 São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2004 |
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PAINEL DO LEITOR Eleições 2004 "Como presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o senhor Arselino Tatto nunca poderia dizer que defenderá com muita força a extinção das taxas de lixo e de luz já em 2005. Primeiro, porque não se sabe como estão as finanças do município, uma vez que a atual gestão fez vários gastos desnecessários -como a contratação de funcionários do PT sem concurso. Como se pode observar, os petistas não sabem perder." Vladimir Soares (São Bernardo do Campo, SP)  "Perplexa, deparei com o espaço dado por esse jornal a seis senhoras endinheiradas, bem-instaladas e alienadas dos verdadeiros problemas que afligem a cidade da qual dizem gostar. Formaram o coro das pessoas incapazes de ver que, neglicenciar à população carente transporte, alimentação, saúde e moradia digna, favorece a explosão de bolsões de violência. A Folha deveria também dar a seis moradoras da periferia que precisam ralar para ganhar o seu sustento o mesmo espaço dado a essas seis dondocas dos jardins." Marlene Reis, funcionária pública aposentada (São Paulo, SP) "O PT está colhendo os amargos frutos da traição aos seus eleitores. Lula traiu o funcionalismo público federal, que havia sido decisivo para sua eleição. Só está tendo "sucesso" porque continua a política de FHC, a mesma que condenava quando queria nossos votos. Apesar de achar péssima a administração de Marta, acho que, em parte, a sua derrota se deve a Lula e ao PT. Ela foi também vítima disso." Heloisa Fuller, funcionária pública federal (São Paulo, SP) Eleição nos EUA "Atenta contra a inteligência do leitor o artigo "Ante os olhos de cabra cega" ("Tendências/Debates", 2/11), assinado por Olavo de Carvalho. Afronta vil e levianamente contra as imprensas americana e brasileira e contra os eleitores de ambos os países. Em sua linha, apenas Bush e seu séquito são os eleitos que vêem com clareza os problemas dos americanos, dos iraquianos, dos brasileiros, enfim, do mundo. Gostaria de dizer ao autor do artigo que "inteligências" assim já garantiram no poder fascistas, nazistas, ditaduras militares e invasões em países soberanos que têm fronteiras definidas. "Pensadores" desse tipo são inconsistentes e estão obsoletos, ainda mais num jornal que tem colunistas e jornalistas do porte de Clóvis Rossi, Sérgio Dávila e Fernando Rodrigues, entre outros." Thaelman Carlos M. de Almeida (São Paulo, SP) Verão "Mais um horário de verão, prejudicando os que moram em periferias sem conforto, cada vez mais longe dos locais de trabalho. Muitos trabalhadores, depois de noites calorentas e mal dormidas sob o zumbido de mosquitos, acordam uma hora antes do seu horário natural. Como sempre, não faltarão reportagens com "mauricinhos" e "patricinhas" contemplando o pôr-do-sol no Arpoador, mas jamais noticiando as desvantagens daqueles sem horizonte." Antonio Francisco da Silva (Rio de Janeiro, RJ) Programa nuclear "Dizendo que o "programa nuclear do Brasil assusta o planeta" e que o "país pode desenvolver tecnologia e vendê-la para o "eixo do mal", o polêmico e mal-intencionado jornalista Larry Rohter sugere no "New York Times" que o mundo está preocupado com o Brasil. Acho que o "NYT" deveria enviá-lo a Israel para que ele fizesse uma reportagem a respeito do acesso que a Agência Internacional de Energia Atômica tem ao programa nuclear daquele país. Sugeriria ainda que fizesse uma entrevista com o recém-liberado senhor Mordechai Vanunu, que foi seqüestrado na Europa há mais ou menos duas décadas pelo serviço secreto israelense e colocado na prisão por ter denunciado a fabricação de armamento nuclear por Israel." José Luiz Fasciolo, jornalista e mestrando na Universidade de Londres (Londres, Inglaterra) Dona Maria e a ciência "Os pesquisadores temos sido muito treinados para fazer relatórios técnicos para as agências financiadoras e muito pouco -ou nada- para passar mensagens claras aos cidadãos que pagam os impostos e que, supostamente, são os beneficiários das nossas pesquisas. Em todo o mundo, existe uma conscientização de uma maior e crescente necessidade de levar ao público o que está sendo feito e discutido em termos de ciência. No Brasil, praticamente o total da ciência é financiada pelos cofres públicos, o que nos obriga mais ainda a dar satisfação às "donas Marias". Tem razão o jornalista Marcelo Leite ("Mensagem para dona Maria", Mais!, 31/10) ao dizer que a população deve participar do debate sobre os rumos e as realizações da ciência. Ao pesquisador da Embrapa que declarou não ter mensagem nenhuma para a dona Maria, faltou reconhecer que é por incapacidade que não pôde fazê-lo." Maria José Hötzel, pesquisadora do Laboratório de Etologia Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (Florianópolis, SC) Transportes "Em relação à reportagem "Subutilizada, linha 5 do metrô dá prejuízo de R$ 2,8 mi por mês" (Cotidiano, 27/10), sobre a linha 5 (lilás) do metrô e a linha C da CPTM, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos faz as seguintes observações: É importante ressaltar que a linha 5 (Capão Redondo - Largo Treze) foi considerada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento BID (que financiou parcialmente a obra) um dos melhores projetos de inclusão social, particularmente por ter sido imbuído do conceito de prover transporte de alta qualidade na região sul, identificada, à época, como uma das mais carentes de serviços no município de São Paulo. A linha C, que liga Osasco a Jurubatuba (Santo Amaro), é a linha que vem apresentando o maior crescimento de demanda de todo o sistema da CPTM. Mantendo a tendência observada nos últimos anos, a linha C continua aumentando o número de passageiros transportados. De janeiro a setembro deste ano, teve elevação de 13,9% na demanda diária de usuários, chegando a transportar cerca de 93 mil usuários por dia. Com a integração de 15 linhas intermunicipais (que será concluída neste mês), o número de usuários transportados, tanto na linha 5 como na C, continuará crescendo. Após a integração de oito linhas, a demanda diária na linha 5 subiu de 22 mil para 34 mil usuários. Neste mês, serão integradas mais sete linhas intermunicipais. Um dos fatos que poderiam contribuir para aumentar a demanda de passageiros na linha 5 (e conseqüentemente da linha C) é a integração com os ônibus municipais, o que não aconteceu porque a prefeitura não cumpriu o acordo feito com o Estado." Ana Maria Ribeiro, assessora de imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP) Texto Anterior: Ruy Martins Altenfelder Silva: Inovar para desenvolver Próximo Texto: Erramos Índice |
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