São Paulo, quinta-feira, 04 de maio de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Educação
"No "Painel do Leitor" de ontem, a leitora Magali Geara foi muito infeliz ao escrever que, "nesta terra sem valores, os professores têm perdido a compostura. E pior. Têm justificado nos alunos as suas deseducações". Concordo com a leitora quando diz que quem educa deve impor respeito para ser respeitado. Também concordo que, infelizmente, como em todas as áreas da atividade humana, há profissionais que não são educadores. São meros profissionais do ensino, e não da educação. Assim como há também muitos pais que são simplesmente profissionais da família, ou seja, criam os filhos, mas não sabem educá-los. Deixo meu repúdio pelo fato de a leitora ter incluído nesse rol de "deseducadores", como disse, todos os professores."
Sebastião Célio Pereira, professor (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de dar o meu apoio, como professor da rede de ensino público paulista, à veiculação de reportagens como "Metade dos docentes já foi xingada por aluno" (Cotidiano, 1º/5). É necessário também questionar urgentemente este governo inepto que coloca até 50 alunos (eu mesmo já tive 57 em uma sala) em salas sujas e com material quebrado. Muitos desses alunos possuem necessidades especiais, e o governo chama isto de "projeto de inclusão". A política sórdida atualmente praticada transforma a escola em um depósito de crianças. São naturais a revolta do aluno e o descontrole do professor. Nenhum deles tem culpa. Devolvam a liberdade de cátedra que a política educacional tirou e coloquem 30 alunos em sala -como a lei manda- e tudo isso se revolverá. E deixem os professores trabalhar em harmonia com a família dos alunos. Isso funciona."
Pedro Gonzaga Franco (São Paulo, SP)

Bolívia
"Se erro houve no caso do gás boliviano, não foi o governo petista o responsável. Não sou petista, mas isso é de uma obviedade absoluta. Não foi o PT que construiu o gasoduto e as refinarias na Bolívia. Acho até que Lula está sendo razoável num momento de nervosismo e de crise ao não partir para o confronto sem retorno. O governo da Bolívia está escudado em Hugo Chávez, não há dúvidas. Mas qualquer patriota procuraria valorizar e proteger um dos poucos bens que podem melhorar a economia de seu país."
Paulo Serodio (São Paulo, SP)

Eleição
"Em relação ao publicado em duas notas da coluna "Painel" (Brasil, pág. A4) em 1º/5, o governador Blairo Maggi informa o que segue: 1 - O governador desconhece a atuação de qualquer movimento intitulado "Desiste Roberto Freire" e jamais participaria de tal iniciativa; 2 - O governador defende e apóia a apresentação da pré-candidatura presidencial do deputado Roberto Freire (PPS); 3 - As possíveis alianças locais motivam as conversações com outros partidos e serão definidas após o fechamento das coligações nacionais, observados os efeitos da verticalização."
José Carlos Dias, secretário de Comunicação Social do Estado de Mato Grosso (Cuiabá, MT)

CUT
"A Folha reportou informações erradas no texto "União repassou R$ 60 mi a entidades pró-Lula" (Brasil, 30/4). Não é verdade que, após o TCU ter recomendado o fim do repasse de verbas do FAT para programas de capacitação profissional, a União os tenha mantido. O repasse para esses programas foi e continua suspenso. A própria reportagem da Folha deixa claro, através de gráfico, que o repasse de verbas para a CUT diminuiu para menos da metade nos anos de governo Lula se comparados aos repasses anuais da era FHC. A reportagem falha ao não deixar claro qual o repasse que cabe a outras entidades não citadas no texto. E a queda dos valores não se explica pela suspensão recomendada pelo TCU, que não corresponde ao total da redução. O fator principal é que o atual governo investe mais dinheiro público em programas de formação criados e geridos diretamente. Vale ressaltar que a CUT sempre defendeu que os programas de recolocação profissional atualmente geridos pelas centrais, que incluem verbas do FAT, sejam repassados para Estados e municípios, com conselho gestor tripartite, como forma de aperfeiçoar e capilarizar o atendimento."
João Felício, presidente nacional da CUT (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Como foi dito na reportagem, o governo repassou dinheiro público a vários programas da CUT depois que o TCU detectou irregularidades no programa de capacitação profissional e mandou suspender os pagamentos. Diferentemente do que afirma João Felício, a reportagem informou que a Força Sindical, igualmente condenada pelo TCU, também continuou recebendo dinheiro da União.

Falsa polarização
"Em reportagem sobre o ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, não havia um só parágrafo a respeito da presença de dois pré-candidatos à Presidência -o deputado Roberto Freire (PPS) e o senador Cristovam Buarque (PDT). Parece que a mídia paulista não pensa em outra coisa senão na falsa polarização PT x PSDB, deixando outros partidos fora da discussão. A imprensa tem servido de correia de transmissão dessas duas forças, mas poderia contribuir mais com o debate se incluísse outras opiniões nas suas reportagens. Do contrário, fica parecendo que estamos em um deserto de idéias e que não existe vida inteligente fora desta disputa pelo "mais do mesmo"."
Ricardo Maia dos Santos (Campo Grande, MS)

British Airways
"Gostaria de esclarecer aos leitores da Folha que, ao contrário do que o senhor Gerald Thomas, respeitável diretor de teatro brasileiro, escreveu em seu artigo "A Varig é a nossa cara" ("Tendências/ Debates", 18/4), a British Airways jamais recebeu subsídio da British Petroleum. A British Petroleum é uma fornecedora importante da British Airways no mercado global, sendo a British Airways uma de suas maiores clientes na compra de combustível de aviação. Porém nunca houve nem há subsídio à British Airways por parte de sua fornecedora."
Nick Horne, diretor comercial da British Airways para o Brasil, a Argentina e o Chile (São Paulo, SP)

Pensador econômico
"John Kenneth Galbraith não foi apenas um "ícone do pensamento heterodoxo", conforme estava na reportagem que noticiou sua morte (Dinheiro, 1º/5). Ele, com a economista britânica Joan Robinson, foi o maior pensador econômico nascido no século 20. Lamentavelmente, em razão de uma orquestrada política de (de)formação estudantil, sua obra magistral tem sido banida das escolas brasileiras de economia."
José Maria Alves da Silva (Viçosa, MG)


Texto Anterior: Milú Villela: O remédio necessário

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.