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Campanha
"Mais uma vez, Lula e sua candidata fazem propaganda eleitoral
antecipada. E já conheço esse caminho. Os partidos de oposição entram com representação na Justiça
Eleitoral, mais uma vez o presidente paga (pagará?) aquela multa irrisória e, logo, logo, estará participando de novos comícios faraônicos e
ilegais. Simples assim.
Será que sou a única pessoa que
percebe que multar o presidente
não significa nada? Será que ninguém vê que o que ele paga (paga?)
de multa hoje não é nada perto dos
frutos que colherá com mais quatro
ou oito anos no poder?
Acho que a solução para acabar
com essa pseudodemocracia está
bem além de chorinhos na Justiça."
ISA FERREIRA CARVALHO (São Paulo, SP)
"Começam, ou melhor, recomeçam as hipocrisias das campanhas
políticas. Mercadante, Dilma e
Marta Suplicy em um bar comendo
pastéis. É tão fingida a cena que parece que os pastéis já vieram com a
mordida pronta e eles só encenam.
Passam anos e anos em seus gabinetes com ar condicionado e agora
fingem proximidade com o povo.
Não inventaram uma outra máscara ainda?"
AGNELO CAMPOS (Pirangi, SP)
Grande política
"O artigo de ontem de Eliane
Cantanhêde ("Direita, volver!", Opinião) aborda alguns aspectos de direita e esquerda que se perderam
no passado.
Cabe à grande política identificar
as demandas sociais, plurais e diversas, expressadas legitimamente
por seus vetores representativos, e
decidir como dimensionar e utilizar
os recursos públicos.
No caso brasileiro, a política é rasteira, não temos
um plano para a nação, e os partidos
não representam, nem se propõem
a representar, os anseios dos diferentes vetores sociais. Apenas querem cumprir a mínima legalidade
para conquistar e barganhar cargos,
vender seu apoio a quem pagar mais
e dar a compensação aos financiadores de campanhas.
Nossos pseudorrepresentantes
legislam em causa própria para aumentar suas facilidades e reforçar a
carcaça de impunidade."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP )
Petrobras
"A PF informou que nova fraude
causou um rombo de R$ 1,4 bilhão
na Petrobras (Brasil, ontem).
A investigação mostra que houve
acerto entre as empreiteiras, participação indireta delas na elaboração dos editais e combinação de
quais levariam qual obra e como seriam pagos os "por fora" dos sobrepreços (quem os teria recebido?
Aqui ou em paraísos fiscais? Teria
sido a oposição?).
Essas manobras se repetem, segundo a mídia, e nem Judiciário
nem as CPIs punem os culpados.
E nós, cidadãos, que somos os
reais donos das estatais, não temos
a quem reclamar."
MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP)
Igreja
""Muito bonito" a igreja (CNBB)
se manifestar contra a decisão do
STJ no caso da adoção de crianças
por casais do mesmo sexo.
E, coincidentemente, na mesma
semana, ficamos conhecendo as
"otoridades" que assassinaram o
motoboy negro na zona norte de
São Paulo e a "otoridade" que torturava um bebê de dois anos em Ipanema, no Rio de Janeiro. E sobre
esses dois casos não vi nenhuma palavra de indignação da CNBB.
Minha conclusão pessoal é que
incomoda mais à Igreja Católica a
sexualidade dos seres humanos do
que a sua crueldade."
ANETTE FUKS (São Paulo, SP)
"Dou o meu absoluto apoio às incisivas declarações do vigário da
Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, Antônio Aparecido Pereira, em relação ao discurso do presidente do Tribunal de
Justiça de São Paulo sobre religiosos envolvidos em casos de pedofilia (Cotidiano, 1º/5).
É certo que o momento exige reflexão e humildade dentro da igreja, sobretudo nos escalões superiores. Mas ninguém pode generalizar
o erro, acusando todos os padres de
cometerem o mesmo descalabro.
Isso não seria justo."
FRANCISCO RÉGIS (São Paulo, SP)
Diabo
"O colunista Carlos Heitor Cony,
em sua crônica de ontem ("O diabo
no espaço", Opinião), não poderia
estar mais certo.
Decepcionado com a ousada atitude do ser humano, que está tomando o seu lugar, o capeta resolveu procurar outras plagas para
não correr o risco de ficar sem ter o
que fazer.
De fato, com tantos asseclas ao
seu dispor para acabar com a humanidade (guerras, ódio, fanatismo
religioso, ganância pelo poder, destruição ambiental etc.), ele deve estar muito orgulhoso -ou enojado
com aqueles que querem tirá-lo de
seu ofício."
RICHARD ZAJACZKOWSKI (Francisco Beltrão, PR)
Meninos da Vila
"Em relação ao artigo do presidente do Santos Futebol Clube,
Luis Alvaro Oliveira Ribeiro ("Como segurar os Meninos da Vila",
"Tendências/Debates", ontem), não
vou falar como santista apaixonado
que sou, mas como brasileiro.
O senhor Ribeiro é um empresário de verdade, que pensa no país.
A sua proposta de manter aqui no
Brasil os craques, fazendo com que
os "parceiros" arquem com parte
dos salários dos jogadores, é revolucionária. Não é justo que esses parceiros apenas recolham os louros
na hora da venda.
O Brasil não pode continuar colonizado. O futebol é um patrimônio
nacional, e os jogadores têm o seu
papel no desenvolvimento da nação. Eles têm de ser formados para
ficar no país, e não para ser objeto
de exportação.
Esse artigo renovou o meu orgulho de ser santista e brasileiro."
FERNANDO ANTÔNIO DE LIMA, juiz de direito em
Ilha Solteira (Santa Fé do Sul, SP)
"O senhor Luis Alvaro Oliveira
Ribeiro apenas se esqueceu de salientar que, das receitas auferidas
pelos clubes (bilheteria/patrocínios), os "parceiros" não recebem
absolutamente nada. O investimento deles é de risco, assim como
nas Bolsas de Valores.
Só faltava as empresas exigirem
dos acionistas o pagamento dos salários dos empregados com o intuito de obter maior lucratividade e,
assim, poder distribuir polpudos
dividendos."
FLÁVIO BATISTA (São Paulo, SP)
Valores
"Ontem, dia 2 de maio, antes do
jogo final do Campeonato Paulista,
no estádio do Pacaembu, o maestro
João Carlos Martins regeu o Hino
Nacional.
Sempre apreciei o maestro e muito me compadeci com sua triste
doença. Admirei sua força de vontade, sempre reagindo para superar a
desdita que recaiu sobre ele.
Mas entristeceu-me imensamente a maneira de transformar o nosso
hino em ritmo de batucada, levando
alguns torcedores a ensaiar passos
de samba.
Nossos valores estão em decadência. Devemos preservar o pouco
que nos resta."
MARIA CECILIA MOREIRA LEITE
(São Paulo, SP)
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