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São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Quem te viu, quem te vê
"A aliança entre o Partido dos Trabalhadores e o Partido Liberal, formalizada para disputar a eleição presidencial do ano passado, foi bem-sucedida. Convenceu os eleitores que a presença de Alencar e de outros conservadores no governo seria benéfica para contrabalançar eventuais excessos da esquerda, como a moratória, a irresponsabilidade fiscal ou mudanças bruscas no modelo econômico. Hoje, o PL defende a redução dos juros, e o PT, a manutenção dos juros elevados."
Guilherme Montoro (São Paulo, SP)


Mais respeito
"Estou estarrecido com o que se está fazendo com o governo Lula. Está-se criando um clima de fofoca e de "disse me disse" que não tem paralelo com governo nenhum até hoje. Precisamos ter calma, por favor, do contrário o Brasil voltará a ser o que disse De Gaulle -"este não é um país sério". Gostaria que empresários, jornalistas, políticos, autoridades em geral, sindicalistas, aproveitadores de plantão, pessimistas e fomentadores do caos respeitassem um pouco mais o Brasil e o povo brasileiro e deixassem de criar esse clima de terror e de desconfiança. Cuidado gente! Nosso país é frágil e pode quebrar."
Tadeu Valerio de Jesus (São Paulo, SP)


Assembléia Legislativa
"O "Painel" da Folha (pág. A4) trouxe, nas edições de quinta-feira e de domingo passados, duas notas sobre a bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo que não condizem com a conduta sempre transparente do partido. Acreditamos que alterações no Regimento Interno da Assembléia Legislativa sejam secundárias, pois, desde 1990, ele vem sendo atualizado e consolidado. O regimento não é instrumento normativo da remuneração dos deputados. A maior dificuldade na Assembléia Legislativa hoje -e que emperra a pauta de votações- é a falta de abertura de canais de negociação com o governo sobre projetos de interesse do Estado. Quanto à presença na Alesp do ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, é uma honra não só para o Parlamento paulista como para o próprio Estado de São Paulo. Revela o método democrático da ação política do governo Lula -o mesmo que queremos ver aplicado também em São Paulo-, que tem enviado seus representantes a todo o Brasil para debater as reformas e os projetos do governo. Alterar essa compreensão dos fatos é rebaixar a discussão política em curso no Brasil hoje a níveis inaceitáveis."
Antonio Mentor, líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa e Emidio de Souza, primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa (São Paulo, SP)


Educação
"Na reportagem "Grupos privados travam "guerra" por expansão de centros universitários" (Cotidiano, pág. C1, 27/ 5), está citada uma estatística que não corresponde à realidade, pois esconde o fato de que os centros universitários foram criados em 1997 e, desde então, foram credenciados 68 deles. Em 1997, foram 15; em 1998, 13; em 1999, 14; em 2000, 8; em 2001, 11 e, em 2002, 7. Assim, para os novos cursos de graduação em cinco anos, somente teriam oportunidade de ser analisados pelo provão de 2002 os dos centros universitários credenciados em 1997, portanto, no máximo, os cursos novos de 15 centros, e não de 68. Para os novos cursos de graduação em quatro anos, somente teriam chance os de centros credenciados em 1997 e em 1998, portanto, no máximo, os de 28 centros, e não de 68."
João Carlos Di Gênio, reitor da Universidade Paulista -Unip (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Antônio Gois - Os dados apresentados pela reportagem são oficiais e não contêm erros. A informação de que os centros universitários foram criados em 1997 consta do mesmo quadro em que estão as estatísticas citadas. O MEC, ao fazer a avaliação para recredenciamento dos centros, não faz diferenciação entre cursos criados antes ou depois de a instituição ter adquirido o status de centro universitário.


