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PAINEL DO LEITOR
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País dos privilegiados
"No país dos privilegiados, do 1%
que fica com 90% do PIB, a classe
artística não poderia ser diferente,
como relatou ontem Barbara Gancia em sua coluna ("Coisinha tão bonitinha do pai", Cotidiano, pág. C2,
2/2), mostrando a vergonhosa relação dos artistas com o dinheiro público por meio da Lei Rouanet."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
Ética
"O bem articulado artigo "Ética
nos negócios", de André Franco
Montoro Filho ("Tendências/Debates", 2/2), peca por omitir alguns
pressupostos óbvios.
O primeiro deles é o de que a "lei",
em geral, é elaborada e imposta pelos mais fortes -desde eras imemoriais. Em certo sentido, a lei é instrumento de opressão, e foi o que
levou Thoreau a propor a "desobediência civil" às "leis injustas".
Outro é que a sociedade contemporânea (sobre)vive sob o guante
do sistema capitalista, um sistema
cruel, desumano e perverso, que admite a existência de classes, mas só
defende os interesses de uma delas.
Afinal, de que ética estamos falando? Daquela baseada na Justiça
para as pessoas, etnias, povos e nações, ou daquela que sustém a economia de mercado, responsável pela globalização neoliberal, que é a
origem do caos, das mazelas e dos
sofrimentos que atormentam a humanidade?"
SÉRGIO VLADIMIRO GUIMARÃES (Jaguaquara, BA)
Comprometimento
"Ao término da leitura do artigo
de Emerson Kapaz ("Do PAC ao
pacto", Dinheiro, 2/2), ficou evidente para mim a necessária união
e coalização entre o Estado e os demais atores sociais na busca conjunta de uma saída para o crescimento econômico do país, libertando-nos desse labirinto em que estamos há décadas.
Para atingirmos esse objetivo,
precisamos de um Pacto de Ação
Conjunta ou de um Plano Austero
de Comprometimento de toda uma
nação."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)
Iemanjá
"Ontem, 2 de fevereiro, "dia de
festa do mar...", como cantava Clara
Nunes. E os veículos trataram de
dois assuntos: de um lado, as oferendas a Iemanjá, na Bahia, e a festa
de Nossa Senhora dos Navegantes,
no Rio Grande do Sul; de outro lado,
a responsabilidade do homem sobre o aquecimento da Terra.
De um lado, o povo louvando o
mar e suas deusas. Do outro, a humanidade provocando um aquecimento que compromete diretamente o nível das águas. Ou seja:
acendo velas para as divindades me
protegerem do estrago que eu próprio causei.
E ninguém ensina essa gente toda
que não existe acaso, que não existe
azar, que não existe destino, que
não existe urucubaca. Somos a soma de cada um de nossos atos."
MÁRCIA MENDES RIBEIRO (Curitiba, PR)
Privatizações
"Em janeiro, a ministra Dilma
Rousseff suspendeu os editais de
concessão de trechos das rodovias
federais alegando que o lucro das
empresas seria excessivo. Tal medida, inédita no país, surpreendeu a
todos. Já aqui em São Paulo, a surpresa foi o ex-governador Cláudio
Lembo haver prorrogado, na undécima hora, os contratos das empresas que exploram -em todos os
sentidos- as rodovias locais com
pedágios escorchantes."
ANTONIO CARLOS GUEDES CHAVES (Campinas, SP)
Contas cariocas
"A reportagem "Rosinha deixa R$
1,48 bi para Cabral pagar" (Brasil,
1º/2) não retrata o conteúdo da
apuração feita pelo repórter.
Procurado pelo jornalista, afirmei que a dívida que a governadora
Benedita da Silva deixara para Rosinha Matheus não havia sido de
apenas R$ 1,7 bilhão, pois havia
também o 13º salário do funcionalismo e as parcelas não pagas da dívida do Estado com a União, o que
totalizava mais de R$ 2,7 bilhões.
Ao leitor, é preciso que se esclareça que a diferença não foi de apenas R$ 300 milhões, como dá a entender a reportagem, e sim de quase R$ 1 bilhão.
Parabéns, porém, ao jornalista
por ter esclarecido que, com essa
performance, Rosinha atendeu à
Lei de Responsabilidade Fiscal."
FERNANDO PEREGRINO, ex-secretário de Estado do
governo Rosinha Matheus (Rio de Janeiro, RJ)
Nota da Redação - Segundo o
TCE, o governo que antecedeu
Rosinha Matheus, gestão de
Anthony Garotinho e Benedita
da Silva, não pagou o 13º salário
do funcionalismo público (R$
676 milhões) e as dívidas com a
União, num total de R$ 2,716 bilhões. Mas, para efeito da Lei de
Responsabilidade Fiscal, o que
conta são os chamados restos a
pagar, de R$ 1,483 bilhão.
Taiwan
"A Embaixada da República Popular da China na República Federativa do Brasil notou que o caderno Turismo da Folha de 1º/2 publicou fotos e artigos sobre história,
cultura, cidade e turismo de Taiwan. E esses artigos trataram erroneamente Taiwan como "país".
Achamos que seja necessário explicar aos leitores a posição séria e
justa do governo da China sobre a
questão de Taiwan, por meio do
próprio jornal.
Taiwan tem sido uma parte inalienável do território da China desde as antigüidades. Segundo registros dos documentos históricos, os
primeiros atos de desbravar e cultivar charnecas em Taiwan, realizados por militares e civis do continente chinês, podem remontar a
até 1.700 anos atrás.
Às vésperas da fundação da República Popular da China, em 1949,
o grupo do Kuomintang (Partido
Nacionalista), chefiado por Chiang
Kai-shek, se retirou do continente
e se refugiou em Taiwan, originando um estado de separação interino
com o continente pátrio. Em outubro de 1971, a 26ª Assembléia Geral
da ONU aprovou a resolução 2.758,
que expulsou representantes das
autoridades de Taiwan do sistema
da ONU, formada pelos países soberanos, e restituindo o posto e todos os direitos legítimos à República Popular da China.
Atualmente, 169 países, inclusive
o Brasil, os Estados Unidos e o Japão, estabeleceram relações diplomáticas com a China, reconhecendo o governo da República Popular
da China como único governo legítimo da China."
SHANG DELIANG, conselheiro de assuntos de
imprensa da Embaixada da República Popular da
China (Brasília, DF)
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