São Paulo, segunda-feira, 04 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Cartões corporativos
"Como se vê, a facilidade dos cartões corporativos implica, necessariamente, permanente fiscalização. Sempre existirão pessoas, principalmente aquelas com sede de poder acumulada, que acreditam piamente no antigo aforismo: aproveitar, enquanto Braz é tesoureiro."
HARLEY PAIVA MARTINS (João Pessoa, PB)
 

"Deputados e senadores desta República, à sinalização de envolvimento em ações não idôneas, renunciam aos seus mandatos para não se tornarem inelegíveis. Não é o caso da ministra Matilde Ribeiro, o que merece nossa consideração. Demitiu-se na preservação da coisa pública, reconhecendo seu erro. Com ela somos concordes. Todas as ações ou esferas que tratam de políticas de inclusão não obtém do Estado o necessário suporte. Haveria de ser uma mulher e negra a suportar sozinha esse ônus? Minha solidariedade a Matilde Ribeiro."
ADRIANA GRAGNANI (São Paulo, SP)
 

"O ministro dos Esportes, Orlando Silva, conforme matéria publicada em 3/2 ("Ministro devolve R$ 31 mil gastos com cartão", Brasil), reivindica que haja um rigor maior na notícia que é publicada, sob o risco de levar a opinião pública a interpretações que maculem a integridade de alguém. Enquanto cidadã, sou ternamente grata à Folha por tomar conhecimento dos atos nebulosos desses políticos que foram eleitos para nos representar e o que fazem, quando assumem o poder, é agir em causa própria, como se a população brasileira não tivesse importância alguma e não merecesse transparência por parte dos políticos na administração dos bens públicos. Dizer que é fácil confundir o cartão corporativo com o de pessoa física, ao utilizar-se do primeiro para pagar as despesas na tapiocaria, é chamar a todos nós, que contribuímos com quase 40% de tudo que ganhamos para os cofres públicos, de perfeitos idiotas."
ROSANE ALVES VALVEZAN (Campinas, SP)

Desmatamento
"A polêmica sobre os dados de desmatamento e os ataques à ministra Marina Silva e ao Inpe indicam o quanto falta para os tomadores de decisões com relação ao desenvolvimento na Amazônia levar em conta o custo ambiental do desmatamento. É o próprio Brasil que perde com a destruição da floresta. A afirmação do presidente, "eu topo brigar com essas ONGs por causa disso. Vão plantar árvore no país deles", funciona apenas como uma tentativa de desviar atenção dos fatos constatados por dois ministérios do próprio governo (Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia), além das ONGs brasileiras e praticamente toda a comunidade científica que lida com o assunto."
PHILIP M. FEARNSIDE , Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, AM)

Carnaval
"Acho que o leitor Claudio Janowitzer ("Painel do Leitor", 2/2) está equivocado quanto a seus conceitos de liberdade de expressão. Considero esplêndidas as revivências históricas promovidas pelas escolas de samba na avenida, mas muita calma nesta hora. Devemos ser espectadores de algo que mostre uma história limpa, coerente com toda a alegria proposta por uma grande manisfestação cultural. Reviver e criticar o holocausto nazista com alegorias suásticas e fantasias hitlerianas não é estar no direito da liberdade de expressão. Que tal a Viradouro criticar o trabalho escravo no país, os altos índices de criminalidade ou a prostituição infantil? São temas que ainda coexistem."
HARRISON RIVELLO (Três Corações, MG)

 

"Senhora Helga Szmuk ("Painel do Leitor", 3/2), com todo o respeito, acredito que ridicularizar é deixar um povo que tem pouco incentivo à educação alheio a um fato histórico tão importante e terrível quanto foi o Holocausto, justamente pela humanidade ter a necessidade de conhecer erros do passado para nunca mais cometê-los no futuro. O desfile das escolas de samba traz essa oportunidade tão "esquecida" pelas autoridades. É óbvio que o Carnaval tem mulatas sambando e camisinhas sendo distribuídas, já que é o preceito dessa festa pagã tão celebrada neste país conhecido pela alegria e hospitalidade."
SIMONE REGINA MEZZALIRA GOMES (Jundiaí, SP)

Violência
"Denis Mizne, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, em carta publicada neste "Painel do Leitor" (31/1), com o escopo de fazer crer ao leitor que o Estatuto do Desarmamento teria sido em grande parte o responsável pela queda dos números de homicídios em São Paulo, distorce a verdade, sendo que a realidade não é bem assim. Não citou os esforços da polícia paulista, que tem agido com rigor e batido recordes de prisões, retirando das ruas gente perigosa e malfeitora que não está nem aí para o tão amado e defendido estatuto que o sr. Denis quer fazer crer "eficiente" e que até agora o que fez, isso sim, foi retirar a arma de fogo do honesto com RG e endereço fixo."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

Educação
"Extraordinário, literalmente, o texto "Educação e Direitos Humanos", de Vernor Muñoz ("Tendências/Debates, 3/2). Escapando de lugares-comuns que submetem a educação às necessidades do "deus-mercado", reconhece e afirma a educação como um caminho para a "construção de valores e conhecimentos" centrados no que é essencial: as pessoas e seu direito à dignidade humana."
TARCÍSIO MAURO VAGO (Belo Horizonte, MG)

Ingmar Bergman
"Confesso que chorei ao ler a resenha sobre o filme de Bergman "Juventude" na Ilustrada ("Filme de 1951 anuncia arte plena de Ingmar Bergman", 3/2). Assisti a esse filme na década de 50 em um cinema que nem existe mais, transformado que foi em supermercado. O filme nunca saiu da minha memória e agora revejo Maj-Britt Nilsson e toda a temática de volta. Muito obrigado por salvar a minha pátria nesse domingo de Carnaval sem graça e sem sensibilidade."
ESDRAS PINTO DA SILVA (São Paulo, SP)

Cidade do Rio
"Como moradora do Rio de Janeiro, só tenho a agradecer ao escritor Ruy Castro por denunciar o abandono da Lapa pelo poder público ("A última do carioca", Opinião, 2/2). Aqui só se fala do bairro para louvar o que costumam chamar de "revitalização". Talvez os comerciantes e freqüentadores da região tenham o que comemorar. Os moradores têm de conviver, à noite, com o barulho, a invasão das portarias pelos carros, ambulantes e mesas e cadeiras dos estabelecimentos comerciais -e, no dia seguinte, com as toneladas de lixo e o terrível cheiro de urina deixados pela multidão que, de fato, fica até o amanhecer."
LAÉLIA PORTELA MOREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Texto Anterior: Vinícius Terra: Esporte e desenvolvimento humano

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.