São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Cansei
"Na condição de cidadão brasileiro, decidi apoiar o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, independentemente de questões ideológicas, partidárias ou políticas.
O movimento é uma manifestação pacífica e equilibrada de cidadania e solidariedade, liderado pela OAB-SP. Meu apoio, como empresário e representante das associações Lide, Lidem e JLide, está alinhado com o direito à liberdade de expressão, de forma sincera e democrática.
Reafirmo o direito de expressar meu ponto de vista, sem com isso confrontar, acusar, retaliar ou ofender quem quer que seja. Sou filho de um deputado federal cassado pela ditadura militar em abril de 1964.
Fui exilado com meu pai. E com ele aprendi a importância do respeito à opinião, à luta pelos ideais, e pelos valores da vida.
Não sou contra o governo, nem contra partidos, nem contra políticos. Sou a favor do Brasil. Sou a favor de uma nação mais justa e solidária."
JOÃO DORIA JR. (São Paulo, SP)

"O sr. Doria, a OAB-SP e outros grupos deveriam seriamente pensar no que pode advir de sua "patriótica" campanha "Cansei". Estão provocando uma perigosa divisão de classes, com desfecho imprevisível.
Causa-me espanto que a OAB-SP -que deveria ser a defensora da lei e da ordem- assuma irresponsavelmente essa bandeira! Onde estavam essas mesmas pessoas quando o dólar alcançou altos patamares, quando foi preciso recorrer ao FMI para não afundar o Real, quando as reservas nacionais estavam praticamente zeradas, quando foi nulo o investimento em cultura, esportes, energia, estradas, salários etc.? Estavam de férias na Europa? Por favor, não venham dizer que o movimento não tem conotação política, o que seria uma ofensa! "Não espero que enalteçam minha inteligência, mas, por favor, não superestimem a minha burrice'!"
DANIELA MUSIELLO DE SANTI (Balneário Camboriú, SC)

"Li, com atenção, a entrevista do presidente da Philips no Brasil, Paulo Zottolo (Brasil, 2/8). Ao final, ele afirma que gostaria de derrubar conceitos como pobre-rico. Percebo, no Brasil, uma certa pobreza conceitual e de formação cultural de grandes empresários, que se agrava de ano para ano. Nossa elite empresarial é desprovida de estudo mais refinado. Para exemplificar tal postura simplória, perguntaria ao senhor Paulo Zottolo: como pretende acabar com o conceito de pobre-rico? Por decreto?
Com a apresentação de um proposta mais conseqüente de distribuição de renda no quarto país com pior distribuição de renda do mundo? Propondo que os ricos se transfiram para outro país? Fico envergonhado com tal ingenuidade ou má-fé."
RUDÁ RICCI (Belo Horizonte, MG)

"Parabéns a Paulo Zottolo. Entrevista inteligente, rara e oportuna. Eu também "Cansei"."
BERENICE BERTOLDI (Curitiba, PR)

Crítica
"Não bastasse a quase acusação aos pilotos na manchete da edição da Folha de 1º/8, qual a minha surpresa ao ler a manchete de Turismo de 2/8: "Balança, mas não cai", sobre cruzeiros marítimos. Humor negro tem seus momentos, mas não acredito que essa seja a melhor hora para tal, ainda mais num jornal que se diz o maior do país."
FRANCISCO HIDALGO MARTINS (Jundiaí, SP)

Acidente aéreo
"Foi só ocorrer o acidente com o Airbus da TAM que todos os envolvidos na CPI do Apagão Aéreo passaram a só investigar as causas do referido desastre. Não há órgãos competentes para fazer isso? Se não tivesse sido instalada a tal CPI, quem investigaria? Para onde iriam os dados das caixas-pretas? O que estamos vendo, na minha modesta opinião, é que os deputados e senadores querem é aparecer a troco da desgraça alheia."
ELIOMAR GOMES DE SOUZA (Botucatu, SP)

"Foi publicado na Folha: "a pista tá molhada e escorregadia'; "só tem um reverso'; "spoiler: nada'; "desacelera, desacelera: não dá..'; "vira, vira: não dá", "o pedal dos freios não tá conseguindo parar" etc. Cheguei à conclusão, sem ser um "expert" no assunto, que a falha dos pilotos foi terem decolado com o Airbus lotado e no limite da sua capacidade de peso. E ponto."
SÉRGIO COUTINHO (Belo Horizonte, MG)

"Cada vez que o noticiário insiste em trazer imagens do trágico acidente com o avião da TAM, eu me revolto, choro e fico, mais e mais, descrente de que este país tem jeito, que pode realmente mudar, que pode se humanizar. Gostaria de falar com otimismo. Entretanto, quando se aproveita a dor, o sofrimento, a ausência, para não assumir a responsabilidade sobre um ato que é só seu, é para desesperar. Como aceitar que 16 dias após um acidente de tão grandes proporções já se tenha o resultado do acontecido: "o culpado é..." ou "os culpados são...'; bate-se o martelo e dá-se o caso por encerrado, com a promessa de pagar, na íntegra, as indenizações."
ZULEIDE BLANCO RODRIGUES (Barueri, SP)

Greve no Metrô
"Será que os prejudicados pela greve dos metroviários em São Paulo sabem o motivo pelo qual ficaram sem transporte? E, se soubessem, será que poderiam entregar o que os metroviários querem?
Há um claro equívoco nesse tipo de manifestação que agride a população sem que ela possa se defender. O desafio dos metroviários é encontrar alternativas de protesto que punam quem tem negado os direitos da categoria. A população que depende do transporte público como única alternativa para se locomover com certeza não é esse alguém."
ERIC F. GONÇALVES (São Paulo, SP)

Previdência
"Muito oportuno o artigo de Eduardo Fagnani e José Celso Cardoso Jr. ("Tendências/Debates", 2/ 8) sobre os mitos sobre o déficit da Previdência. Não suporto mais ouvir principalmente empresários tratando a Previdência Social como "gasto". A Constituição de 1988, mesmo com seus problemas crônicos, fez justiça ao incluir vários segmentos sociais, como os trabalhadores rurais, no sistema previdenciário. O que os "entendidos" propõe? A privatização do sistema?
Quem será que vai ganhar com isso? Da imensa carga tributária que pago por pertencer à classe média, a parcela mais bem gasta é com a previdência."
FÁBIO SAMPAIO MARQUES (Mogi-Guaçu, SP)

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