São Paulo, quarta-feira, 04 de abril de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Caos aéreo
"Sem entrar no mérito sobre quem tem razão na crise do controle aéreo ou sobre se todas as reivindicações dos controladores são pertinentes, uma coisa deve ficar bem clara a todos os brasileiros, apesar de não ser nenhuma novidade: a falta de palavra do presidente e de todos seus subordinados diretos. O que Lula havia dito e prometido na sexta-feira, por meio do ministro do Planejamento, está sendo agora jogado aos porcos."
EDVALD WITZ (Santos, SP)

"Não posso acreditar que essa questão dos controladores de tráfego aéreo esteja sendo tratada como simples reestruturação de setor ou alteração de hierarquia. É muito mais grave e importante na vida de todos nós. Ninguém atenta ao risco de uma administração do espaço aéreo ter um comando civil vulnerável como todos os órgãos públicos do país -é o que conhecemos-, cheio de burocracias, sem controle e com pouco investimento, resultando na falta de controle e monitoramento do espaço aéreo brasileiro e aumentando o risco de acidentes."
CARLOS EDUARDO DE CARVALHO MELLO (Belém, PA)

"A atual crise no tráfego aéreo não deveria ser surpresa. Qualquer gerente bem preparado percebe que os fatos da última semana, apesar dos enormes transtornos causados, não são causa de problemas, como querem algumas autoridades e parlamentares, mas sim conseqüência. As causas são antigas, como tem sido divulgado, como insuficiência de equipamento e pessoal.
E a estrutura militar, como se vê, parece não ser a mais adequada à solução."
ALMIR MOREIRA (São Paulo, SP)

Ombudsman
"Gostaria de parabenizar o jornalista Marcelo Beraba, que exerceu nos últimos três anos a função de ombudsman deste jornal. Beraba realizou um trabalho impecável.
Crítico sábio e visionário, sempre manteve um olhar atento à abordagem da informação e intermediou, com competência, a relação muitas vezes tão delicada entre o leitor e o jornal."
KATY MARY DE FARIAS (Curitiba, PR)

Editorial
"Sobre o editorial "Atraso corporativo" (Opinião, 30/3, pág. A2), o Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo esclarece o que segue.
As ações do Coren-SP, na questão da captação de córneas e tecidos oculares, não visam, ao contrário do afirmado, ação corporativista, e, sim, de responsabilidade. Entendemos que, na questão da captação de córneas, existem três fases de vital importância para a segurança e sucesso do transplante: na abordagem da família/triagem clínica; na enucleação e no processamento do tecido enucleado.
De igual importância para a segurança e o sucesso do provável transplante se faz o levantamento da história de doenças prévias do doador e o exame minucioso em prontuário e no próprio doador, visando identificar situações que possam inviabilizar o aproveitamento do tecido, e esse procedimento não está à altura do conhecimento de técnicos e auxiliares de enfermagem.
Queremos destacar ainda que, nas investigações feitas, constatamos que existiam prêmios distribuídos à equipe de técnicos e auxiliares de enfermagem que mais captassem tecido ocular, o que desmascara o caráter filantrópico apresentado pela referida instituição flagrada nesse ilícito criminal e ético-profissional."
RUTH MIRANDA DE CAMARGO LEIFERT, presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Da mesma forma que um enfermeiro-padrão pode ser treinado para realizar a triagem, o técnico também pode. Ambos precisam ser certificados para realizar a retirada de córnea. A decisão do conselho provocou um aumento no tempo de espera por uma córnea, o que vai contra os interesses da sociedade.

Efeito estufa
"Fiquei aliviado ao ler que a Suprema Corte dos EUA admitiu que o gás carbônico é um poluente atmosférico (Ciência, 3/4). Já estava preocupado que algum juiz pudesse decidir pela retirada de alguns empecilhos da vida moderna, como a finitude de recursos naturais, o efeito estufa e a termodinâmica das reações químicas. Pelo menos por aqui a imiscuidade das questões jurídicas nas ciências naturais apenas se limita a não dar uma solução para nossa perda de biodiversidade ou a não tirar obstáculos para um desenvolvimento limpo e sustentável com uso de biocombustíveis."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

Tarifas bancárias
"Perguntar não ofende: se quase todos os setores da economia precisam apresentar uma planilha de custos para justificar aumentos, por que as tarifas bancárias sobem mais de 15% sem nenhuma explicação ou justificativa para tanto?"
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)

Conselho do BNDES
"Diante das notícias veiculadas pela Folha sobre a minha representação como conselheiro do BNDES (Brasil, 1º/4), cabe esclarecer o que segue.
Os R$ 3.000 mensais da representação citados pela reportagem não pagam as despesas que a central tem com deslocamentos, hospedagens, estudos e profissionais envolvidos para qualificar nossas intervenções nesse importante conselho. Nossa presença no conselho é fruto da pressão dos trabalhadores, já que a maior parte dos recursos do BNDES pertence ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Estranhamente, quando órgãos de imprensa citam a presença dos trabalhadores no conselho do BNDES, excluem a patronal. Finalmente, reitero que não ocupo nenhum cargo no governo Lula.
O cargo no conselho do BNDES é da CUT."
JOÃO ANTONIO FELÍCIO, secretário de Relações Internacionais e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (São Paulo, SP)

Música
"A Ilustrada (3/4) afirma que a música que Mercedes Sosa e outros cantavam nos anos 70 é hoje "totalmente kitsch". O repórter tem toda a razão. Mercedes Sosa, Violeta Parra, Chico Buarque, Milton Nascimento, Atahualpa Yupanqui, Vitor Jara são totalmente kitsch. Bom mesmo é ouvir Banda Calypso, axé music, Ivete Sangalo e o deputado Frank Aguiar! É melhor ouvir e conhecer a música Mercedes Sosa antes de escrever sobre ela."
DORIVALDO SALLES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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