São Paulo, sábado, 03 de fevereiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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País dos privilegiados
"No país dos privilegiados, do 1% que fica com 90% do PIB, a classe artística não poderia ser diferente, como relatou ontem Barbara Gancia em sua coluna ("Coisinha tão bonitinha do pai", Cotidiano, pág. C2, 2/2), mostrando a vergonhosa relação dos artistas com o dinheiro público por meio da Lei Rouanet."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Ética
"O bem articulado artigo "Ética nos negócios", de André Franco Montoro Filho ("Tendências/Debates", 2/2), peca por omitir alguns pressupostos óbvios.
O primeiro deles é o de que a "lei", em geral, é elaborada e imposta pelos mais fortes -desde eras imemoriais. Em certo sentido, a lei é instrumento de opressão, e foi o que levou Thoreau a propor a "desobediência civil" às "leis injustas".
Outro é que a sociedade contemporânea (sobre)vive sob o guante do sistema capitalista, um sistema cruel, desumano e perverso, que admite a existência de classes, mas só defende os interesses de uma delas.
Afinal, de que ética estamos falando? Daquela baseada na Justiça para as pessoas, etnias, povos e nações, ou daquela que sustém a economia de mercado, responsável pela globalização neoliberal, que é a origem do caos, das mazelas e dos sofrimentos que atormentam a humanidade?"
SÉRGIO VLADIMIRO GUIMARÃES (Jaguaquara, BA)

Comprometimento
"Ao término da leitura do artigo de Emerson Kapaz ("Do PAC ao pacto", Dinheiro, 2/2), ficou evidente para mim a necessária união e coalização entre o Estado e os demais atores sociais na busca conjunta de uma saída para o crescimento econômico do país, libertando-nos desse labirinto em que estamos há décadas. Para atingirmos esse objetivo, precisamos de um Pacto de Ação Conjunta ou de um Plano Austero de Comprometimento de toda uma nação."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)

Iemanjá
"Ontem, 2 de fevereiro, "dia de festa do mar...", como cantava Clara Nunes. E os veículos trataram de dois assuntos: de um lado, as oferendas a Iemanjá, na Bahia, e a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, no Rio Grande do Sul; de outro lado, a responsabilidade do homem sobre o aquecimento da Terra.
De um lado, o povo louvando o mar e suas deusas. Do outro, a humanidade provocando um aquecimento que compromete diretamente o nível das águas. Ou seja: acendo velas para as divindades me protegerem do estrago que eu próprio causei.
E ninguém ensina essa gente toda que não existe acaso, que não existe azar, que não existe destino, que não existe urucubaca. Somos a soma de cada um de nossos atos."
MÁRCIA MENDES RIBEIRO (Curitiba, PR)

Privatizações
"Em janeiro, a ministra Dilma Rousseff suspendeu os editais de concessão de trechos das rodovias federais alegando que o lucro das empresas seria excessivo. Tal medida, inédita no país, surpreendeu a todos. Já aqui em São Paulo, a surpresa foi o ex-governador Cláudio Lembo haver prorrogado, na undécima hora, os contratos das empresas que exploram -em todos os sentidos- as rodovias locais com pedágios escorchantes."
ANTONIO CARLOS GUEDES CHAVES (Campinas, SP)

Contas cariocas
"A reportagem "Rosinha deixa R$ 1,48 bi para Cabral pagar" (Brasil, 1º/2) não retrata o conteúdo da apuração feita pelo repórter.
Procurado pelo jornalista, afirmei que a dívida que a governadora Benedita da Silva deixara para Rosinha Matheus não havia sido de apenas R$ 1,7 bilhão, pois havia também o 13º salário do funcionalismo e as parcelas não pagas da dívida do Estado com a União, o que totalizava mais de R$ 2,7 bilhões. Ao leitor, é preciso que se esclareça que a diferença não foi de apenas R$ 300 milhões, como dá a entender a reportagem, e sim de quase R$ 1 bilhão.
Parabéns, porém, ao jornalista por ter esclarecido que, com essa performance, Rosinha atendeu à Lei de Responsabilidade Fiscal."
FERNANDO PEREGRINO, ex-secretário de Estado do governo Rosinha Matheus (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação - Segundo o TCE, o governo que antecedeu Rosinha Matheus, gestão de Anthony Garotinho e Benedita da Silva, não pagou o 13º salário do funcionalismo público (R$ 676 milhões) e as dívidas com a União, num total de R$ 2,716 bilhões. Mas, para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que conta são os chamados restos a pagar, de R$ 1,483 bilhão.

Taiwan
"A Embaixada da República Popular da China na República Federativa do Brasil notou que o caderno Turismo da Folha de 1º/2 publicou fotos e artigos sobre história, cultura, cidade e turismo de Taiwan. E esses artigos trataram erroneamente Taiwan como "país". Achamos que seja necessário explicar aos leitores a posição séria e justa do governo da China sobre a questão de Taiwan, por meio do próprio jornal.
Taiwan tem sido uma parte inalienável do território da China desde as antigüidades. Segundo registros dos documentos históricos, os primeiros atos de desbravar e cultivar charnecas em Taiwan, realizados por militares e civis do continente chinês, podem remontar a até 1.700 anos atrás.
Às vésperas da fundação da República Popular da China, em 1949, o grupo do Kuomintang (Partido Nacionalista), chefiado por Chiang Kai-shek, se retirou do continente e se refugiou em Taiwan, originando um estado de separação interino com o continente pátrio. Em outubro de 1971, a 26ª Assembléia Geral da ONU aprovou a resolução 2.758, que expulsou representantes das autoridades de Taiwan do sistema da ONU, formada pelos países soberanos, e restituindo o posto e todos os direitos legítimos à República Popular da China.
Atualmente, 169 países, inclusive o Brasil, os Estados Unidos e o Japão, estabeleceram relações diplomáticas com a China, reconhecendo o governo da República Popular da China como único governo legítimo da China."
SHANG DELIANG, conselheiro de assuntos de imprensa da Embaixada da República Popular da China (Brasília, DF)

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