São Paulo, segunda-feira, 02 de julho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Escolhas
"Em relação à reportagem "Chefe do Deic é sócio de firma de segurança" (Cotidiano, 28/6), sobre a participação societária de um delegado de polícia em empresa privada, como sócio cotista, é necessário esclarecer à população de São Paulo que os delegados de polícia têm três opções: 1 - viver com o salário medíocre que é pago neste Estado, morar em uma favela e colocar os filhos para estudar em colégio público, que é um lixo; 2 - partir para a corrupção; 3 - procurar uma renda lícita que propicie uma vida digna. Cada um faz a sua escolha."
JOSÉ ORDELE ALVES LIMA JÚNIOR , delegado de polícia (Sorocaba, SP)

Congresso
"Pesquisa da USP mostrou que 76% das pessoas não confiam no Congresso (Brasil, pág. A7 de ontem). É surpreendente a existência de 24% que ainda confiam num Congresso que sangra, fede e dói -e como dói nos bolsos de todos os que pagamos impostos. A única contrapartida é o bordão "ruim com eles, pior sem eles".
Nossa sociedade tem de encontrar um mecanismo para expressar e fazer valer seus anseios, necessidades e vontades. O poder político consistente é válido para harmonizar as diversas e plurais demandas sociais com a utilização dos recursos, sempre escassos. Isso pressupõe um sistema eleitoral capaz de captar tais necessidades, com efetiva representatividade dos eleitores.
O atual sistema eleitoral não permite essa representatividade, e os três Poderes só representam os que os financiaram.
Reforma política já, antes que seja tarde demais."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Sigilo
"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) insiste no erro, como ficou demonstrado no artigo "Tiss: democracia, transparência e seriedade" ("Tendências/Debates", pág. A3, 29/6). A iniciativa da ANS pode expor a intimidade de milhões de consumidores de planos de saúde e ter uso nada nobre por parte das empresas do setor. E merece ser revista urgentemente.
O receio do Conselho Federal de Medicina, compartilhado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), é que as operadoras, de posse de informações sobre a saúde dos consumidores, passem a discriminar aqueles que necessitam de tratamentos custosos, inclusive negando procedimentos indicados pelo médico com base em critérios econômicos.
Mais grave ainda é a omissão quanto às operadoras que já recolhem dados íntimos dos pacientes, prática ilegal e inconstitucional.
Mas, para a ANS, essa iniciativa é corriqueira. Será que a agência acredita que o paciente é consultado de forma clara e elucidativa sobre essa troca de informações?"
DANIELA BATALHA TRETTEL , advogada do Idec, e ANDRÉA LAZZARINI SALAZAR , consultora do Idec (São Paulo, SP)

 

"Em relação ao artigo "Tiss: democracia, transparência e seriedade", tenho a ponderar que há inequívoca quebra do sigilo médico com a colocação do Código Internacional de Doenças no impresso da Tiss.
Como não há justa causa ou dever legal que justifiquem tal quebra, a colocação do CID pelo médico só poderá ser feita com a expressa autorização do paciente, por escrito e assinada.
Resta uma pergunta: se o preenchimento do CID é opcional, por que então consta do impresso? Por que simplesmente não retirá-lo? As informações epidemiológicas podem perfeitamente ser fornecidas sem a identificação do paciente."
RENATO AZEVEDO JÚNIOR , diretor e segundo secretário do Cremesp (São Paulo, SP)

Aviação
"Uma vez que informações contidas no texto "Controladores se negam a operar em Brasília" (Cotidiano, 28/6) foram publicadas com incorreções, este centro esclarece alguns pontos. Não houve punição a nenhum controlador de defesa aérea.
A implantação dos "tubulões" de tráfego aéreo acontecem gradativamente, de acordo com um planejamento inicial, que não foi alterado em razão de "queixas" de controladores. Todas as ações estão pautadas pela segurança e confiabilidade das operações aéreas.
Ninguém está executando uma função para a qual não esteja capacitado. Os controladores do centro-Brasília e da defesa aérea estão colaborando com a implementação de medidas que ajudam a resgatar a tranqüilidade nos aeroportos brasileiros."
ANTONIO CARLOS MORETTI BERMUDEZ , brigadeiro-do-ar, chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Andreza Matais - A própria FAB confirmou que três controladores da defesa foram afastados por incompatibilidade com a nova função. Sobre as mudanças no controle dos tubulões, o texto informou que a FAB negava a informação, fornecida por controladores.

Venezuela
"Ao apresentar, sem contraponto, a versão de Marcel Granier, presidente da RCTV, para os fatos ocorridos na Venezuela em abril de 2002, a Folha avaliza uma versão sabidamente mentirosa e diferente da que o próprio jornal publicou à época ("Acusação de golpismo é achaque de Chávez contra imprensa, diz presidente da RCTV", Mundo, 29/6).
Os fatos são amplamente conhecidos, e estão reproduzidos no filme "A Revolução não Será Televisionada", dos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O'Briain (2003). Está ali relatada, pelos próprios golpistas, a importância da RCTV para o golpe. Mais do que incitá-lo, a emissora ajudou a organizá-lo."
JOÃO CALDEIRA BRANT MONTEIRO DE CASTRO (São Paulo, SP)

Bandidos
"A doméstica foi roubada e espancada porque se "parecia" com uma prostituta. Outra mulher, por ser prostituta, também foi agredida por jovens de classe média, universitários que não toleram mulheres que não se enquadram no padrão de beleza que estabeleceram para si.
E por que o eufemismo de "pitboys'? Se fossem jovens pobres, da favela ou da periferia, seriam tachados de bandidos. Bandidos é o que são. E devem ser tratados com o rigor da lei. Um deles estuda advocacia.
Guardemos o seu nome. Em alguns anos será advogado.
Espero que as entidades de defesa dos direitos humanos e os grupos de defesa da mulher apóiem as vítimas e acompanhem e fiscalizem a ação da Justiça."
HELENA MARIA DE SOUZA (Rio de janeiro, RJ)

Sacoleiros
"Com a medida provisória que o senhor Lula assinou, dando legitimidade aos sacoleiros que vão ao Paraguai, ele acaba de oficializar o contrabando e a pirataria no Brasil ("País reduz impostos para os sacoleiros", Dinheiro, 30/6). Os afetados serão (mais uma vez) as indústrias e os comerciantes estabelecidos, que têm uma carga tributária leonina para pagar e não podem vender os mesmos produtos dos sacoleiros pagando os mesmos impostos."
DANIELE PAOLO NAVACCHIA (São Paulo, SP)

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