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O RITMO DOS EUA
No primeiro trimestre de
2005, o PIB norte-americano
apresentou expansão anualizada de
3,1%, o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2003. A expansão
dos gastos dos consumidores caiu
de 4,2% no quarto trimestre de 2004
para 3,5% no primeiro trimestre de
2005, e os investimentos produtivos
retrocederam de 14,5% para 4,7%.
A inflação geral da economia norte-americana subiu de 2,3% para
3,3% no mesmo período -o maior
patamar desde o início de 2001, associado à elevação dos preços do petróleo, que permanecem acima dos US$
50 o barril, e das commodities minerais e agrícolas.
Esses indicadores parecem corroborar as expectativas dos investidores e analistas financeiros de que a
principal "locomotiva" econômica
do mundo está perdendo fôlego,
com uma moderada taxa de inflação.
As Bolsas de Valores, que costumam antecipar os movimentos econômicos, diante da queda projetada
para os lucros das corporações passaram a operar em baixa desde meados de março. Em face das novas informações, os investidores venderam os ativos de risco (ações e bônus
dos mercados emergentes) e se refugiaram nos títulos do Tesouro americano. Com a ampliação da procura,
as taxas de juros sobre os bônus de
dez anos do Tesouro americano caíram de 4,22% para 4,14%.
Os analistas econômicos reduziram as projeções de crescimento da
economia americana de 3,25% para
2,75% no segundo trimestre. Esse
cenário de desaquecimento, associado aos sinais de desaceleração das
economias japonesa, alemã e francesa, reforça as previsões em torno de
um possível arrefecimento global, já
sinalizado, aliás, pelo FMI.
Para o Brasil, o cenário de menor
dinamismo internacional tende a
prejudicar as exportações e contribuir para a tendência de desaceleração da economia, que já se faz sentir
com os aumentos das taxas de juros.
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