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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Reformas
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ao encaminhar para o Congresso Nacional a reforma da Previdência, que a proposta é também de milhões de brasileiros. Se ele está tão certo disso, por que não realizar então um plebiscito para saber se o povo brasileiro é a favor dessa reforma, que prevê até mesmo a tributação de aposentados?
Envio meus efusivos cumprimentos a Clóvis Rossi pela lucidez de sempre em seu artigo "A rendição e os amigos" (Opinião, pág. A2, 1º/5)."
Geraldo Tadeu Santos Almeida (Itapeva, SP)
 

"É incrível o atual governo fazer alarde no rádio e na TV -usando artistas que "coincidentemente" foram bandeiras do partido nas eleições- para defender as reformas a que ele era absolutamente contra. Agora, tributam-se inativos e, pior, aumenta-se a idade mínima para a aposentadoria. A imposição de um limite de idade -e por um partido que se diz de trabalhadores e que sabe que a maioria dos brasileiros começa a trabalhar cedo por necessidade- equivale à condenação de todos."
Elias Fadel Júnior (São Paulo, SP)
 

"Causaram-me profunda revolta as declarações do rançoso senhor Mantega, ministro do Planejamento, de que os inativos podem "sobreviver" com menos dinheiro ("Inativo vive com menos, diz Mantega", Brasil, pág. A8, 1º/5).
Segundo ele, "o inativo não gasta dinheiro em condução, vestuário e tudo o mais. Então ele pode sobreviver com uma renda menor".
A maioria dos aposentados precisa de cuidados médicos, de medicamentos de uso diário, de fisioterapia e de outras atenções. Mas parece que o governo "nazi-petista" não quer saber de nada. Depois de 30 anos ou mais de contribuição para o progresso e desenvolvimento do Brasil, somos tratados como bagaço, como lixo, como descartáveis."
José Luiz Pereira da Silva (Mogi-Mirim, SP)

Cuba
"O artigo "Cuba, uma ilha à deriva" ("Tendências/Debates", pág. A3, 27/4), de Saulo Ramos, é um dos documentos mais perversos que a direita já pariu."
Stalimir Vieira (São Paulo, SP)
 

"A respeito da resposta do senhor Jorge Lezcano Pérez, embaixador de Cuba no Brasil, em que critica o artigo de Saulo Ramos de 27/4, gostaria de informar ao representante de Fidel Castro que, em 1958, era bem marcante a tendência do Departamento de Estado norte-americano a favor do movimento liderado por Fidel Alejandro Castro Ruz.
O apoio dos Estados Unidos era tão evidente que a base naval norte-americana de Guantánamo supria de armas os rebeldes de Sierra Maestra. Existem fatos que comprovam e provam a interferência dos Estados Unidos na guerrilha praticada pelo ditador cubano. Se a ditadura de Fulgêncio Batista assassinou 20 mil cubanos, a tirania de Fidel Castro praticou as piores torturas físicas e morais em mais de 100 mil cubanos.
O senhor Saulo Ramos falou pouco sobre a verdadeira situação em Cuba, onde um povo passa fome para idolatrar um falso líder, que está com os dias contados."
Alfredo Leonel Minniti (São Paulo, SP)

Burrice zero
"Aos políticos que hoje ocupam cadeiras no Senado, na Câmara dos Deputados e nas câmaras de vereadores, faço um alerta: a população não é burra.
Alguns podem acreditar nas propagandas enganosas, mas estamos vacinados. Aqueles que foram eleitos para nos representar, que o façam com dignidade e votem pensando naqueles que acreditaram nas suas promessas de campanha.
Não permitam que o Brasil vire Cuba, onde os políticos e as pessoas não podem ter opinião própria. Acredito que este ainda seja um país democrático."
Helena Yukie Tawaraya (São Paulo, SP)

Terra
"Ao entregar as reformas tributária e previdenciária ao Congresso, o presidente Lula disse que a próxima reforma entregue será a "reforma agrária". Que reforma será essa? Posso dizer que, com tanto segredo, boa coisa não é.
Pelas posições do governo (sem contar a posição anterior à sua eleição) e de seu ministro Rosseto, essa reforma deverá ser a revogação da MP antiinvasão, a limitação do tamanho das propriedades rurais, novas medidas para saber se a propriedade é produtiva e mais verbas para os sem-terra jogarem fora.
O ITR já passou para os governos estaduais e deverá ter a sua alíquota aumentada criminosamente.
E quais serão as consequências ? A produção brasileira vai ser praticamente zero, o desemprego será sem precedentes, ninguém terá dinheiro para pagar impostos, a dívida externa não poderá ser paga por falta de exportação, a população inteira brasileira vai precisar do Fome Zero, que terá sua comida importada da Argentina.
E o presidente Lula ainda tem coragem de ir ao Agrishow de Ribeirão Preto e comemorar a grande produção brasileira."
Daniel Konegae (Ribeirão Preto, SP)

Dia do Trabalho
"A Folha desta semana estava recheada de boas notícias econômicas: 1) "C-Bonds atingem o maior valor da história'; 2) "Superávit comercial de US$ 5,5 bilhões e primário de R$ 22,835 bilhões'; 3) "Exportações cresceram US$ 4 bilhões, metade da meta do ano'; 4) "Bancos vendem dólar turismo a R$ 2,94'; 5) "Safra agrícola de 113 milhões de toneladas" e ainda 6) "Governo entrega reformas tributária e previdenciária ao Congresso".
Contudo continuamos tendo uma das maiores taxas de juros do mundo, taxas que tanto prejudicam a agricultura, a pecuária, a indústria e as micro e pequenas empresas e que impedem a almejada geração de empregos.
Onde estaria o fantasma da tal vontade política que não aparece nem sequer no dia do trabalhador?"
João Antonio Ferreira Leite (Florianópolis, SC)

Tubarões
"Apesar de toda a admiração que tenho pelo excelente jornalista e escritor Elio Gaspari, quero fazer um comentário sobre a coluna "Se não for tubarão, pode linchar" (Brasil, 30/4).
Comecei lendo seu artigo com a atenção admirada de sempre, mas terminei entristecido. O que eu esperava é que ele colocasse seu peso profissional contra qualquer tipo de execução. Fosse ela a de um preso político, a de Gilmar Alves de Araújo, a de um tubarão (que não saiu pela areia da praia de Joatinga ao encalço dos banhistas que o mataram) ou a de um cão.
A questão ética do respeito à vida ou vale -e vale sempre- ou não vale. O debate sobre o linchamento de tubarões não é tão pedante assim nem restrito apenas ao andar de cima. Os dois andares discutiram intensamente a questão a partir da orgia visual proporcionada pela TV.
E, se fosse pedantismo, por certo existiria pesquisa de opinião estimando "a porcentagem de brasileiros que condenam o linchamento de tubarões"."
Claudio José dos Santos (São Vicente, SP)

Ciúmes
"Quando toda a torcida e toda a imprensa, tanto a brasileira quanto a mexicana, esperavam ver em campo no jogo da seleção a dupla Diego e Robinho, o que faz o "iluminado" Parreira? Frustra a todos, colocando Diego aos 38 minutos do segundo tempo e não colocando o Robinho.
Explicação: como a dupla santista vinha sendo muito assediada pela imprensa, Parreira, num repente de ciúme, resolveu atrair a atenção de todos para explicar o inexplicável: por que Diego e Robinho não entraram em campo."
Hélio Ramos Aurélio (Santos, SP)


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