São Paulo, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Congresso
"A expressão consternada dos políticos na foto da Primeira Página de ontem representa fielmente a tristeza na cerimônia dos funerais da República."
LUÍS GONZAGA ROCHA LEITE (Tatuí, SP)

 

"Não consigo vislumbrar uma diferença significativa entre o Congresso atual e o que existia no regime militar. Ambos servem para obedecer o que o Executivo apresenta para "discussão e debates" dos senhores parlamentares. As únicas diferenças são as CPI, que sempre dão em nada, e a liberdade de imprensa, que divulga o noticiário policial dos políticos."
MARIA PAVAN (Santo André, SP)

 

"O fortalecimento de uma democracia está na qualidade e na renovação de sua elite política e no equilíbrio e autonomia dos três Poderes. Quando senhores são reeleitos por três vezes, na terceira idade, para as chefias das Casas Legislativas, estamos consentindo em nos conformar com a mediocridade de um Legislativo homologatório do Executivo e comprometendo o nosso futuro como nação."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Educação
"Retrato fiel da situação do magistério no país, a reportagem "País forma cada vez menos professores", Cotidiano, ontem) informa a real situação da educação no nosso país. Seremos um país coalhado de advogados e carente de professores.
Haja vista os sites de concursos, que prometem salários de R$ 7.000 por mês aos oriundos das áreas do direito e para os professores (que também "amargaram" 4,5 anos de estudo) salários de R$ 500.
Não há quem possa se interessar. Professor não é missionário nem vive só de elogios ou de brisa."
ALBA CALDEIRA MELLO , professora (Belo Horizonte, MG)

Luxemburgo
"Absolutamente inócua, inconsistente, pueril e despropositada a resposta que o jornalista Juca Kfouri deu neste "Painel do Leitor" em 28/1, tentando contestar a minha manifestação no sentido de desmentir definitivamente que sou sócio de J. Malucelli, como ele garantiu em sua coluna, ou que levo vantagem nessa sociedade com a compra ou venda de jogadores, como ele insiste em insinuar há anos, sem base fática ou documental.
Agora se corrige em público, afirma que estava enganado e acaba antepondo outra leviandade em substituição à primeira. Sustenta agora que sou sócio não de J. Malucelli, mas, sim, de Sérgio Malucelli, quando na verdade o doutor Sérgio é meu advogado em causas tributárias, constituído há anos!
Não fuja, senhor Juca, agora o senhor deve provar aos leitores o que disse quanto aos dois Malucellis, documental e cabalmente, sob pena de não mais ser levado a sério."
VANDERLEI LUXEMBURGO DA SILVA , técnico do Palmeiras (São Paulo, SP)

Resposta do colunista Juca kfouri - Se nem a certidão de nascimento de VL (ou seria WL?) era verdadeira, como acreditar em quem veste tantas carapuças e faz, ele sim, tantas inferências? Ele, aliás, jamais negou, a não ser agora, ter sido sócio de Sérgio Malucelli num bar e numa fábrica de isotônicos. As relações dele com o Iraty, da mesma forma, nunca foram desmentidas. Patético. E a mesma correção que fiz na coluna foi feita na seção "Erramos".

Emprego público
"Você conhece algum funcionário público que perdeu o emprego por conta da crise? Só neste governo foram admitidos 200 mil novos, e existe concurso para mais 50 mil neste ano. Aumentos generosos foram concedidos, gerando despesas para sempre. Como isso ocorre nos três Poderes, para quem vamos reclamar?
A parte organizada da sociedade nada faz porque também recebe seus benefícios. Nossa esperança poderia ser a imprensa, mas esta parece anestesiada.
Jamais, em tempo nenhum, se viu um governo tão perdulário, e os custos para esta e as próximas gerações serão impagáveis."
ALTINO FORTUNA (São Paulo, SP)

Spread
"O professor Marcos Cintra disse quase tudo em uma frase do seu artigo "It's the spread, stupid!" ("Tendências/Debates", ontem): "Atividade bancária é uma forma de concessão pública e deve ser rigorosamente acompanhada pelo governo para combater abusos".
Mas parece que nos bancos a ideia é um pouco diferente, acho que algo assim: "A atividade do governo é uma forma de controle das regras vigentes que deve ser rigorosamente acompanhada (e financiada) em épocas de eleição para garantir os abusos"."
FERNANDO DE ALMEIDA CERQUEIRA (Bergues, França)

Violência
"Antes de comemorar a suposta queda da violência em São Paulo, é fundamental recordar brilhante reportagem da Folha de maio de 2005: "Boletins distorcem estatísticas de homicídio".
Ela constatou irregularidades em uma série de boletins de ocorrência de 2004, que transformavam casos evidentes de homicídio em registros estatísticos de outra natureza, como "encontro de cadáver" ou "morte a esclarecer". Todos os especialistas consultados, inclusive a própria Ouvidoria Geral de Polícia, confirmaram o diagnóstico de maquiagem dos dados pela polícia do governo estadual.
Policiais em atividade, amigos deste leitor (que por motivos óbvios não quiseram se identificar), garantem que o quadro de adulteração das ocorrências para fins de estatística persiste em 2009."
OTÁVIO DIAS DE SOUZA FERREIRA , advogado (São Paulo, SP)

Idade
"Rubem Alves, no artigo "A pior idade" (Cotidiano, ontem), lamenta a chegada da velhice e pede que, em vez de "melhor idade", os velhos sejam conhecidos por "os que têm crepúsculos no olhar".
Discordo. Acho que chegar à velhice é melhor do que a alternativa, que é não chegar. E, se é verdade que os olhos são a janela da alma, a ideia de ter crepúsculos no olhar é pior do que ter crepúsculos no corpo, que esses, sim, nos trazem a passagem do tempo."
ANTONIO CARLOS AUGUSTO , 70 (São Paulo, SP)

Niemeyer
"Quem mora e trabalha em Brasília muitas vezes questiona a "genialidade" de Oscar Niemeyer. Sofremos nas saunas que são seus prédios espelhados, que absorvem calor e devoram energia para manter o ar condicionado, nos estressamos com a beleza discutível e fria de monumentos de estilo muito abstrato, que transmitem sensação de isolamento e solidão, e frequentemente temos a impressão de viver numa maquete ao transitarmos por ruas muito parecidas e artificiais."
CARLOS MAGNO SILVA CARVALHO (Brasília, DF)

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