São Paulo, sábado, 03 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Medicina alternativa
"Muito ruim o artigo de Ottaviano de Fiore ("Enfim, uma iniciativa esclarecida", 1º/6). Tentando ser irônico, o sociólogo confunde os leitores, colocando todas as chamadas medicinas alternativas num mesmo patamar. É preciso deixar claro que a homeopatia, a acupuntura e a fitoterapia -exercidas com seriedade e nos limites de seus campos de atuação- são efetivos procedimentos complementares à medicina convencional e são diferentes das terapias meramente lastreadas na cultura popular, praticadas por profissionais sem qualificação."
ROGÉRIO PIRES , médico (São Paulo, SP)

Diploma
"Estudei na mesma universidade que a nutricionista Elaine Chun ("Diploma distante", Empregos, 28/5). Essa universidade é renomada por seu alto padrão. Em 1998, fui diplomada em medicina. Depois me especializei em obstetrícia e ginecologia -sou membro do "Royal College of Obstetrics and Gynaecology". Após cinco anos praticando medicina na Inglaterra e um ano em Serra Leoa, com os Médicos Sem Fronteiras, estou há dois anos tentando revalidar meu diploma, com o que já gastei mais de R$ 2.000 com a documentação requerida."
ANITA E. MAKINS , Taunton & Somerset Hospital (Somerset, Inglaterra)

Política
"De acordo com Carlos Heitor Cony ("O futuro de Lula", Opinião, 30/5), Pinheiro Machado tinha a política federal como jogo de várzea. Preferia a política da província e "desdenhava a Presidência da República, preferindo continuar soba (sic) dos gaúchos". E "despachou Getúlio Vargas para o Ministério da Fazenda no governo de Washington Luís. Guardou para si o poder estadual e livrou-se do rival". Ignorância crassa de nossa história recente: Pinheiro Machado foi assassinado em 1915, e o governo de Washington Luís começou 11 anos depois, em 1926. Pinheiro Machado foi senador da República por 25 anos, desde 1890 até o ano de sua morte, o que contraria a afirmação de Cony de que desprezava a atuação política no nível federal e a preferia no nível provincial. Ao qualificar Pinheiro Machado como "soba dos gaúchos por mais de 30 anos", Cony insulta a memória de um dos maiores políticos de nossa história e insulta os gaúchos ao atribuir-lhes, ainda no século passado, status de sociedade primitiva e tribal, submissa a régulos. É uma pena, não é possível continuar tentando levar Cony a sério."
LUIZ OSCAR DE MELLO BECKER (Porto Alegre, RS)

Resposta do jornalista Carlos Heitor Cony - O leitor tem razão. Quem disse que o poder federal é a sobremesa da política nacional foi Borges de Medeiros, este, sim, um soba que governou o RS por quase 30 anos e mandou Vargas para o Rio a fim de ficar livre dele. A frase textual está no meu livro "Quem matou Vargas" (Planeta, 2004). No mais, eu também não me levo a sério

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Timor
"Gostaria de apresentar meu protesto em relação à reportagem "Rixas étnicas e políticas racham país" (Mundo, 31/5). Por ter integrado a missão de professores brasileiros naquele país pelo MEC-Capes, fui ouvida pelo jornalista João Batista Natali. Na entrevista, afirmei, efetivamente, que havia rivalidades em Timor Leste e mencionei também a extrema miséria do povo timorense. Sobre divergências políticas, falei pouco. Citei que a cooperação cubana na ilha, nas áreas médica e educativa, até poderia contrariar os interesses de investidores estrangeiros pró-americanos. Porém de modo nenhum disse que "havia muitos pontos de divergência, um deles era o papel que Cuba passou a ter no governo", mesmo porque Cuba não tinha e não tem papel nenhum no governo timorense -tem apenas cooperação nas áreas médica e educativa. Em nome da respeitabilidade de meu trabalho, não posso aceitar que me atribuam reflexões levianas ou sem fundamento como essa."
MARIA INÊS AMARANTE , pesquisadora e comunicóloga (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista João Batista Natali - A missivista forneceu as informações que procura agora negar. Disse ainda que, "dentro de uns quatro meses", será possível saber se a presença cubana no Timor Leste foi uma das causas da atual crise desencadeada pela divisão na área militar.

Pesquisa
"Em relação ao artigo "Pesquisa científica corre risco em SP", dos professores Glauco Arbix e Mário Sergio Salerno ("Tendências/Debates", 31/ 5), cumpre esclarecer o ponto em questão (parágrafo 1º do artigo 6º). Houve a apresentação de 93 emendas ao projeto enviado pelo Executivo paulista à Assembléia Legislativa, inclusive emenda de supressão do referido parágrafo, com a anuência desta pasta. O projeto, portanto, está sendo aperfeiçoado. Tanto os deputados como os pesquisadores do Estado de São Paulo estão atentos. Assim, a pesquisa científica em São Paulo não corre nenhum risco. Cabe reiterar que o Projeto de Lei de Inovação introduz elementos novos em relação à lei federal, como o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. Sua aprovação é ferramenta importante para o avanço ainda maior do conhecimento cientifico no Estado."
SÉRGIO QUEIROZ, coordenador de Ciência e Tecnologia da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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