"O senador Eduardo Suplicy não foi o autor do requerimento de convocação do embaixador Roberto Abdenur para dar esclarecimentos à Comissão de Relações Exteriores do Senado depois da entrevista do diplomata à revista "Veja", como informou o texto "No Senado, ex-embaixador reforça críticas ao Itamaraty" (Brasil, 28/2).
O embaixador Abdenur foi convocado por requerimento dos senadores Eduardo Azeredo e Flexa Ribeiro."
ROSE NOGUEIRA, assessora de imprensa do senador Eduardo Matarazzo Suplicy (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Arte
"Já que não tem mais dono, não seria justo tornar pública a polêmica Cid Collection? ("Museus podem perder obras de Edemar", Ilustrada, 1º/3). Aliás, a doação das obras aos museus é uma solução perfeita, pois o número de beneficiários da decisão seria enorme. É a população brasileira que sairá ganhando se essa coleção se tornar, de fato, pública, pois poderá usufruir dela a despeito de sua obscura origem."
DÉCIO HERNANDEZ DI GIORGI (São Paulo, SP)

Sem indignação
"Lendo os jornais de 28/2, deparei com a notícia do filho de 43 anos de um grande empresário de São Caetano do Sul que raptou uma menina de três anos na favela Heliópolis para praticar atos obscenos. Pior: o acusado já tinha uma condenação por estupro de uma garota de 15 anos da mesma favela. Cadê a indignação da TV Globo?
Por que não coloca a mãe da menina raptada pelo empresário na novela "Páginas da Vida'? Cadê o juiz que deu diversas entrevistas defendendo a pena de morte e a diminuição da idade penal? Gostaria de perguntar-lhe por que a Justiça deixou esse criminoso solto para que praticasse outro crime. O silêncio de quem ficou indignado com a morte do menino João Hélio me deixa indignado quando as vítimas são aqueles a quem querem exterminar e tirar os direitos -que já são tão poucos.
A pena para os criminosos do garoto João Hélio pode chegar a 39 anos -e eles devem pagar pelo que fizeram. Mas qual será a pena para um cidadão que vai a uma favela, estupra uma menina de 15 anos e, mesmo depois de condenado, continua solto para raptar e abusar de uma menina de três anos."
GRIMA GRIMALDI (São Paulo, SP)

"A psicanalista Maria Rita Kehl, em sua carta no "Painel do Leitor" de 28/2, expressou de maneira clara e concisa o que todos nós, defensores radicais do Estado de Direito democrático e republicano, pensamos, perplexos e chocados, sobre o artigo de Renato Janine no Mais! de 18/2.
Ao desvelar publicamente suas "fantasias sádicas e desejos onipotentes de vingança", como se estivesse num desabafo entre amigos, o professor parece não se ter dado conta de sua responsabilidade como professor e homem público. Que pena.
Sempre podemos, no entanto, aproveitar esse tremendo susto para participar do debate sobre o tema, inclusive na universidade."
MARIA VICTORIA BENEVIDES, socióloga, professora da USP (São Paulo, SP)

Ciência
"A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau de questionar o modelo jurídico de "organização social-contrato de gestão" é acertada e merece ser elogiada, principalmente porque traz à tona um debate imprescindível: a terceirização da gestão pública.
Ao contrário do que argumenta o professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite ("A ciência e o Supremo", 28/2), a falta de estabilidade no emprego para os trabalhadores que atuam nessas organizações que sobrevivem de verbas públicas não é o centro da questão.
O foco desta discussão é: quem se beneficia na gestão dessas organizações sociais? Por que são sempre os mesmos pequenos grupos que mantêm a concessão para administrar recursos públicos? Qual vantagem essas organizações sociais têm oferecido ao país na gestão de instituições públicas que outras similares, gestadas convencionalmente pelo poder público, não estão dando? Quantas patentes o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron produziu? Qual retorno essa forma de gestão está dando à sociedade e ao Estado brasileiro?
Cabe à sociedade aprofundar essa discussão e cobrar do governo as respostas."
PAULO PORSANI, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa em Ciência e Tecnologia de São Paulo (São Paulo, SP)

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