Proteção aos animais
"Gostaria de parabenizar o governador Germano Rigotto (RS), por promulgar, no último dia 21, o Código Estadual de Proteção aos Animais. Ele disse: "Somos agora um Estado pioneiro no país nessa luta em defesa dos animais. É o pontapé inicial que nos permitirá coibir qualquer espécie de maus-tratos ou desatenção aos animais no Rio Grande do Sul (...)". Esse é o exemplo que deve ser seguido por todos os políticos de todos os Estados, amantes ou não de animais."
Satiko Motoie Simmio (São Paulo, SP)


Manchete inédita
"Da maneira como anda a política monetária do governo Lula, já é possível visualizar uma Primeira Página da Folha, lá pelo mês de maio de 2011, com a seguinte manchete: "Pela primeira vez no Brasil, médico assume presidência de banco privado"."
Daniel Ribeiro Leichsenring, mestrando em economia pela FEA-USP (São Paulo, SP)


Veneno
"Muito pertinente a preocupação do presidente Lula em convencer os países ricos a entrarem na luta contra a miséria e a fome, pois, do jeito que as coisas andam aqui no Brasil, vamos mesmo precisar dessa ajuda. Primeiro, o governo nos "injeta" o veneno e agora corre atrás do antídoto. Isso é que é se preocupar com o povo."
João Pires Castanho (São Roque, SP)


Multas
"O editorial "Corrida maluca" (Opinião, 3/6), embora correto em sua essência, deve ser lido com certo resguardo. Se, por um lado, a utilização de radares atuou no sentido de reduzir a velocidade nos centros urbanos, por outro, provocou a difusão da chamada "indústria da multa". Atualmente muitos radares são usados tão-somente como instrumentos arrecadatórios."
Giuliano Contento de Oliveira (São Paulo, SP)

 

"Era só o que faltava: em um país onde dizer que a polícia é corrupta é uma redundância, a Polícia Militar vai voltar a multar os infratores do trânsito na cidade de São Paulo e irá ganhar por multa aplicada. E ainda afirmam que isso não significa a criação de uma "indústria da multa"."
Kelly Cristhiane Martinez (São Paulo, SP)


Reforma
É de repudiar a proposta de reforma tributária divulgada pelo governo federal, que, se for aprovada da forma como está, irá onerar ainda mais todo o setor produtivo do nosso país. Como a Fiesp e outras entidades da sociedade vêm alertando, o projeto abre portas para o aumento de impostos, tanto que os créditos oriundos de operações entre Estados serão definidos por lei, e mantém a alíquota de CPMF, entre outros problemas. Já contamos com a terceira maior carga tributária do mundo, o que pode ser considerado um confisco tributário. Agora, a aprovação dessa matéria como está proposta deixará as empresas, que já sofrem com a absurda taxa de juros, em uma situação ainda pior. Haverá um grande aumento do "Custo Brasil", diminuindo a competitividade das nossas empresas e elevando a sonegação fiscal. Não podemos esquecer que, sem indústria produtiva, não há emprego. E, sem emprego, nós temos aumento da miséria e da violência, recessão econômica e perda de arrecadação. Somos a favor de uma reforma que dê maior competitividade aos produtos brasileiros -tanto para o mercado externo como para o interno-, gerando riquezas e desenvolvimento para o nosso país. Queremos um verdadeiro cavalo-de-pau na proposta vigente."
José Carlos de Oliveira Lima, presidente do Sinaprocim -Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento- e do Sinprocim -Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo e vice-presidente da Fiesp (São Paulo, SP)


Fumo
"Ao contrário do leitor Bob Sharp, escrevo para parabenizar Antônio Ermírio de Moraes por seu lúcido artigo contra os males que o cigarro causa à saúde humana e à economia mundial ("Cigarro: requintada poluição", Opinião, 1º/6). O fato de a indústria do fumo gerar impostos não a redime dos milhões de mortes que já causou e dos bilhões de dólares gastos com o tratamento médico dos viciados e dos fumantes passivos. Quanto à poluição, para onde o senhor Bob Sharp pensa que vai a fumaça dos 61 trilhões de cigarros consumidos nos últimos dez anos? Isso sem falar nos respectivos 61 trilhões de bitucas, que os fumantes insistem em jogar nas vias públicas e na areia das praias. Será que um dia a humanidade vai evoluir e abandonar de vez esse hábito nefasto de inalar fumaça?"
Jorge Alberto de Oliveira Marum (Piedade, SP)


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