São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Campanha
"Mais uma vez, Lula e sua candidata fazem propaganda eleitoral antecipada. E já conheço esse caminho. Os partidos de oposição entram com representação na Justiça Eleitoral, mais uma vez o presidente paga (pagará?) aquela multa irrisória e, logo, logo, estará participando de novos comícios faraônicos e ilegais. Simples assim.
Será que sou a única pessoa que percebe que multar o presidente não significa nada? Será que ninguém vê que o que ele paga (paga?) de multa hoje não é nada perto dos frutos que colherá com mais quatro ou oito anos no poder?
Acho que a solução para acabar com essa pseudodemocracia está bem além de chorinhos na Justiça."
ISA FERREIRA CARVALHO (São Paulo, SP)

"Começam, ou melhor, recomeçam as hipocrisias das campanhas políticas. Mercadante, Dilma e Marta Suplicy em um bar comendo pastéis. É tão fingida a cena que parece que os pastéis já vieram com a mordida pronta e eles só encenam. Passam anos e anos em seus gabinetes com ar condicionado e agora fingem proximidade com o povo. Não inventaram uma outra máscara ainda?"
AGNELO CAMPOS (Pirangi, SP)

Grande política
"O artigo de ontem de Eliane Cantanhêde ("Direita, volver!", Opinião) aborda alguns aspectos de direita e esquerda que se perderam no passado.
Cabe à grande política identificar as demandas sociais, plurais e diversas, expressadas legitimamente por seus vetores representativos, e decidir como dimensionar e utilizar os recursos públicos.
No caso brasileiro, a política é rasteira, não temos um plano para a nação, e os partidos não representam, nem se propõem a representar, os anseios dos diferentes vetores sociais. Apenas querem cumprir a mínima legalidade para conquistar e barganhar cargos, vender seu apoio a quem pagar mais e dar a compensação aos financiadores de campanhas.
Nossos pseudorrepresentantes legislam em causa própria para aumentar suas facilidades e reforçar a carcaça de impunidade."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP

) Petrobras
"A PF informou que nova fraude causou um rombo de R$ 1,4 bilhão na Petrobras (Brasil, ontem). A investigação mostra que houve acerto entre as empreiteiras, participação indireta delas na elaboração dos editais e combinação de quais levariam qual obra e como seriam pagos os "por fora" dos sobrepreços (quem os teria recebido? Aqui ou em paraísos fiscais? Teria sido a oposição?).
Essas manobras se repetem, segundo a mídia, e nem Judiciário nem as CPIs punem os culpados. E nós, cidadãos, que somos os reais donos das estatais, não temos a quem reclamar."
MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP)

Igreja
""Muito bonito" a igreja (CNBB) se manifestar contra a decisão do STJ no caso da adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
E, coincidentemente, na mesma semana, ficamos conhecendo as "otoridades" que assassinaram o motoboy negro na zona norte de São Paulo e a "otoridade" que torturava um bebê de dois anos em Ipanema, no Rio de Janeiro. E sobre esses dois casos não vi nenhuma palavra de indignação da CNBB.
Minha conclusão pessoal é que incomoda mais à Igreja Católica a sexualidade dos seres humanos do que a sua crueldade."
ANETTE FUKS (São Paulo, SP)

"Dou o meu absoluto apoio às incisivas declarações do vigário da Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, Antônio Aparecido Pereira, em relação ao discurso do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo sobre religiosos envolvidos em casos de pedofilia (Cotidiano, 1º/5). É certo que o momento exige reflexão e humildade dentro da igreja, sobretudo nos escalões superiores. Mas ninguém pode generalizar o erro, acusando todos os padres de cometerem o mesmo descalabro. Isso não seria justo."
FRANCISCO RÉGIS (São Paulo, SP)

Diabo
"O colunista Carlos Heitor Cony, em sua crônica de ontem ("O diabo no espaço", Opinião), não poderia estar mais certo.
Decepcionado com a ousada atitude do ser humano, que está tomando o seu lugar, o capeta resolveu procurar outras plagas para não correr o risco de ficar sem ter o que fazer.
De fato, com tantos asseclas ao seu dispor para acabar com a humanidade (guerras, ódio, fanatismo religioso, ganância pelo poder, destruição ambiental etc.), ele deve estar muito orgulhoso -ou enojado com aqueles que querem tirá-lo de seu ofício."
RICHARD ZAJACZKOWSKI (Francisco Beltrão, PR)

Meninos da Vila
"Em relação ao artigo do presidente do Santos Futebol Clube, Luis Alvaro Oliveira Ribeiro ("Como segurar os Meninos da Vila", "Tendências/Debates", ontem), não vou falar como santista apaixonado que sou, mas como brasileiro.
O senhor Ribeiro é um empresário de verdade, que pensa no país. A sua proposta de manter aqui no Brasil os craques, fazendo com que os "parceiros" arquem com parte dos salários dos jogadores, é revolucionária. Não é justo que esses parceiros apenas recolham os louros na hora da venda.
O Brasil não pode continuar colonizado. O futebol é um patrimônio nacional, e os jogadores têm o seu papel no desenvolvimento da nação. Eles têm de ser formados para ficar no país, e não para ser objeto de exportação.
Esse artigo renovou o meu orgulho de ser santista e brasileiro."
FERNANDO ANTÔNIO DE LIMA, juiz de direito em Ilha Solteira (Santa Fé do Sul, SP)

"O senhor Luis Alvaro Oliveira Ribeiro apenas se esqueceu de salientar que, das receitas auferidas pelos clubes (bilheteria/patrocínios), os "parceiros" não recebem absolutamente nada. O investimento deles é de risco, assim como nas Bolsas de Valores. Só faltava as empresas exigirem dos acionistas o pagamento dos salários dos empregados com o intuito de obter maior lucratividade e, assim, poder distribuir polpudos dividendos."
FLÁVIO BATISTA (São Paulo, SP)

Valores
"Ontem, dia 2 de maio, antes do jogo final do Campeonato Paulista, no estádio do Pacaembu, o maestro João Carlos Martins regeu o Hino Nacional.
Sempre apreciei o maestro e muito me compadeci com sua triste doença. Admirei sua força de vontade, sempre reagindo para superar a desdita que recaiu sobre ele. Mas entristeceu-me imensamente a maneira de transformar o nosso hino em ritmo de batucada, levando alguns torcedores a ensaiar passos de samba.
Nossos valores estão em decadência. Devemos preservar o pouco que nos resta."
MARIA CECILIA MOREIRA LEITE (São Paulo, SP)

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