São Paulo, sábado, 02 de setembro de 2000


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PAINEL DO LEITOR

Informação
"O "Painel" de 23/8 noticiou que o secretário da Receita Federal pretendera manter entendimentos com procuradores da República do Distrito Federal, por intermédio de membros do Ministério Público Federal lotados em São Paulo, objetivando discutir ações movidas contra a União. Acrescentava a nota que os procuradores "não querem conversa". Reportagem publicada em 31/8 sob o título "Ação questiona redução do IPI sobre o fumo" reafirma a notícia. Essa informação é falsa. Em momento nenhum tentei marcar audiência com aquelas autoridades. Em um gesto de boa vontade, os procuradores da República Ana Lúcia Amaral, de São Paulo, e Humberto Medeiros, do Distrito Federal, sugeriram-me entrar em contato com os referidos procuradores. Disse-lhes que, em razão do ofício que exerço e da lhaneza que pauta minha conduta, teria a melhor disposição de recebê-los. Não havia, contudo, razão alguma para procurá-los. Lamentável, no episódio, é a tentativa de difundir informação inverídica, ademais de manifestação explícita de falta de urbanidade, indispensável ao homem público."
Everardo Maciel , secretário da Receita Federal (Brasília, DF)

Perfil
"Acompanhei com atenção e estranheza a apologia a Daniel Dantas publicada na reportagem "Dantas administra investimento de R$ 4 bi" (Dinheiro, 30/8). Ao ver Daniel Dantas falar de "correção" ou intuir uma posição de vítima em seus conflitos, questiono não somente os valores básicos de cidadania e condições de punibilidade vigentes no país, mas também o bom senso e a inteligência de qualquer brasileiro. Em seu momento de desmascaramento, outros aforismos poderiam ser mencionados: "Não se pode enganar todo mundo, o tempo todo'; "Faça o que eu digo, ... não faça o que eu faço'; "Quem tudo quer ... nada tem". A gravíssima menção de que "o departamento jurídico do Citibank analisou os processos judiciais envolvendo o Opportunity e concluiu que o banco de Dantas tem razão em todos eles" será motivo de pedido de esclarecimentos formais ao Citibank no Brasil e em Nova York. Não posso acreditar que uma corporação séria como o Citibank cometeria tal leviandade, envolvendo-se em um processo de falsificação ou questionando uma decisão unânime (3x0) da Grande Corte das Ilhas Cayman."
Luís Roberto Demarco (São Paulo, SP)

Caso Pimenta
"Excelente o artigo publicado pelo imortal Carlos Heitor Cony na Ilustrada de ontem sobre o caso do ex-diretor de Redação do jornal "O Estado de S. Paulo". Parabéns, Cony, espero que continue brilhando com seus artigos na Folha por muitos anos."
Ismael de Oliveira Mota (São Paulo, SP)

"Em resposta a Rosângela Galvão ("Painel do Leitor, 1º/9), gostaria de dizer que muito me admira alguém que imagine que todos nós somos iguais, capazes de atrocidades como a do jornalista Pimenta Neves. Não é bem assim, sinto muito em desapontá-la, mas eu jamais mataria qualquer pessoa por qualquer motivo, muito menos por ciúmes ou perda. O que muitos deveriam fazer é repensar sua mentalidade machista e retrógrada que move indivíduos a desatinos bárbaros."
Cristina C.C. van Wanrooij (São Paulo, SP)

Editorial
"O editorial "Imunidade ética" (Opinião, 30/8) comporta algumas reflexões. Causa perplexidade a observação feita pelo senhor José Bonifácio Borges de Andrada que dá azo ao entendimento de que o presidente, na qualidade de mandatário do povo, orienta suas ações no campo ético e moral como melhor lhe aprouver. Cícero, ao teorizar sobre o "príncipe virtuoso" na Roma imperial, dizia algo muito semelhante. Tal teoria, mais tarde, serviu aos reis absolutistas, que usavam ricos anéis forjados à custa da miséria do povo. Por não aceitarem perder essas jóias, perderam os reis suas cabeças. A partir de então, saiba o ilustre assessor jurídico, a máxima de que a lei sai da boca do rei não vale mais. Ou não deveria valer. No entanto, no Brasil, o "príncipe" está acostumado a legislar. A hipertrofia do Executivo, que tem no abuso da edição de medidas provisórias seu corolário, pode estar passando ao senhor presidente e a seu séquito a sensação de onipotência. Nesta perspectiva, talvez até seja fácil entender a declaração do senhor José Bonifácio. Difícil é não se apiedar do povo, ao que parece, o único destinatário das leis."
Fernando Borges de Moraes, professor de ciência política da Universidade Paranaense (Cascavel, PR)

Reformas necessárias
"Leitor assíduo deste estimado jornal, revoltam-me a cada dia os colunistas criticando este ou aquele ato do governo. Lembra-se dos cinco dedos da campanha? O próprio FHC dizia que só seria possível se as reformas passassem, mas sempre existem grupos que são contra tudo e contra todos, não apresentam nada de novo e apenas criticam. Por que não relatar quem vota contra ou se abstém de votar projetos que são verdadeiramente necessários e sérios para a população de um modo geral? E ainda: a relação dos que ficam "chateadinhos" porque FHC não deu cargo, "revoltadinhos" porque FHC não os atendeu."
Dilermando Jorge Batista (Ribeirão Preto, SP)

Viagens
"Em relação à reportagem "Fornecedor paga viagens de servidores do Serpro" (Brasil, 29/8), em que a IBM é citada como patrocinadora de viagens de funcionários do Serpro ao exterior, é fundamental esclarecer: todas as viagens de funcionários do Serpro a convite da IBM ocorreram com o objetivo de atualização tecnológica, fossem para participar em eventos de informática ou de visitas a laboratórios e centros de desenvolvimento de produtos IBM. A IBM jamais dividiu qualquer custo de viagem de funcionários do Serpro com a TBA. A TBA não é representante IBM na região Centro-Oeste."
Claudio Della Nina , diretor do setor público da IBM Brasil (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Aparências
"Pacote dá auê, mas não resolve. Se FHC quiser mesmo acabar com a corrupção em seu governo, só tem uma saída: recolher a tropa de choque do Congresso e da imprensa, deixar o Ministério Público e o Judiciário trabalharem em paz e deixar a PF prender os corruptos. O resto é factóide e conversa mole para boi dormir."
Renato Pinheiro (Belo Horizonte, MG)

Esclarecimento
"No dia 16/8, a Folha publicou reportagem de Marcelo Beraba relativa a livro que publiquei recentemente, acrescida de entrevista sobre conjunturas. Como tudo o que faz, bem feitíssima, a despeito de involuntária incorreção. Atribui a mim inventário dos quebra-quebras de trens e ônibus no Rio e em São Paulo de 77 a 81, conforme registro obtido no Urbandata. Fiz inventários semelhantes, na mesma época. Mas o citado não vem de minha lavra, e sim da de Edison Nunes, ilustre colega. Seu nome leva um "I" que inexiste no meu. Existem 19 referências aos E. Nunes no Urbandata. Parece que são três os referidos senhores agora. Embora me honre, com frequência, a confusão, este que escreve não é aquele, ou aqueles. A entrevista está certa, o livro é mesmo meu. O inventário é dele. Fica a correção de erro involuntário."
Edson Nunes (Rio de Janeiro, RJ)


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