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Copa 2014
"Pessoas pessimistas ou simplesmente enciumadas criticam gastos
públicos e uso político pelo fato de o
Brasil vir a ter de gastar bilhões para recuperar a infra-estrutura necessária aos jogos da Copa 2014.
Não conseguem observar que,
além de uma provável contrapartida em investimentos diretos do estrangeiro, compensando tais gastos
com aquecimento da economia, haverá principalmente um ganho invisível, mas estratégico, diante da
visibilidade que o Brasil terá num
mundo movido por complexas conveniências e caprichos da globalização da economia.
São oportunidades que pesam
muito mais favoravelmente do que
sugerem os opositores."
ADIR CLAUDIO CAMPOS (Uberlândia, MG)
"A Copa de 2014 no Brasil será
disputada em plena campanha eleitoral. O presidente e os governadores eleitos em 2010 estarão em seus
cargos. Dos 12 governadores que estiveram em Zurique no dia do
anúncio oficial, nove são candidatos à reeleição, e dois são potenciais
sucessores do presidente Lula.
E já falam em reformas milionárias em estádios, brigam entre si para que seus Estados sediem os jogos
e tentam ganhar as simpatias de Ricardo Teixeira, que dará o aval na
escolha das cidades-sedes.
O presidente da CBF passa a ser a
pessoa mais importante do país.
Que Deus tenha piedade de nós!"
MARIA O. TORRES (São Paulo, SP)
Saúde e aborto
"Recentemente, o ministro da
Saúde reclamou que o gasto público
para cumprir decisões judicias referentes ao fornecimento de remédios e procedimentos médicos é alto. Em tempos mais remotos, ele
defendera publicamente o aborto,
sendo que os defensores desta prática consideram que o SUS poderá
realizar os procedimentos abortivos. Futuramente, caso haja a descriminalização, o ministro e os governadores reclamarão das decisões judiciais que determinarão ao
poder público a realização das intervenções abortivas.
Ou alguém considera que haverá
orçamento público suficiente para
tanto?"
MARCELO ALEXANDRE DOS SANTOS
(Uberlândia, MG)
Educação
"O editorial "Ensino esclerosado"
(Opinião, 31/10) repercute dados
de instituições que, pretensamente, demonstram o ensino público
paulista estar "na direção oposta" da
melhoria da educação.
Dentre as informações publicadas desponta o certamente equivocado dado de que o professor paulista aposenta-se, em média, após
21 anos de contribuição. Desnecessário reiterar a nossa estranheza
pela divulgação danosa à imagem
do professor da rede pública paulista justamente por parte desse prestigioso jornal. Para restabelecer a
clareza dos dados, sugerimos divulgar o que segue:
1) discorrer sobre a posição dos
professores sem analisar as péssimas condições de trabalho encontradas é, no mínimo, algo que merece ser comentado pelo ombudsman do jornal;
2) a menção à contribuição durante 21 anos, em média, para a
aposentadoria do professor paulista é inexplicável, uma vez que aposentadoria especial de magistério
exige, no mínimo, 25 e 30 anos de
contribuição, respectivamente, para a professora e para o professor;
3) a insinuação da pesquisadora e
coordenadora do estudo da Organização dos Estados Ibero-americanos que contribuiu para inspirar o
mencionado editorial, creditando
aos sindicatos a posição de insatisfação dos professores, merece nosso repúdio. Desafiamos a pesquisadora a escolher aleatoriamente algumas escolas públicas da capital e
checar ao vivo (e sem prévio aviso!)
as reais condições de trabalho e de
saúde dos professores.
Em suma, o professor da rede pública precisa do apoio e compromisso dos governantes, e não de
uma insidiosa e mais do que suspeita campanha de desinformação
promovida pela mídia."
ISMAEL NERY PALHARES JÚNIOR, presidente do
Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo -Aprofem (São Paulo, SP)
Nota da Redação - As más condições de trabalho de professores da rede pública foram mencionadas no editorial. A média
do tempo de contribuição apurada pela FGV-RJ, com base em
dados oficiais, fica abaixo da regra atual por várias razões, como requisitos mais generosos
no passado, aposentadorias
precoces por invalidez e contagem de tempo de serviço em
outros sistemas previdenciários.
Padre Júlio
"Ex-aluna da PUC, sinto-me
constrangida pelo apoio incondicional e nem ao menos reflexivo das
entidades católicas ao padre Júlio
Lancelotti.
Tais instituições sempre fizeram
questão de transmitir aos seus alunos respeito à dignidade do ser humano e reconhecimento da alteridade. E sempre escolherem o lado
mais fraco e dos menos favorecidos,
sejam eles pobres, delinqüentes,
prostitutas, moradores de rua, enfim, qualquer grupo cujo direito
não lhe seja assegurado. O nosso
"outro".
Ora, sair em defesa incondicional
do padre sem ao menos ouvir atentamente as acusações que o ex-interno da Febem escancara não é,
definitivamente, uma atitude de
respeito ao direito humano."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)
Direito
"Com estranhamento, li na reportagem "Cliente tem de ser ouvido, dizem especialistas" (Dinheiro,
28/10) referência a opinião de um
determinado advogado, razão pela
qual solicito a publicação de errata
pelos seguintes motivos.
1) Não existe a sociedade de advocacia "Annoni Bonadies Alvim
Coelho e Kömel Jr. Advogados'; 2)
Outrora a sociedade de advogados
"Alvim Coelho e Kömel Jr - Advogados Associados" dividiu espaço físico (mesmo endereço) com o advogado que emitiu a opinião estampada no jornal, mas jamais constituiu
com ele um "escritório" ou uma "sociedade de advogados'; 3) A importância da correção que se pede está
no fato de que a Alvim Coelho e Kömel Jr - Advogados Associados é
uma sociedade de advogados que se
dedica à atividade jurídica contenciosa e de assessoria aos seus clientes nos ramos de direito civil, comercial, empresarial e direitos do
consumidor, no campo do processo
civil, não sendo vinculada a nenhuma opinião de qualquer profissional quanto a outros ramos e campos do direito -como no caso, que
se trata de opinião quanto a delitos,
crimes, direito penal."
PETERSON VENITES KÖMEL JÚNIOR, advogado e sócio da Alvim Coelho e Kömel Jr - Advogados Associados (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
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