São Paulo, domingo, 03 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Anistia
"A Lei de Anistia foi um estonteante erro, por mais útil que tenha sido para restabelecer a democracia no Brasil, pois ela continuou a julgar como criminosos, perdoados, as pessoas que na verdade eram vítimas. O perdão às forças policiais e militares torturadoras não foi concedido pelo povo, e sim pelos próprios mandantes da barbárie, o que transforma a Lei de Anistia em instrumento de continuísmo político."
WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)
 

"Com todo o respeito ao grande Hélio Bicudo, o professor Tercio Sampaio Ferraz Junior leu a Lei de Anistia com olhos de advogado ("Tendências/Debates", 2/12). Bicudo, porém, leu a lei com olhos de militante, pois é inequívoco que os dois parágrafos mencionados por Tercio se aplicam só aos militares. Foi a pressão política à época que estendeu o benefício aos ativistas de esquerda."
AYRTON FREIRE JUNIOR (São Paulo, SP)

Crescimento
"O presidente Lula falou que está pensando no crescimento dos próximos quatro anos. Se estamos vivendo um momento tão ruim, por que não pensar no crescimento do país já? Esse é o PT. Esse é o nosso presidente. O país está tão bem que não precisamos pensar no presente. E sim só no futuro."
CELSO HIROMI YAMADA (Santo André, SP)

 

"Não sou petista nem defendo o atual governo, mas ver o sr. Luiz Carlos Mendonça de Barros criticar o governo Lula parece briguinha de comadre ("O crescimento do PIB", Dinheiro, 1/12). O nobre colunista simplesmente ataca o governo atual, comparando os dados publicados do PIB com o do governo FHC. Mas não nos esqueçamos que esse mesmo colunista foi membro ativo do governo tucano e, em nenhum momento, pensou em tirar da cartola as idéias que hoje defende. Agora a desculpa é que o cenário naquela época travou o crescimento. O Chile passou pelo mesmo período com crescimento médio muito superior ao nosso. Será que o problema era o cenário externo ou política de juros exorbitantes do governo tucano? O problema desse país é que a estagnação econômica parece ter drenado a capacidade de apresentar idéias originais para o crescimento da economia."
FABRÍCIO ROCHA E SILVA (Campo Grande, MS)

Teto alto
"Nesse momento em que o Judiciário briga por aumento salarial -e com o Legislativo no "vácuo'- bem como pela criação de imorais jetons, fica mais do que comprovado que, no Brasil, o teto de alguns "é mais em cima'!"
OLENTINO LIMA DE OLIVEIRA (Foz do Iguaçu, PR)

Ambiente
"A entrevista da ministra Marina Silva é um divisor de águas no debate equivocado sobre o crescimento econômico ("Meio ambiente não é o vilão do crescimento", Ciência, 1/12). Ela aponta um caminho claro e, ainda, de lambuja, dá o tom para salvar o governo Lula de um desastre total."
CAIO MAGRI (São Paulo, SP)

 

"O ambiente -ao invés de empecilho- deveria ser o estímulo para o surgimento de iniciativas que superem tanto a exploração predatória de nossos recursos finitos quanto a perpetuação de nossas desigualdades. Não precisamos de qualquer crescimento econômico: crescimento qualificado e duradouro só ocorre quando a educação capacita para novas oportunidades e atividades. Devemos sempre nos perguntar: qual o preço que nossos filhos pagarão por essa ou aquela licença ambiental? A tomada de decisões corretamente informadas para a geração do desenvolvimento sustentável pode ocorrer através de relações sistemáticas entre universidades, empresas, governo e sociedade."
CARLOS FERNANDO COLLARES (São Paulo, SP)

Incor
"Têm razão os dois leitores do "Painel do Leitor" (Tomas Aquino Guimarães, em 27/11, e Paulo Maluf, em 30/11) sobre o Incor 2. O Incor 2 só sairá das dificuldades financeiras se pessoas físicas e jurídicas fizerem contribuições. As pessoas jurídicas que contribuíram com dezenas de milhões para as campanhas de políticos poderiam até mais modestamente ajudar o Incor. O Incor 2 estabeleceu-se em Brasília para atender deputados, senadores e outros políticos lá sediados. Poderiam, perfeitamente, doar mil reais por mês, que em nada pesaria em seus ganhos."
MARCOS CALIXTO (São Paulo, SP)

Oriente Médio
"Há seis anos, os civis da cidade de Sderot são alvo diário de mísseis palestinos. Desde que Israel devolveu Gaza, esse território é base de ataques diários aos habitantes do Negev. Forças israelenses mataram por engano 19 palestinos e pediram desculpas. Israel é definido como agressor. Palestinos não reconhecem a existência de Israel, mas continuam atacando e condenando esse país. Conclusão: a realidade que a mídia retrata é parcial e omite os fatos acima mencionados. Isto é: vê tudo de acordo com os interesses árabes, condenando e não reconhecendo o Estado de Israel. Os palestinos não reconstruíram Gaza, não querem dialogar, preferem a guerra, não a paz."
ANDRE KARAGUILLA (São Paulo, SP)

Bienal
"Enfim, a Folha, com um certo atraso, traz ao leitor, em uma mesma edição (2/12), uma diversidade do olhar crítico sobre a Bienal, levantando a questão ética-estética. Vemos a ética diluir-se na crise da modernidade -ou pós-modernidade. Há um abismo entre o discurso e a prática, em todas as áreas de atuação, percebidas facilmente no dia-a-dia. Entretanto, o que é verdadeiro para a ética -talvez pelo predomínio do olhar na questão do que é belo-, parece não ser para a estética. Fato é que a não-estética, fruto da ruptura ética, passou a ser a própria estética na pós-modernidade, o que a curadoria da Bienal soube captar na criação artística, levando as obras ao público. Cabe à mídia levar o debate ao público, como faz a Folha na citada edição."
CARLOS PESSOA ROSA (Atibaia, SP)

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