São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Pará
"A respeito do artigo do eminente jurista Roberto Delmanto Junior ("Pará: Justiça perversa, omissão e crime", "Tendências/Debates", 30/ 11), gostaria de comunicar a todos os leitores desta Folha que o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (órgão subordinado ao Ministério da Justiça), por decisão unânime de seus membros, no dia 29/11, deliberou oficiar ao procurador-geral da Justiça do Pará solicitando a verificação, assim como defendeu o articulista, das responsabilidades de carcereiros, delegada, promotores e juíza pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Devem ser todos eles responsabilizados, na condição de garantes da inocorrência do resultado evitável, pelos crimes praticados dentro das dependências policiais de Abaetetuba, nos termos no artigo 13, parágrafo 2º, a, do Código Penal. Está de parabéns o articulista pela clareza e firmeza com que defendeu seu pensamento."
SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (São Paulo, SP)

Tributos e tributos
"Usando o processo autoritário de votação simbólica, os senadores, com exceção de dois membros, aprovaram a continuidade do famigerado imposto sindical obrigatório, inclusive para os quase 80% de trabalhadores não sindicalizados. Ganharam os dirigentes sindicais. Perguntar não agride: por que os senadores estão tão interessados em acabar com a CPMF, tributo insonegável, usado pelo governo para manter programas sociais para os brasileiros mais pobres?"
MARIA THEREZA PEREIRA (Belo Horizonte, MG)

Israel
"Não sou árabe, mas acho que Boris Ber, em seu artigo "60 anos da reconstrução do Estado de Israel" ("Tendências/Debates", 29/11), convenientemente omite o fato de que a partilha da Terra Prometida deixou a população palestina, bem maior que a israelense a ser instalada, em espaço menor que a metade daquela reservada aos seguidores de Davi. Assim, não é de estranhar o fato de países árabes terem reagido tão mal à resolução da então recém-criada ONU. Aniversaria, também, a indignação árabe."
BRENO SIMONINI TEIXEIRA (Brasília, DF)

Eles estão chegando "O texto ufanista e de análise rala de Aloizio Mercadante ("Eles estão chegando", "Tendências/Debates", 29/11), falando da popularização do transporte aéreo e de outras atividades antes tidas como "de elite", é uma afronta à inteligência.
Essa massificação nada tem a ver com o governo, é natural a todo tipo de negócio. Basta lembrar como foi a evolução do telefone celular, a internet etc. Visando-se maior lucratividade, diminui-se a margem e aumenta-se o giro. Nada tem de "país de todos" nisso.
Outra estupidez do texto é relacionar o crescimento do IDH com os fatos citados, que não tem nenhuma relação com o consumo das massas ou qualquer programa de Lula. Foi mérito do governo FHC, quando Serra era ministro da Saúde, só que resultados de bons programas como esse demoram para aparecer. Os resultados vieram, finalmente, agora."
JOÃO LUIZ VEIGA MANGUINO (São Paulo, SP)

"Li atentamente o artigo do senador Aloizio Mercadante. A cada linha, deixei levar-me mentalmente àqueles velhos "contos" -pura ficção- que já li da turma petista, inclusive recentemente um do presidente Lula no mesmo espaço. São de uma criatividade ímpar quando se trata de instigar disputa, enganar e menosprezar a inteligência alheia. Tudo leva a crer que, em breve, vão tentar nos convencer de que foram eles os inventores do biodiesel, do etanol, da TV digital, enfim, talvez até da roda. A verdade é que há muito discurso e pouca ação. O exemplo vem lá do Pará, especialmente no artigo "Segurança, sim; barbárie nunca" ("Tendências/Debates", 28/11), da governadora petista Ana Júlia Carepa, que nem sequer sabia da situação da segurança pública em seu Estado."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

Educação
"A manchete da Folha de sexta-feira passada, "Brasil é um dos piores em ciências", mostra a real distância que nos separa dos países mais desenvolvidos. As conseqüências disso acabam por atingir as pessoas, a economia e a própria democracia, comprometendo irremediavelmente o desenvolvimento científico e tecnológico e pondo em risco o futuro do país. Há, portanto, necessidade de uma profunda reflexão sobre o ensino de ciências ministrado em nossa escola básica. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência tem como obrigação sensibilizar os governantes e cientistas para que desenvolvam ações na escola básica, fortalecendo a educação para a ciência."
OSCAR HIPÓLITO, professor titular da USP (São Paulo, SP)

"Reportagem da TV informa que nossos alunos chegam ao vestibular com nível de conhecimento equivalente ao de oitava série. O repórter pergunta à estudante: "Para você, a escola é atraente?". Resposta: "Não, por isso cabulamos aulas". Não está na hora de recuperarmos a idéia de que escola e educação requerem busca individual e coletiva, disciplina, empenho e uma certa dose de sacrifício, e menos expectativas hedonistas que só ofuscam e prejudicam seus reais objetivos? Sem transferir a essa geração alguma responsabilidade, não chegaremos a bom resultado."
JOSÉ CARLOS BROLLO, professor (Jundiaí, SP)

Preconceito
"É triste que em um único "Painel do Leitor" (29/11) possamos ler duas representações de senso comum e etnocentrismo regional. O sr. Luiz Augusto, ao mostrar sua consternação com o caso da menina presa, ofende todos os paraenses: "(...) se no Pará sexta-feira fosse um dia útil", e o sr. Nilton Maria, ao generalizar dizendo que todos os brasilienses são corruptos e apenas o Sul-Sudeste leva o país nas costas. Afirmo que trabalho toda sexta-feira, assim como outros colegas paraenses que conheço, e não acredito que algumas centenas de políticos representem toda a população de Brasília."
CASSIANO BARBOSA, funcionário público (Marabá, PA)

Guerra Fria
"Os inimigos de Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Kirchner e Lula são velhos conhecidos. São os mesmos vitoriosos da Guerra Fria: os EUA, as grandes corporações econômicas, as oligarquias e seus meios de comunicação. O século 21 será marcado por essa contradição. De um lado, os vitoriosos do regime -núcleo cada vez mais restrito; de outro, os derrotados ou excluídos -maioria crescente. As acusações, com exceção de subversivos, repetem-se: terroristas, populistas, ditadores, inimigos da liberdade de imprensa, de opinião etc."
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

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